Degraus de ascensão
"Através dos tempos, por cima dos séculos, rola a triste melopeia dos sofrimentos humanos; o lamento dos desgraçados sobe com uma intensidade dilacerante, que tem a regularidade de uma vaga ..." (Léon Denis, em O problema do Ser, do Destino e da Dor.)
Defrontamo-nos com o espectro da dor em todos os seres na vida terrena. A dor alheia ferreteia a alma, compungindo aqueles que já têm um coração compassivo. Não é à toa que ela surge. Caminha conosco como socorro divino para o despertar do amor.
Como diz Léon Denis, no livro referido "suprimi a dor e suprimireis ao mesmo tempo o que é mais digno de admiração neste mundo, isto é, a coragem de suportá-la. O mais nobre ensinamento que se pode apresentar aos homens não é a memória daqueles que sofreram e morreram pela verdade e pela justiça ?..."
"...É necessário sofrer para adquirir e conquistar. Os atos de sacrifício aumentam as radiações psíquicas. Há como que uma esteira luminosa que segue, no espaço, os Espíritos dos heróis e dos mártires..."
"...Há, já nesta vida, um não sei quê de grave e enternecido nos rostos que as lágrimas sulcaram muitas vezes. Tomam uma expressão de beleza austera, uma espécie de majestade que impressiona e seduz..."
As leis de causa e efeito nos revelam muitas das dores sem resposta. "Por que sofro tanto se não mereço?" A dor não fere apenas a quem tem culpas no antes, em encarnações passadas. Na Terra, a dor ainda fere a todos. Um dia, isso passará, quando o amor viver em todos. Por enquanto, mesmo grandes Espíritos imergem em encarnações dolorosas para darem exemplos de resignação, de serenidade no sofrimento. O Espírito sobe degraus de luz na obediência e na resignação. Aflições no atual estágio evolutivo do planeta, todos enfrentam.
O Espiritismo é misericordiosa luz divina a se espalhar, abençoada, no tempestuoso plano terreno, onde vagarosamente os Espíritos que aqui estamos encarnados aprendem a amar.
Pudemos ser testemunha de uma grande dor. Alguns que conheceram o fato e desconhecem a reencarnação se perguntavam como era permitido por Deus tanto sofrimento para duas crianças? Naquele momento para elas era assim, pois há dores superlativas e maiores, ignoradas muitas vezes.
Uma menina de 15 anos chegou em estado de choque ao nosso setor de trabalho. Tinha acabado de desmaiar e sido levada para lá pelos parentes desesperados. Deitada na maca, olhos desmesuradamente abertos, sem expressão, vazios... Era uma máscara de dor. Corpo minúsculo, de criança, cabelos muito pretos, rosto perfeito, tez morena, cílios grandes e muito negros, olhos verdíssimos, lindíssima! Seria o sonho de qualquer jovem da atualidade a beleza dela... Mas a dor campeia ...
As tias contaram a história rapidamente. Estavam elas e a irmã mais nova dela, de 12 anos, indo para o Hospital do Câncer para se despedirem da mãe, que estava em fase terminal. Não havia para essa mãe esperanças de sobreviver na Terra. Mandaram chamá-las. No caminho, a jovem de 15 anos desmaiou no carro. "Está morrendo!" - gritavam as tias desesperadas. "Precisa de remédio!"...
Calma, não está morrendo, é só um choque emocional, dissemos enquanto nos certificávamos de que fisicamente tudo estava bem. O problema era emocional.
História triste. Tinham ficado órfãs de pai um ano atrás. A mãe estava sendo acompanhada por neurologista, que lhe ministrava antidepressivos, devido à queixa de cansaço extremo, desânimo... Imaginava ser devido à morte do marido. Dois dias antes do fato que citamos, a mãe teve uma hemorragia gástrica e foi levada às pressas para a emergência. Ante os exames, foi levada com urgência para o Hospital do câncer e diagnosticada leucemia em fase terminal. Por mais que tentassem, naqueles dois dias ela só piorou. A mãe, consciente, chamou as meninas para se despedirem. Foi algo súbito .Em dois dias , a vida delas desmoronou. A de 15 anos não aguentou. Ali estava, olhos muito abertos, fixos no vazio, em choque.
Tranquilamente, dissemos-lhe que a morte não era o fim, que era preciso confiar em Deus. A morte era apenas um abandonar o corpo e continuar vivo. Ela encontraria, certamente, quando mais tranquila, sua mãe em sonhos, a abraçaria e teria certeza do reencontro...
A lucidez veio voltando ao seu olhar e lhe dissemos: poderíamos atender suas tias e você ser medicada, mas um calmante agora a faria dormir. Você precisa ir despedir-se de sua mãe, pois, se não o fizer, vai ficar pensando a vida toda que poderia ter-lhe dado o último abraço, o último beijo. "Você quer ir?" – perguntei-lhe. A lucidez voltou completamente e ela fez sinal que sim. "Então, coragem, força, levante-se e vá se despedir de sua mãe." E ela o fez. A mãe morreu, mas ela conseguiu dar-lhe o abraço de que precisava e despedir-se.
As pessoas querem fugir das dores, poupar-se em excesso. Querem calmantes. Isso não elimina a causa. Em alguns casos se fazem necessários, mas não ali..
Qual seria o aprendizado reservado às duas meninas? Órfãs de pai e mãe. Há muitas dores assim na Terra, dores até piores, muito piores, pois elas têm família, serão cuidadas. Experiência difícil, mas vai fortalecê-las para o futuro.
"Você não viu a irmã mais nova de 12 anos, que estava no carro, lá fora. Ainda é mais linda do que essa que saiu. Parece ter o céu nos olhos de um azul lindo, rosto belíssimo.". A dor vai ampará-las neste mundo onde a beleza física está sendo valorizada demais. O sofrimento talvez as poupe da vaidade, porque a dor na Terra é remédio para o Espírito.
Muitos pais, quando inquiridos sobre o que desejam para seus filhos, respondem que querem que sejam felizes. Quando mais amadurecidos, um dia responderão que desejam que sejam homens ou mulheres de bem, não importa que dores tenham que passar neste mundo, pois assim serão felizes, testemunhando o amor, a bondade, a compaixão, a honestidade, a honra. Não tentarão poupá-los das despedidas na morte dos seus queridos, mas lhes ensinarão que a morte não é o fim, mas uma temporária separação, uma temporária saudade, uma das maiores dores, a saudade, mas o reencontro virá.
Nossa jornada terrena é de aprendizagem do amor. Quando ele estiver pleno na Terra, não mais dores presenciaremos, mas que estejamos preparados, pois na conjuntura de fatos opostos ao amor que estão ainda na Terra a dor caminhará com os homens, e em qualquer circunstância lembremos Jesus: "Permanecei em mim, que eu permanecerei em vós". "Vinde a mim todos vós que vos encontrais aflitos e sobrecarregados, pois meu jugo é suave e meu fardo é leve, e darei descanso para as vossas almas."
Caminhemos com Jesus, pois com ele tudo se torna menos amargo e mais esperançoso. Subamos com coragem os degraus de luz que nos são ofertados, muitos deles como dores a serem suportadas, e venceremos.
Um dia a felicidade viverá em nós. Isso acontecerá talvez como o disse o apóstolo Paulo: "Não sou mais eu quem vive, mas o Cristo quem vive em mim". Quando isso acontecer, nem doenças existirão mais na Terra.
Jane Martins Vilela
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net
"Através dos tempos, por cima dos séculos, rola a triste melopeia dos sofrimentos humanos; o lamento dos desgraçados sobe com uma intensidade dilacerante, que tem a regularidade de uma vaga ..." (Léon Denis, em O problema do Ser, do Destino e da Dor.)
Defrontamo-nos com o espectro da dor em todos os seres na vida terrena. A dor alheia ferreteia a alma, compungindo aqueles que já têm um coração compassivo. Não é à toa que ela surge. Caminha conosco como socorro divino para o despertar do amor.
Como diz Léon Denis, no livro referido "suprimi a dor e suprimireis ao mesmo tempo o que é mais digno de admiração neste mundo, isto é, a coragem de suportá-la. O mais nobre ensinamento que se pode apresentar aos homens não é a memória daqueles que sofreram e morreram pela verdade e pela justiça ?..."
"...É necessário sofrer para adquirir e conquistar. Os atos de sacrifício aumentam as radiações psíquicas. Há como que uma esteira luminosa que segue, no espaço, os Espíritos dos heróis e dos mártires..."
"...Há, já nesta vida, um não sei quê de grave e enternecido nos rostos que as lágrimas sulcaram muitas vezes. Tomam uma expressão de beleza austera, uma espécie de majestade que impressiona e seduz..."
As leis de causa e efeito nos revelam muitas das dores sem resposta. "Por que sofro tanto se não mereço?" A dor não fere apenas a quem tem culpas no antes, em encarnações passadas. Na Terra, a dor ainda fere a todos. Um dia, isso passará, quando o amor viver em todos. Por enquanto, mesmo grandes Espíritos imergem em encarnações dolorosas para darem exemplos de resignação, de serenidade no sofrimento. O Espírito sobe degraus de luz na obediência e na resignação. Aflições no atual estágio evolutivo do planeta, todos enfrentam.
O Espiritismo é misericordiosa luz divina a se espalhar, abençoada, no tempestuoso plano terreno, onde vagarosamente os Espíritos que aqui estamos encarnados aprendem a amar.
Pudemos ser testemunha de uma grande dor. Alguns que conheceram o fato e desconhecem a reencarnação se perguntavam como era permitido por Deus tanto sofrimento para duas crianças? Naquele momento para elas era assim, pois há dores superlativas e maiores, ignoradas muitas vezes.
Uma menina de 15 anos chegou em estado de choque ao nosso setor de trabalho. Tinha acabado de desmaiar e sido levada para lá pelos parentes desesperados. Deitada na maca, olhos desmesuradamente abertos, sem expressão, vazios... Era uma máscara de dor. Corpo minúsculo, de criança, cabelos muito pretos, rosto perfeito, tez morena, cílios grandes e muito negros, olhos verdíssimos, lindíssima! Seria o sonho de qualquer jovem da atualidade a beleza dela... Mas a dor campeia ...
As tias contaram a história rapidamente. Estavam elas e a irmã mais nova dela, de 12 anos, indo para o Hospital do Câncer para se despedirem da mãe, que estava em fase terminal. Não havia para essa mãe esperanças de sobreviver na Terra. Mandaram chamá-las. No caminho, a jovem de 15 anos desmaiou no carro. "Está morrendo!" - gritavam as tias desesperadas. "Precisa de remédio!"...
Calma, não está morrendo, é só um choque emocional, dissemos enquanto nos certificávamos de que fisicamente tudo estava bem. O problema era emocional.
História triste. Tinham ficado órfãs de pai um ano atrás. A mãe estava sendo acompanhada por neurologista, que lhe ministrava antidepressivos, devido à queixa de cansaço extremo, desânimo... Imaginava ser devido à morte do marido. Dois dias antes do fato que citamos, a mãe teve uma hemorragia gástrica e foi levada às pressas para a emergência. Ante os exames, foi levada com urgência para o Hospital do câncer e diagnosticada leucemia em fase terminal. Por mais que tentassem, naqueles dois dias ela só piorou. A mãe, consciente, chamou as meninas para se despedirem. Foi algo súbito .Em dois dias , a vida delas desmoronou. A de 15 anos não aguentou. Ali estava, olhos muito abertos, fixos no vazio, em choque.
Tranquilamente, dissemos-lhe que a morte não era o fim, que era preciso confiar em Deus. A morte era apenas um abandonar o corpo e continuar vivo. Ela encontraria, certamente, quando mais tranquila, sua mãe em sonhos, a abraçaria e teria certeza do reencontro...
A lucidez veio voltando ao seu olhar e lhe dissemos: poderíamos atender suas tias e você ser medicada, mas um calmante agora a faria dormir. Você precisa ir despedir-se de sua mãe, pois, se não o fizer, vai ficar pensando a vida toda que poderia ter-lhe dado o último abraço, o último beijo. "Você quer ir?" – perguntei-lhe. A lucidez voltou completamente e ela fez sinal que sim. "Então, coragem, força, levante-se e vá se despedir de sua mãe." E ela o fez. A mãe morreu, mas ela conseguiu dar-lhe o abraço de que precisava e despedir-se.
As pessoas querem fugir das dores, poupar-se em excesso. Querem calmantes. Isso não elimina a causa. Em alguns casos se fazem necessários, mas não ali..
Qual seria o aprendizado reservado às duas meninas? Órfãs de pai e mãe. Há muitas dores assim na Terra, dores até piores, muito piores, pois elas têm família, serão cuidadas. Experiência difícil, mas vai fortalecê-las para o futuro.
"Você não viu a irmã mais nova de 12 anos, que estava no carro, lá fora. Ainda é mais linda do que essa que saiu. Parece ter o céu nos olhos de um azul lindo, rosto belíssimo.". A dor vai ampará-las neste mundo onde a beleza física está sendo valorizada demais. O sofrimento talvez as poupe da vaidade, porque a dor na Terra é remédio para o Espírito.
Muitos pais, quando inquiridos sobre o que desejam para seus filhos, respondem que querem que sejam felizes. Quando mais amadurecidos, um dia responderão que desejam que sejam homens ou mulheres de bem, não importa que dores tenham que passar neste mundo, pois assim serão felizes, testemunhando o amor, a bondade, a compaixão, a honestidade, a honra. Não tentarão poupá-los das despedidas na morte dos seus queridos, mas lhes ensinarão que a morte não é o fim, mas uma temporária separação, uma temporária saudade, uma das maiores dores, a saudade, mas o reencontro virá.
Nossa jornada terrena é de aprendizagem do amor. Quando ele estiver pleno na Terra, não mais dores presenciaremos, mas que estejamos preparados, pois na conjuntura de fatos opostos ao amor que estão ainda na Terra a dor caminhará com os homens, e em qualquer circunstância lembremos Jesus: "Permanecei em mim, que eu permanecerei em vós". "Vinde a mim todos vós que vos encontrais aflitos e sobrecarregados, pois meu jugo é suave e meu fardo é leve, e darei descanso para as vossas almas."
Caminhemos com Jesus, pois com ele tudo se torna menos amargo e mais esperançoso. Subamos com coragem os degraus de luz que nos são ofertados, muitos deles como dores a serem suportadas, e venceremos.
Um dia a felicidade viverá em nós. Isso acontecerá talvez como o disse o apóstolo Paulo: "Não sou mais eu quem vive, mas o Cristo quem vive em mim". Quando isso acontecer, nem doenças existirão mais na Terra.
Jane Martins Vilela
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O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser . . . ser luz e finalmente
encontrar o Reino de Deus
em seu coração !!!
Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia
O Deus que existe em mim saúda o Deus que existe em você.
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