sábado, 28 de janeiro de 2012

Uma referência como espécie


Uma referência como espécie

O mundo evolutivo da forma, através da mente, somente depois de muitos séculos viu nascer uma cultura, e com ela um processo sistêmico organizado. O princípio manifesto na forma precede o modelo atual e dá consistência a ele. Esse modelo manifesto é 'uma referência como espécie', além de determinante dos limites de uma cultura ou tradição.

O REINO ANIMAL E NOSSA RELAÇÃO COM ELE É O ALICERCE SOBRE O QUAL ESTÁ SEDIMENTADA A CULTURA DE UMA CIVILIZAÇÃO.

Do ponto de vista da ESCOLA, os reinos animal e vegetal, o princípio orgânico e vegetativo de Gaia, são o resultado de um intenso trabalho de uma INTELIGÊNCIA SUPERIOR, visando a evolução da Terra como um todo. Toda forma procede de acordo com a MENTE que a criou. E o somatório dessa mente (cultura) lhe dá sentido e direção.

BASTA OLHAR DENTRO DOS OLHOS DE CADA SER VIVO PARA VER O QUE PERDEMOS COMO ENTIDADES HUMANAS EVOLUTIVAS.

A princípio não vemos o intenso trabalho de uma INTELIGÊNCIA SUPERIOR, nem ordem, nem finalidade, pois perdemos uma qualidade, um sentido, uma manifestação interior: A LEMBRANÇA DE SI MESMO. Infelizmente, a 'Procissão da miséria humana' (art. 004), passa ao largo de uma visão objetiva. Vê somente o reflexo de sua sordidez e projeta seu lado fraco e incoerente, agindo cruelmente sobre animais dóceis e indefesos.

O MODO COMO NOS RELACIONAMOS COM OS ANIMAIS É O TERMÔMETRO QUE INDICA SE ESTAMOS OU NÃO EVOLUINDO COMO ESPÉCIE.

Mas esse trabalho intenso e contínuo levado à prática por uma INTELIGÊNCIA SUPERIOR, precede o aparecimento do próprio homem. Fomos posteriormente criados com a frieza do Lobo e a docilidade do Cordeiro. Existem situações que induzem reações do Lobo, enquanto outras nos convidam sutilmente a emergir do Cordeiro. Uma grande e variada quantidade de formas foi criada, e a partir delas um referencial do próprio homem.

OS ANIMAIS ESPERAM DE CADA UM DE NÓS ATITUDES OBJETIVAS, E SE ENTRISTECEM AO CONSTATAR INSTINTIVAMENTE QUE POSSIBILITARAM A EXISTÊNCIA DE ALGO TÃO INCONSISTENTE QUANTO A RAÇA HUMANA.

Cada uma das formas tanto no reino mineral, vegetal e humano são a expressão de leis cósmicas fundamentais, e respondem por algum ponto evolutivo do universo, ou Raio de Criação. Portanto, foram criadas e são dirigidas por Inteligências além da forma. Aparentemente, não visualizamos uma evolução proposta para elas, mas foram colocadas aqui para servir de farol à evolução do próprio homem. Não devemos nos esquecer que por detrás das atitudes existem intenções.

A DOCILIDADE DO SEU CÃOZINHO É UMA ALEGORIA AO CORDEIRO, PORTANTO, QUANDO O MALTRATA OU ATÉ O MATA DE FORMA AGRESSIVA E CRUEL, ESTÁ MATANDO A SI MESMO E AO SEU PROCESSO EVOLUTIVO.

Alguns animais, que podem ser mesmos ancestrias nossos, são muitas vezes descendentes. Diz-nos a ESCOLA  que não somos a primeira experiência realizada na Terra, visando um ser auto-evolutivo. Outras experiências foram realizadas, e em tempos longínguos raças inteiras foram extintas, por não ter alcançado um estágio de evolução dentro do tempo pré-determinado. Diz-nos também a ESCOLA que alguns animais que convivem junto a nós são descendentes de raças anteriores à nossa, portanto, são portadores de certas características fundamentais à nossa própria evolução.

IRRACIONALIDADE NÃO É INERENTE AOS ANIMAIS, MAS COEXISTE EM CONFORMIDADE COM NOSSAS ATITUDES E INTENÇÕES (ART. 035).

Portanto, os animais são nossos irmãos; esperam de nós um sentimento de compreensão e amparo, pois não possuem um poder de adaptação tão amplo e variado como o nosso. Detiveram-se em alguma característica, que se observarmos com a devida atenção reflete algo que de alguma forma perdemos. Se as condições de seu habitat forem modificadas bruscamente eles sentem de uma forma muito forte, e podem até definhar e morrer. Amenizar sua dor e ampliar suas possibilidades de sobrevivência é um atributo da civilização.

OS ANIMAIS PODEM NOS DAR DETERMINADAS LIÇÕES QUE NENHUMA UNIVERSDIDADE É CAPAZ. ENTÃO, POR QUE NÃO APRENDER?

Todo o reino animal é uma contínua caricatura da raça humana. Há muita coisa em nós que precisa ser expurgada antes que possamos nos tornar em instinto, lealdade e gratidão tão verdadeiros quanto ele. Diz-nos a ESCOLA que tememos ser livres, pois não sabemos como agir e sobreviver fora do limitado mundo de nossas artificialidades.

OS ANIMAIS SÃO VERDADEIROS E COMPLETOS DENTRO DO CONTEXTO DE SUA EXISTÊNCIA. NÃO NECESSITAM MENTIR, NEM SIMULAR AFEIÇÃO.

Diz-nos a ESCOLA que a separação do instinto de preservação da espécie teve origem quando nos colocamos num patamar superior ao próprio reino do qual somos parte. Julgamos ser sabedores daquilo que é bom, ou daquilo que é mau. Desde o momento que passamos a acreditar sermos senhores do nosso próprio destino relegamos todo o reino animal ao convés de uma cultura decadente. Somos fracos, pois não sabemos lidar com consequências. Grande parte de nossa força está perdida no reino que amputamos de nós mesmos.

PREFERIMOS SER SUBMISSOS A UM CORDEIRO IMAGINÁRIO, QUE NOS ABRIRMOS À FORÇA INSTINTIVA DE UM LOBO. AO PRIMEIRO PRESENTEAMOS COM MORTE DE CRUZ, E AO SEGUNDO EXORCIZAMOS.

Grupos humanos isolados, não importa qual seja a sua amplitude, jamais podem ser análogos ao homem tomado individualmente, e menos ainda superiores a ele. Por isso o Mestre Jesus jamais criou alguma religião, e no momento de sua prisão e morte estava completamente só. Mas como entidades humanas fragilizadas preferimos respostas massificadas à solidão das atitudes autênticas. Preferimos a segurança dos templos à complexidade, possibilidade e autenticidade do homem tomado individualmente.

RESPONDEMOS COMO ESPÉCIE, MAS UMA ESPÉCIE SEM RAÍZES NO REINO ANIMAL, PORTANTO, DESTITUÍDA DE VALORES REAIS.

Uma raça ou nação considerada como organismo, quando articulada ao reino do qual se originou é muito superior aos artifícios da razão pura. A dignidade, lealdade e amizade de um cão é muito superior ao poder de qualquer oligarquia.

A FRIEZA DO LOBO NÃO SE COMPRA COM PROPINAS. NÃO HÁ DÍZIMO NA TERRA QUE POSSA CONVENCÊ-LO A SER SUBSERVIENTE E OMISSO.

Enquanto estamos preocupados com a tranca do portão, uma pomba nos observa do telhado. As baratas e os ratos darão continuidade a esta civilização, e talvez tenham algo para ensinar à próxima. Os sobreviventes do Apocalipse, com certeza, terão a tatuagem de algum animal no coração.

TODA CULTURA É ANIMAL POR ORIGEM; LUPINA POR CONSEQUÊNCIA E, POSTERIORMENTE, ANIQUILADA POR ENTORPECIMENTO DE VALORES, RESTANDO APENAS UMA VASTA EXPERIÊNCIA A SER VIVIDA PELA PRÓXIMA.

Não devemos nos esquecer de Noé e o Dilúvio, quando o reino animal foi preservado na ARCA DE UMA NOVA CIVILIZAÇÃO.

Que assim seja!

fonte:  http://oloboeocordeiro.wordpress.com/2012/01/26/4043/

 

O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser...
Ah!!! Que maravilha!!!
O amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...
 
 
Irene Ibelli 
 
 

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