sábado, 24 de outubro de 2009

A Gênese Mensagens de Arago e Dr.Barry (importantíssimo)


ITENS 8, 9 E 10 DA GÊNESE - CAPÍTULO XVIII



8. Se a Terra já não tem que temer os cataclismos gerais,

nem por isso deixa de estar sujeita a periódicas revoluções,

cujas causas, do ponto de vista científico, se encontram

explicadas nas instruções seguintes de dois

Espíritos eminentes: (1)


(1) A terrível epidemia que, de 1866 a 1868, dizimou a população da Ilha Maurícia, teve a precedê-la tão extraordinária e tão abundante chuva de estrelas cadentes, em novembro de 1866, que aterrorizou os habitantes daquela ilha. A partir desse momento, a doença, que reinava desde alguns meses de forma muito benigna, se transformou em verdadeiro flagelo devastador. Aquele fora bem um sinal no céu e talvez nesse sentido é que se deva entender a frase -estrelas caindo do céu, de que fala o Evangelho, como sendo um dos sinais dos tempos. (Pormenores sobre a epidemia da ilha Maurícia: Revue Spirite, de julho de 1867, pág. 208, e novembro de 1868, pág. 321.)


"Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem

à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., experimenta

revoluções que demandam milhares de séculos

para sua realização completa, porém que, como as revoluções

mais breves, passam por todos os períodos, desde o de

nascimento até o de um máximo de efeito, após o qual há

decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em

seguida o percurso das mesmas fases."


"O homem apenas apreende as fases de duração relativamente

curta e cuja periodicidade ele pode comprovar.Algumas, no entanto, há que abrangem longas gerações de seres e, até, sucessões de raças, revoluções essas cujos efeitos,conseguintemente, se lhe apresentam com caráter de novidade e de espontaneidade, ao passo que, se seu olhar pudesse projetar-se para trás alguns milhares de séculos,veria, entre aqueles mesmos efeitos e suas causas, uma correlação de que nem sequer suspeita. Esses períodos que,pela sua extensão relativa, confundem a imaginação dos humanos, não são, contudo, mais do que instantes na duração eterna."

"Num mesmo sistema planetário, todos os corpos que

o constituem reagem uns sobre os outros; todas as influências

físicas são nele solidárias e nem um só há, dos efeitos

que designais pelo nome de grandes perturbações, que não

seja conseqüência da componente das influências de todo

o sistema."


"Vou mais longe: digo que os sistemas planetários reagem

uns sobre os outros, na razão da proximidade ou do

afastamento resultantes do movimento de translação deles,

através das miríades de sistemas que compõem a nossa

nebulosa. Ainda vou mais longe: digo que a nossa nebulosa,

que é um como arquipélago na imensidade, tendo

também seu movimento de translação através das miríades

de nebulosas, sofre a influência das de que ela se aproxima.

"De sorte que as nebulosas reagem sobre as nebulosas,

os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas

reagem sobre os planetas, como os elementos de cada

planeta reagem uns sobre os outros e assim sucessivamente

até ao átomo. Daí, em cada mundo, revoluções locais ou

gerais, que sê não parecem perturbações porque a brevidade

da vida não permite se lhes percebam mais do que os

efeitos parciais."


"A matéria orgânica não poderia escapar a essas influências;

as perturbações que ela sofre podem, pois, alterar

o estado físico dos seres vivos e determinar algumas

dessas enfermidades que atacam de modo geral as plantas,

os animais e os homens, enfermidades que, como todos os

flagelos, são, para a inteligência humana, um estimulante

que a impele, por forca da necessidade, a procurar meios

de os combater e a descobrir leis da Natureza.


"Mas a matéria orgânica, a seu turno, reage sobre o

Espírito. Este, pelo seu contacto e sua ligação íntima com

os elementos materiais, também sofre influências que lhe

modificam as disposições, sem, no entanto, privá-lo do

livre-arbítrio, que lhe sobreexcitam ou atenuam a atividade

e que, pois, contribuem para o seu desenvolvimento. A efervescência

que por vezes se manifesta em toda uma população,

entre os homens de uma mesma raça, não é coisa fortuita,

nem resultado de um capricho; tem sua causa nas

leis da Natureza. Essa efervescência, inconsciente a princípio,

não passando de vago desejo, de aspiração indefinida

por alguma coisa melhor, de certa necessidade de mudança,

traduz-se por uma surda agitação, depois por atos que

levam às revoluções sociais, que, acreditai-o, também têm

sua periodicidade, como as revoluções físicas, pois que tudo

se encadeia. Se não tivésseis a visão espiritual limitada pelo

véu da matéria, veríeis as correntes fluídicas que, como

milhares de fios condutores, ligam as coisas do mundo

espiritual às do mundo material.

"Quando se vos diz que a Humanidade chegou a um

período de transformação e que a Terra tem que se elevar

na hierarquia dos mundos, nada de místico vejais nessas

palavras; vede, ao contrário, a execução da uma das grandes

leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda

a má vontade humana."


ARAGO.

9. "Sim, decerto, a Humanidade se transforma, como já se

transformou noutras épocas, e cada transformação se assinala

por uma crise que é, para o gênero humano, o que

são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas

se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam

consigo as gerações e as instituições, mas, são sempre

seguidas de uma fase de progresso material e moral.

"A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses

períodos de crescimento, está em cheio, há quase um

século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos

agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de

febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará,

até que se haja outra vez estabilizado em novas bases.

Quem a observar, então, achá-la-á muito mudada em

seus costumes, em seu caráter, nas suas leis, em suas crenças,

numa palavra: em todo o seu estado social."


"Uma coisa que vos parecerá estranhável, mas que por

isso não deixa de ser rigorosa verdade, é que o mundo dos

Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o

contrachoque de todas as comoções que abalam o mundo

dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa

nessas comoções. Nada tem isto de surpreendente, para

quem sabe que os Espíritos fazem corpo com a Humanidade;

que eles saem dela e a ela têm de voltar, sendo, pois,

natural se interessem pelos movimentos que se operam entre

os homens. Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução

social se produz na Terra, abala igualmente o mundo

invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam,

como entre vós. Indizível efervescência entra a reinar na

coletividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso

mundo e que aguardam o momento de a ele volver."

"À agitação dos encarnados e desencarnados se juntam

às vezes, e freqüentemente mesmo, já que tudo se conjuga

em a Natureza, as perturbações dos elementos físicos.

Dá-se então, durante algum tempo, verdadeira confusão

geral, mas que passa como furacão, após o qual o céu volta

a estar sereno, e a Humanidade, reconstituída sobre novas

bases, imbuída de novas idéias, começa a percorrer nova

etapa de progresso."


"É no período que ora se inicia que o Espiritismo florescerá

e dará frutos. Trabalhais, portanto, mais para o

futuro, do que para o presente. Era, porém, necessário que

esses trabalhos se preparassem antecipadamente, porque

eles traçam as sendas da regeneração, pela unificação e

racionalidade das crenças. Ditosos os que deles aproveitam

desde já. Tantas penas se pouparão esses, quantos

forem os proveitos que deles aufiram."


DOUTOR BARRY.

10. Do que precede resulta que, em conseqüência do movimento

de translação que executam no espaço, os corpos

celestes exercem, uns sobre os outros, maior ou menor influência,conforme a proximidade em que se achem entre si

e as suas respectivas posições; que essa influência pode

acarretar uma perturbação momentânea aos seus elementos

constitutivos e modificar as condições de vitalidade dos

seus habitantes; que a regularidade dos movimentos determina

a volta periódica das mesmas causas e dos mesmos

efeitos; que, se demasiado curta é a duração de certos

períodos para que os homens os apreciem, outros vêem

passar gerações e raças que deles não se apercebem e às

quais se afigura normal o estado de coisas que observam.

Ao contrário, as gerações contemporâneas da transição lhe

sofrem o contrachoque e tudo lhes parece fora das leis ordinárias.

Essas gerações vêem uma causa sobrenatural,

maravilhosa, miraculosa no que, em realidade, mais não é

do que a execução das leis da Natureza.

Se, pelo encadeamento e a solidariedade das causas e

dos efeitos, os períodos de renovação moral da Humanidade

coincidem, como tudo leva a crer, com as revoluções

físicas do globo, podem os referidos períodos ser acompanhados

ou precedidos de fenômenos naturais, insólitos para

os que com eles não se acham familiarizados, de meteoros

que parecem estranhos, de recrudescência e intensificação

desusadas dos flagelos destruidores, que não são nem causa,

nem presságios sobrenaturais, mas uma conseqüência

do movimento geral que se opera no mundo físico e no

mundo moral.

Anunciando a época de renovação que se havia de abrir

para a Humanidade e determinar o fim do velho mundo, a

Jesus, pois, foi lícito dizer que ela se assinalaria por fenômenos

extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos,

sinais no céu, que mais não são do que meteoros, sem

ab-rogação das leis naturais. O vulgo, porém, ignorante,

viu nessas palavras a predição de fatos miraculosos.(1)



Irene Ibelli


"Os obstáculos nos fortalecem e nos fazem evoluir!!!"


Nenhum comentário:

Postar um comentário