sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Brasil de Amanhã


"Brasil:Farol Mundial do Amanhã"


Tudo e todos evoluem. Isso é decisão divina! No infinito perímetro universal, trazendo os círculos internos concêntricos para a nossa grande moradia — a Via Láctea —,

figuramos que nela, a nossa cidade é o Sistema Solar, nosso bairro a Terra, nossa rua a América do Sul, nosso quarteirão o Brasil e a nossa residência, a casa onde de fato moramos, agora.

No contexto evolutivo, vislumbrando a paisagem terrena a partir da janela moral ofertada pelo Espiritismo, temos que o mundo, necessariamente, hoje está melhor do que ontem e que a cada novo dia, estará melhorando.
Progridem nações e povos, civilizações e costumes.

Porém, em diagnóstico apressado, à vista da devastadora onda de violência que assola a humanidade, multiplicadas vozes alardeiam que o mundo "não tem mais conserto" e que seu fim está próximo.
Para equacionarmos a violência — seu princípio e fim —, desdobrando-a pelas inúmeras faces da maldade com que se apresenta, conseqüência da ausência temporal do Evangelho, vamos nos socorrer da matemática, formulando uma fração contínua:

C R U E L D A D E S
D O R

D O R
PROVAS E EXPIAÇÕES

PROVAS E EXPIAÇÕES
RESGATES = QUITAÇÃO

RESGATES = EXPIAÇÃO
R E G E N E R A Ç Ã O!

O Brasil não está indene a esse vórtice mundial da violência.

Aliás, ainda não há quadrante ou canto da Terra onde a paz algum dia imperou.

Nunca foi tão explícita a assertiva de Allan Kardec quando, em magistral pedagogia do comportamento espiritual, coletivo e individual, classificou a Terra como "mundo de provas e expiações".

O entendimento e a aceitação da Justiça Divina, como de inalcançável sabedoria e bondade, traz à tona de todos os acontecimentos, por mais chocantes que se mostrem, que de todo mal Deus extrai o bem: se há criminosos, há vítimas e como "o Pai não põe cruz em ombro errado", temos que os primeiros se endividam e os segundos quitam; aqueles não passaram nas provações que se lhes foram antepostas e estes, trilharam as dolorosas vias da expiações.

Nesse fluxo e refluxo, a vida segue, aqui e além...

Inexoravelmente, tudo e todos seguem evoluindo...

Entrando em cena planetária a Terceira Revelação — o Espiritismo —, foram decodificados os ensinos de Jesus, muitos deles até então equivocadamente travestidos de dogmas e abjurações. Viu a Humanidade, no palco da vida, ao abrirem-se as cortinas do mundo espiritual, a Lei Moral de Ação e Reação, representando a Justiça Divina, delineando em texto sublime, recheado de razão e lógica, os meandros da reencarnação. Aos felizes assistentes (voluntários) desse espetáculo que o Espiritismo expõe desde 18 de Abril de 1857, gratuito, mas apenas requerente da fé raciocinada, resta iluminada a dúvida humana do "de onde vim?", "a que estou?", "para onde irei?".

Doutrina dos Espíritos: sementes generosas lançadas de início na França, logo frutificaram e bons ventos as espalharam pelo mundo afora. No Brasil, justamente, foi onde mais frondosa se tornou a benfazeja árvore espírita, hoje o país que mais frutos espíritas oferta a todos os peregrinos que à sua sombra queiram repousar e saciarem-se, em meio às agruras do caminho, agruras essas interpostas por eles próprios...

Sobre essa sublime árvore, eis uma breve estimativa: seu tronco — a própria Codificação; seus galhos — as Federações Espíritas, os Institutos de Estudos, as Editoras espíritas (cerca de 100) os Clubes do Livro Espírita (cerca de 200), as Feiras do Livro Espírita (cerca de 300), os Centros Espíritas (milhares deles), os vários "sites" espíritas, na Internet; os ramos — os médiuns (dos mais frondosos: Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvonne do Amaral Pereira); os frutos — alguns deles, os abençoados livros espíritas (só do Chico, mais de 400!).
O homem foi criado com destinação à felicidade. Não há duvidar.

E felicidade, na Terra, tem e terá sempre aquele que amar ao próximo como a si mesmo, seguindo orientação insculpida por Deus na consciência de todos os seres (Lei Moral do Amor), orientação essa, magistralmente relembrada e exemplificada por Jesus.

Temos visto, amiúde, já a partir de lugarejos brasileiros distanciados do conforto da civilização, criaturas-heróis no campo das poucas letras, que tão logo aprendem o "abc", fazem do seu ideal ensiná-lo aos conterrâneos, idosos muitos deles, mergulhados no analfabetismo.

Da mesma forma, equipado com os ensinos dos Espíritos protetores, cada espírita pode e deve transformar-se em modesta lanterna, a iluminar trevas — as próprias, de início; logo, as do próximo que o queira. Tal atitude, aliás, nada mais é do que seguir a recomendação de Jesus aos Apóstolos, assim registrada pelo Evangelista Mateus (Mt. 10: 7): "E pondo-vos a caminho, pregai dizendo que está próximo o reino dos Céus".

Uns e outros, os atuais anônimos apóstolos, aqueles da Educação, estes da Terceira Revelação, estarão movendo-se impulsionados pelo combustível espiritual da fraternidade, inerente no âmago do ser humano desde sua criação, mas às vezes de difícil prospecção, tal qual seu similar terreno, o petróleo.

Estamos na alvorada do terceiro milênio, enfrentando mar revolto, de ondas apocalípticas (moralmente, guerras entre Nações e literalmente, o tsunami de há pouco...). Embora o Espiritismo faça ralas referências ao Apocalipse, posto que ao ser codificado por Allan Kardec já haviam se passado dezoito séculos e muitas das profecias já tinham ocorrido, permitimo-nos duas ligeiras lembranças da Revelação passada a João, o vidente exilado na Ilha de Patmos:
- a primeira, aquela que se refere aos 2.000 anos... (1.000, a prisão de Satanás - Ap: 20:2, e mais 1.000, os que passaram a viver com o Cristo - Ap: 20:4; assim, dois mil anos estão terminando...);
- a segunda, aquela que diz dos "três ais" (Ap: 8:13), sendo que ao fim do terceiro "ai", seria destruída a terça parte da humanidade, "nela não mais restando maldição, senão os tronos de Deus e do Cordeiro, aos quais seus servos serviriam"...
Em singela, mas respeitosa analogia aos três "ais", formulamos abaixo três "ãos", cuja ação nefasta na Terra, ora aproximando-se a passos largos da saturação, estão levando-a à necessária interferência sublime da Lei de Evolução, para regenerá-la:
- destruição, pelas guerras internas e externas;
- corrupção, pela ganância desenfreada da maioria, no poder;
- perversão, pela disseminação planetária da toxicomania.
Vale recordar: a evolução contínua, Lei Divina, é para tudo e para todos...

Aumentando o número de espíritas, a cada dia vão surgindo novos Centros Espíritas, num sublime efeito multiplicador, isso no mundo todo. Aqui, nesse panorama, o Brasil, em particular, pode ser considerado a grande universidade do futuro neste planeta, ofertando matrículas em classes para todos os níveis do aprendizado espiritual.

Ora, como o conhecimento integral só é alcançável pelo estudo, aliando-se teoria e prática, fixamo-nos nas palavras do Mestre Jesus, "sublime reitor" daquela Universidade, quando lecionou que: conhecendo a Verdade, tem-se a liberdade.

A Terra é uma embarcação-escola há muito a navegar, no Mar da Evolução.

No seu tombadilho — o Espiritismo — , está o Brasil-moral, obediente ao Mestre, convidando e acolhendo quantos queiram ser navegantes. Com Jesus no comando e timão desse grande barco que é o mundo, nos seus dois compartimentos — o material e o espiritual —, conjeturamos, com grande possibilidade de acerto, que o Brasil-físico, com o farol espírita aceso, será o porto seguro onde, cedo ou tarde atracará a embarcação "Humanidade", trazendo imigrantes de boa vontade, para em seguida rumar para um destino mais feliz, o da regeneração.
Não há o acaso (questão n° 8 de "O Livro dos Espíritos").

Assim, permitimo-nos agora formular uma nova equação para o futuro:

E S P I R I T I S M O NO B R A S I L
PROGRESSO MORAL TERRENO

— Melhor destinação poderá haver para uma nação e para um povo?!

Eurípedes Kuhl


"Dai-me senhor a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço"
Gabriela Mistral



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