Imprescindível é pararmos para pensar e analisar nosso comportamento:
- Nos momentos de dificuldade apelamos para as promessas, novenas, oferendas, consultas a médiuns diversos;
- Nos momentos de dificuldade nos tornamos humildes, nos sentimos injustiçados, não compreendemos porque estamos passando por essa situação;
- Nos momentos de dificuldade corremos atrás do prejuízo e fazemos de tudo para voltarmos para a antiga normalidade e tranqüilidade;
- Nos momentos de dificuldade vamos atrás dos recursos da medicina, das terapias alternativas, das alternativas de alívio para nossos problemas.
Quando enfim tudo volta à normalidade, esquecemos os momentos difíceis e voltamos para a mesma vida cotidiana e:
- Nos esquecemos de agradecer a conquista do equilíbrio;
- Nos esquecemos da importância que fora a mão amiga especializada que nos socorreu;
- Nos esquecemos de que somos devedores pelo fato de termos sido ajudados e nada fizemos ou faremos para retribuir;
- Nos sentimos indiferentes, como se fôramos o centro do universo e tudo que está à nossa volta fora criado para nos servir.
Pois é, por aí já podemos formar uma base do que ainda somos. Por que isso acontece? Porque somos ainda egocêntricos. A maior certeza dessa afirmativa é que o primeiro impulso nosso é nos defender dessa acusação, ressaltando as nossas virtudes de humildade.
Vivemos uma nova fase, uma fase de iluminação íntima. Não há mais tempo a se perder com nossos caprichos. A era das sociedades divididas em castas já se findou. Somos todos irmãos, iguais, diferentes nas posições que ocupamos, mas iguais na essência que fomos criados.
Hoje existe a necessidade de trabalharmos pela coletividade, ajudarmos ao próximo, aprendermos com aqueles que sabem mais e ensinarmos aqueles que sabem menos. É a época da interação. É a época em que recebemos aqui e retribuímos ali. Não há mais espaço para nossas inferioridades egoísticas e medíocres. Devemos nos libertar desta forma viciosa de agirmos em que queremos todo o bem que o mundo pode nos proporcionar e não retribuímos com nenhuma ação benéfica em troca.
Não há mais tempo a perder. A questão daqui para a frente é de foco. Ou se quer ser útil à coletividade, ou se quer se esforçar para aprender e ensinar, para construir e ajudar, para ser mecanismo atuante e eficaz, ou se retorna aos tempos da idade média onde a lei da aparência e da opulência reinavam soberanamente.
Uma outra coisa vale ressaltar: corremos na direção das ilusões e nos esquecemos de ponderar e decidir pelo caminho correto. Fazemos isso porque é mais prazeroso se iludir e mais difícil nos decidirmos a seguir o caminho do bem. Porém, a ilusão de desfaz e a desilusão toma corpo. Aí perdemos o sentido da vida, perdemos o chão em que pisamos, pois na realidade era pura ilusão.
Não é época mais de nos deixarmos levar por sonhos ou estilos de vida que não nos levarão a lugar algum. É época de nos esforçarmos, de suarmos, de superarmos, de sacrificarmos por uma causa que realmente é digna, que não se desvanescerá e que dará bons frutos.
É o tempo do estudo e da prática do bem, da caridade, do respeito, do amor ao próximo.
Não há mais tempo para querermos tudo para nós, que o mundo nos sirva, de escravizarmos aqueles que compartilham a existência conosco.
É chegado o tempo de agir. Muitos vão dizer:
- Não tenho tempo;
- Tenho muitos compromissos e não me sobram força e disposição;
- Não sou digno ou capaz;
- Sou muito pequeno e pouco sei.
Todo ser tem seu papel na sociedade e esse papel é importante. A maioria adia a sua estréia no palco das ações beneméritas por ainda correrem atrás das suas ilusões.
No momento da separação do joio e do trigo, de que lado será que estaremos?
Será que somos aquele que servirá de alimento ao próximo ou aquele que se aparenta com o alimento, mas que na realidade é uma erva daninha?
Se somos ou queremos ser chamados de espíritas, de cristãos, de religiosos, de servidores de Deus ou outra denominação qualquer, sigamos o conselho do Cristo onde nos convida a tomarmos a nossa cruz e segui-Lo.
O que é nossa cruz?
É superar nossas dificuldades e seguir o caminho do bem, do amor ao próximo, da construção do reino de Deus, de levarmos este mesmo reino aos nossos iguais.
Porém, nos estacamos na beleza das palavras e nos esquecemos da sua profundidade.
Vamos acordar!!!
É hora de agir: vamos estudar, aprender, compreender, repartir, construir, reagir, fortalecer...
Não há mais tempo para desculpinhas. Aquele que já conhece, mesmo que palidamente, as leis que nos regem, deve se esforçar por melhorar e tomar o seu papel perante o universo e exercê-lo com dedicação e afinco.
Trabalho não falta. BUSQUE-O.
Matéria para estudar é abundante: ESTUDE.
Ações no bem estão sendo desempenhadas: PARTICIPE.
Preferível é estar de mãos calejadas e coração transbordante do que estar irretocável por fora e vazio por dentro.
(Redação: Valdenir - postado em 29/08/2011)
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