segunda-feira, 25 de maio de 2009

As Diversas Culturas e o ano de 2012


"Uma luz no final do túnel"
Maias, Egípcios, Celtas, Hopis, Nostradamus e diversos profetas, Chineses e Budistas, WebBots, Cientistas e Religiosos das mais diferentes crenças afirmam que algo extraordinário ocorrerá em nosso planeta em 2012 (ou antes). Nunca antes uma data foi tão importante para muitas culturas, para muitas religiões, cientistas e governos.Mas o que acontecerá na fatídica data de 21 de dezembro de 2012? Para muitos será o dia da aniquilação da raça humana devido a uma inversão dos pólos da Terra. Como isso seria possível? Devido a distúrbios nos campos magnéticos do Sol que, gerando colossais tormentas solares, afetarão a polaridade de todo o nosso planeta. Resultado: o campo magnético terrestre se inverterá imediatamente, com conseqüências catastróficas para a humanidade. Violentos terremotos demolirão todos os edifícios, alimentando tsunamis colossais e atividade vulcânica intensa. Na verdade, a crosta terrestre deslizará, arremessando continentes a milhares de quilômetros de sua localização atual.Curiosamente, até já estão sendo desenvolvidos novos mapas da geografia terrestres após as alterações físicas que supostamente ocorrerão. Especula-se que a Europa e a América do Norte sofrerão um deslocamento de milhares de quilômetros em direção ao Norte, e seu clima se tornará polar. Veja mapas pós 2012 aqui.E acredite se quiser, mas em 2008 apareceu um Crop Circle (círculos nas plantações) indicando a formação planetária em 2012 e talvez querendo nos alertar para algo que ocorrerá em 21/12/2012.Outros falam que grandes cataclismos serão gerados devido a passagem de um astro/cometa/planeta perto da Terra. Seria o "abominável da desolação" de Jesus, a "abominação desoladora" do profeta Daniel, a "grande estrela ardente com um facho, chamada Absinto" do Apocalipse de João, a "grande estrela", "o grande rei do terror", "o monstro" ou "o novo corpo celeste" de Nostradamus, o "astro Intruso" ou "planeta higienizador" de Ramatis, o "planeta chupão" citado por Chico Xavier, ou o "Planeta X" procurado pelos astrônomos, ou o "12º planeta" de Zecharia Sitchin, ou o "Nibiru/ Marduk" dos Sumérios, ou ainda o "Hercólubus" da turma da Gnose.Para os cientistas da NASA a data será marcada pelas piores tormentas solares da história. Para os governos e a ONU algo terrível está para ocorrer com nosso planeta, por isso foi inaugurado no início de 2008 o "cofre do fim do mundo" que visa abrigar sementes de todas as variedades conhecidas no mundo de plantas com valor alimentício. Na 14ª Conferência das Nações Unidas sobre a mudança climática, no início de dezembro de 2008, o ministro polonês do Meio Ambiente, Maciej Nowicki, considerou que a "humanidade com seu comportamento já empurrou o sistema do planeta Terra a seus limites". "Continuar assim provocaria ameaças de uma intensidade jamais vista: enormes secas e inundações, ciclones devastadores, pandemia de doenças tropicais e até conflitos armados e migrações sem precedentes", lançou, pedindo aos negociadores que não "cedam a interesses particulares obscuros neste momento em que devemos modificar a direção perigosa que a humanidade tomou". Veja aqui a notícia completa.Para os WebBots algo devastador vai ocorrer em 2012. Já para o Timewave Zero a data de 21 de dezembro de 2012 marca o equilíbrio, o fim dos velhos paradigmas, o novo começo, onde nada será mais como era anteriormente.Já aqueles que possuem uma visão mais espiritualista da vida esperam pelo "Juízo Final", a separação espiritual do "joio e do trigo", que se dará com a chegada de Jesus Cristo (ou numa visão mais moderna dos extraterrestres) e colapso total da civilização humana baseada no materialismo/egoísmo (fim do sistema econômico) e início de uma nova civilização voltada ao espiritualismo, amor e fraternidade. Nesta mesma linha de "juízo final", outros falam que a chegada dos extraterrestres se dará após um cataclismo provocado pela passagem do "segundo sol".
Ainda nesta teoria de colapso total da civilização humana devido a catástrofes e /ou fim do sistema econômico/ materialismo, leia também as profecias dos Maias que falam sobre isso. Estudiosos do Calendário Maia como o espiritualista Fernando Malkun também defendem a teoria que a data será marcada por uma mudança de consciência: o fim do medo.Não podemos esquecer que na visão espiritualista do "fim do mundo", o lado material (catástrofes, fim do dinheiro, materialismo, consumismo, etc) é colocado em segundo plano. Não que isso não acontecerá. Eles falam que sim, mas o que vai separar um mundo do outro é uma mudança consciencial: a consciência egoísta e individualista "sou ser humano, pertenço ao planeta Terra" morrerá e nascerá a consciência universalista "sou a encarnação de um espírito, pertenço ao Universo". Lembrando que os espíritos reprovados no "juízo final", ou seja, aqueles que não mudarem a consciência frente as últimas "provas", serão exilados no Nibiru/ Planet X e terão que recomeçar do zero todo o processo de reencarnação, enquanto que os aprovados para a nova Terra vão estar livres de recordações do passado e qualquer traço de egoísmo e individualismo. Serão os habitantes da Terra de regeneração (como os espíritas falam).Como pôde ver, muitos têm a sua versão do que vai ocorrer em 2012 (ou antes).
Mas se notar você vai ver que não será o "fim do mundo", mas o fim de "um tipo de mundo".
Não nos restam dúvidas que a nossa civilização está à beira do colapso. Prova maior disso é a atual crise financeira mundial e o aumento das catástrofes naturais, além do agravamento da violência e distúrbios civis. Qualquer um que usar a inteligência deve compreender que, independentemente das profecias de 2012 se realizarem, nossa sociedade está chegando ao fim.
Basta ser um bom observador.
Nota: E vocês já perceberam que o Brasil apesar de tudo,
está fora dessa crise???
Irene Ibelli

domingo, 24 de maio de 2009

Estudo Oportuno e de Alto Nível


"ESTUDO OPORTUNO E DE ALTO NÍVEL"

Célia Urquiza faz uma análise em profundidade do livro BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO, do Espírito Humberto de Campos, psicografado pelo médium Francisco CândidoXavier. Como enfatizou ela, no início de seu trabalho, trata-se de um estudo, cujo objetivo foi apresentar uma leitura do livro acima referido. Célia Urquiza soube estruturar o seu texto em nível de tese de Mestrado, a que não faltaram espíríto crítico, argumentação lúcida e exegese segura na apreciação da obra. E vem a grande indagação: o Brasil é mesmo o coração do mundo e a pátria do Evangelho? A Espiritualidade Maior teve participação direta nos acontecimentos históricos do nosso país, desde o seu descobrimento até a Independência? Jesus esteve presente a esses significativos eventos? Não seria um privilégio a escolha do Brasil como a nova seara, onde a árvore do Evangelho encontrara terreno fértil? A escravidão imposta aos africanos, arrancados á força de suas terras para trabalharem em nossas lavouras teria sido um fato isolado, sem nenhum comprometimento com o passado?Não estaria aí funcionando a lei de causa e efeito? A autora do texto responde a essas indagações com muita lucidez dentro dos ensinamentos da Doutrina Espírita. Usando uma linguagem clara e simples, Célia Urquiza aborda com muito equilíbrio o tema proposto pelo livro de Humberto de Campos. O grande personagem de nossa história, o infante D. Henrique, a quem se diz ser a encarnação de Helil e que andou dialogando com Jesus a propósito da nossa formação histórica, foi bem ressaltado pela autora do texto. Mas o Brasil é mesmo a pátria do Evangelho? Persiste a pergunta.Os fatos e as circunstâncias comprovam essa assertiva. O Brasil, cuja configuração geográfica tem a forma de um coração, é habitado por umpovo tradicionalmente de índole pacífica. Aqui nunca assistimos a guerras de conquista. A nossa formação étnica deveu-se à miscigenação de três raças: o branco, o negro e o índio. Enquanto no resto do continente houve fragmentação, o nosso país manteve sua integridade territorial.Portugal, um país pequeno e desarmado, soube defender nosso território das invasões de países muito melhor armados, a exemplo da França e daHolanda. Como explicar o "milagre"? O nosso próprio chão jamais se rebelou. Não temos, aqui, maremotos nem terremotos. Todos esses argumentos foram bem aduzidos por Célia Urquiza. Tiradentes, o mártir da Independência, teria sido um inquisidor em vidas passadas? Mas o seu trabalho não se limita ao texto do livro. Ela ampliou o seu estudo,traçando uma panorãmica do movimento espírita no mundo, desde o fenômeno mediúnico das Irmãs Fox, passando por Kardec e desembocando na Bahia, berço da nossa nacionalidade e onde surgiu o primeiro centro espírita e o primeiro jornal anunciador da nova e consoladora Doutrina, importada da França. A Bahia de todos os santos se transformou, assim na Bahía detodos os credos religiosos. Célia Urquiza não se esqueceu da Federação Espírita Brasileira, a Casa Máter do Espiritismo, que com o seu REFORMADOR, órgão da instituição, vem divulgando a Doutrina Consoladora, sem esquecer a sua editora, a quem devemos a multiplicação de livros, em sua maioria psicografados pelo lápis humilde de Francisco Cândido Xavier. Repetindo: o Brasil é a pátria do Evangelho? A autora do texto responde sem tergiversar: o nosso país ainda não é a Pátria do Evangelho. Tal resposta não discrepa da afirmação de Humberto de Campos. Um dia, o nosso país será um modelo de espiritualização, no mundo. Como diz o poeta paraibano Eudes Barros, num inspirado poema, Jesus aqui será crucificado numa cruz de estrelas. Vale a pena encerrar nosso comentário com esta significativa frase de Célia Urquiza: "Fazemos parte de um concerto onde cada nação é uma nota na Sinfonia Divina."

Uma visão cósmica e holística da vida.

Carlos Romero

*** A Missão do Brasil como Pátria do Evangelho. Capítulo I - BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PATRIA DO evangelho.

O Espírito Humberto de Campos, no seu livro psicografado por Chico Xavier e que tem como título estas palavras: "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", nos afirma que Jesus transportou a árvore do Evangelho, da Palestina para o Brasil. Por que Jesus fez isso? Terá sido privilégio nosso? O que fizemos para merecê-lo? Se não foi privilégio, o que aconteceu, para que essa árvore plantada inicialmente na Palestina,não permanecesse lá, e viesse para cá? Esta afirmação do autor espiritual, nos leva a uma série de indagações. Façamos um estudo sobre elas. É possível que as respostas surjam no decorrer do mesmo. Todos nós sabemos que Jesus é o Espirito a quem foram confiados os destinos do nosso Planeta. É aquele que foi por Deus enviado, com a missão de ser o Pastor das ovelhas aqui existentes; e como Pastor desse rebanho, Ele nos conduz, cuidando para que nenhuma se perca. Foi para isso, então, que Ele veio um dia à Terra, assumiu um corpo semelhante ao nosso; conviveu conosco, tornando-se visível e tangível. A sua vinda foi em cumprimento à sua missão. Veio nos apontar o caminho que devemos trilhar, para que um dia, ao devolver esse rebanho ao Pai, Ele possa dizer que das ovelhas que lhe foram confiadas, nenhuma se perdeu.Inicialmente, foi a Palestina, a Terra escolhida para espalhar a semente do seu Evangelho. Mas, grande número dos que ali habitavam, estavam dominados pelo orgulho, pela ambição, pela sede de poder e grandezas, a ponto de não o aceitarem como o Messias Prometido, só por não ter nascido no seio da nobreza. Ele se apresentou ao Mundo, como filho de um humilde carpinteiro. Ali, as suas lições tiveram pouco eco. Poucos o ouviram e poucos O seguiram. Então, Ele escolheu outra Terra, para novamente semear o Seu Evangelho. Não havendo eco na Palestina, Jesus escolheu o Brasil para porta-voz das Suas lições. Fomos nós os escolhidos, mas, não por privilégio. Por missão. Foi-nos confiada a tarefa de aprender, vivenciar, e espalhar os seus ensinamentos. Então. repetiu-se no Brasil, o que aconteceu na Palestina,quando se aproximou o momento da Sua vinda. Houve naquela ocasião, todo um preparo, para o bom êxito do Seu nascimento, da Sua permanência ali, naquela época. Uma série de cuidados foi tomada. Uma grande equipe espiritual, justamente aquela que mais diretamente executa as Suas ordens, cuidou para que tudo acontecesse na forma mais perfeita. Sob a inspiração dos espíritos superiores, os profetas anunciaram; os precursores prepararam os caminhos e tudo foi cuidadosamente planejado e executado. No Brasil, aconteceu o mesmo. Verificando o nosso Mestre que havia chegado a época para transplantar a sua árvore, tendo já escolhido a Terra que iria recebê-la, mais uma vez uma grande equipe espiritualfoi convocada. Não se tem conhecimento, mas, é possível que tenha sido a mesma que tudo fez na Palestina; e tomou todos os cuidados para quenovamente, tudo saísse a contento. Essa equipe cuidou da nossa Terra a partir da forma geográfica, semelhante a um coração; cuidou também da sua estrutura. Aqui, não temos as grandes catástrofes, tais como: terremotos, vulcões, maremotos, furacões, ciclones. Isso foi privilégio nosso? Não, pois Deus não privilegia ninguém. Em nenhum ponto merecemos mais que os nossos irmãos de outras Terras que sofrem essas calamidades.Tudo isso foi porque esta Terra se transformaria mais tarde na Pátria do Evangelho e como tal, faziam-se necessários todos esses cuidados, para que o seu povo, não estando às voltas com as grandes catástrofes, pudesse se dedicar mais à árvore que para cá seria transportada. Cuidou também da formação do nosso povo. Não viemos de um povo orgulhoso, prepotente, elitizado. Somos o resultado da união de três raças sofridas. Somos a miscigenação do branco injustiçado, muitos dos portugueses que para cá vieram, banidos do seu país, eram inocentes, não mereciam aquela punição; do negro escravizado e do índio, ser em primário estágio evolutivo. Somos o resultado da união dessas três raças e de cada uma delas temos características. Do branco injustiçado temos a inguietação diante da injustiça; do negro escravizado temos a submissão, a aceitação da dor, do sofrimento; e do índio temos a indomabilidade.Por que tudo isso? A resposta é muito simples. Porque nada ensina mais a amar e a perdoar, do que a dor e o sofrimento. Também porque, só nascendo dessa simplicidade é que o povo brasileiro poderia ser o que é: sentimental, solidário, amigo, como nenhum outro no mundo. Na Palestina, Jesus iniciou, a Sua vida pública, com o "Sermão da Montanha", dizendo:"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; (...)Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados; (...) Bem-aventurados os puros de coração, por que verão a Deus". (Kardec - 1992) O branco inocente, banido injustamente do seu país, e o negro arrancado à força do seu berço, representam os que choram e os que têm fome e sedede justiça; o índio representa os puros de coração. Somos o resultado da união dos injustiçados, dos que choram e dos puros de coração. No Brasil, Jesus nos apresentou também o "Sermão da Montanha", o Seu grandioso e mais belo sermão através da formação do nosso povo, mostrando dessa forma que estava, realmente, replantando a árvore do Seu Evangelho. Humberto de Campos no seu livro, nos faz um relato do nascimento do Brasil. Não um relato histórico. Ele apresenta o aspecto espiritual desse fato. Ele fala das providências tomadas, desde muito antes da viagem de Cabral e, à medida que mostra o trabalho e o cuidado dos Espíritos que acompanharam e participaram de cada episódio, nos esclarece também sobre a missão evangélica do Brasil. O seu relato émuito cheio de beleza e poesia. Em muitas ocasiões, ele nos mostra o diálogo de Jesus, no mundo espiritual, com os Seus mensageiros, à medida que vai traçando planos e tomando decisões, quanto ao nosso destino de filhos da Pátria do Evangelho. Logo no início, ele nos conta que Jesus, numa das suas visitas espirituais a este Planeta,encaminhou-se aocontinente que seria mais tarde o mundo americano, e quando contemplou as maravilhas dessa terra onde resplandece o cruzeiro do súl, e que seria o Brasil, erguendo as mãos para o Alto, invoca a bênção do Pai, e dirigindo-se a um dos Seus mensageiros, exclama: -Para esta terra maravilhosa e bendita, será transplantada a árvore do Meu Evangelho depiedade e de amor, (...) e Tu Helil, te corporificarás na Terra, no seio do povo mais pobre e mais trabalhador do Ocidente; instituirás um roteiro de coragem, para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários, que separam o Velho do Novo Mundo (...)Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do mundo". (Xavier, 1996 p23e24) Algum tempo depois, no ano de 1394, como filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre, reencarna em solo português, Helil, que ficará conhecido na História Universal como o heróico Infante de Sagres; aquele que foi o grande responsável pelos descobrimentos portugueses. Quando o Rei D. João I subiu ao trono, Portugal estava numa situação econômica desesperadora. Todo o poder econômico estava de posse da Igreja e o Rei não podia desenvolver o País. Então, para de alguma forma alterar a situação, sem entrar em conflito com o poder religioso, nomeou os seus filhos, responsáveis por cada Ordem Religiosa, e foi assim, que o Infante D. Henrique foi nomeado o Grão Mestre da Ordem de Cristo. Essa Ordem era secular e muito rica, tanto em dinheiro, como em informações históricas, e isso levou o Infante de Sagres a tomar conhecimento de antigos manuscritos, ali guardados, que falavam de outros povos e as rotas dos povos antigos. Os recursos ali existentes, que não eram poucos, pois era uma das Ordens mais ricas do País, o Infante utilizou na construção de navios, na contratação de astrônomos, matemáticos, engenheiros navais e outros homens de saber, para dar início ao seu grande sonho que era, como ele próprio dizia: "levar o mundo a navegar por mares nunca dantes navegados". Hoje, sabemos ter sido esta a sua missão Foi dessa forma que se iniciaram os descobrimentos. Foi assim que o nosso Helil, o nosso Infante de Sagres cumpriu a sua missão. "Os descobrimentos brotaram da sua vontade, quando os contemporâneos o remordiam de censuras por este afinco nas pesquisas do Atlântico. Triunfou. E se Portugal varou de pasmo a Europa, ganhando as honras de nação benemérita dos povos modernos, os prímeiros e os mais decisivos impulsos eram do Infante Dom Henrique". (Bérni, p. 60) Humberto de Campos na sua obra, informa que o Infante D. Henrique, por várias vezes deixou transparecer que tinha a certeza da existência de terras, ainda desconhecidas. Era como se ele fosse às vezes, assaltado por lembranças que lhe davam essa segurança.Hoje sabemos que essas lembranças vinham do fato dele já ter estado aqui, antes deste seu reencarne, e foi na nossa Terra, ainda desconhecida, que ele recebeu do Mestre a missão que soube tão bem desempenhar. Uma prova disso é que um mapa traçado em 1448, por André de Bianco, mencionava uma região fronteira à África. Não era, portanto, desconhecida dos navegadores portugueses a existência dessas terras. Desencarnando em 1460, D. Henrique de Sagres volta à Pátria Espiritual e, no além, o mensageiro do Mestre continua a trabalhar na causa do Evangelho. Por inspiração sua, diversas expedições são organizadas, e sob a sua influência é descoberta a Costa de Angola; mais tarde, Vasco da Gama descobre o caminho marítimo das Índias, e algum tempo depois, Gaspar de Corte Real descobre o Canadá. Todos os navegadores saem de Lisboa com instruções secretas quanto à terra desconhecida. Percebe-se claramente a preocupação do autor espiritual em nos chamar a atenção para vários pontos importantes. São eles: Os planejamentos daEspiritualidade Superior; O infante D. Henrique, encarnação do Espírito Helil, foi um emissário de Jesus. Como Espírito de elevada hierarquia, permaneceu adstrito ao cumprimento da tarefa que lhe fora atribuída. D. Henrique, instituiu um roteiro de coragem, para que fossem transpostas as imensidades perigosas e solitárias que separavam os dois mundos Por predestinação de Jesus, o nosso Brasil é o Coração do Mundo e Pátria do Evangelho, com a árdua, mas nobre tarefa de espalhar, principalmente com o exemplo, a mensagem do Cristo. (Bérni, op. cit. p 68) que: A preocupação do autor espiritual era nos mostrar que nada aconteceu por acaso. Tudo foi fruto de um cuidadoso planejamento; o Infante D. Henrique, encarnação do espírito Helil, foi um emissário de Jesus, como também não deixa nenhuma dúvida quanto à sua missão; a sua afirmação de que Helil é um Espírito de elevada hierarquia, é a confirmação do que foi dito por Zurara, navegador e historiador português, quando em uma de suas crônicas, retrata o Infante de Sagres como "um homem de extraordinárias virtudes. Nunca foi avarento, nem era dado ao luxo.Usava gestos calmos e palavras suaves. Sempre foi muito dedicado ao trabalho. Não era rude, mas sabia manter a disciplina. Absteve-se de álcool desde a mocidade". Ainda temos: "O terceiro filho de Dom João 1 e de Dona Filipa (...) poderia viajar de Corte para Corte como o irmão Dom Pedro, mas recusou todas as ofertas da Inglaterra, da Itália e da Alemanha, e escolheu avida de um estudioso e de um homem de mar, retirando-se cada vez mais do mundo conhecido para descobrir o desconhecido". (Beazley, 1945, p. 135).Era como se ele estivesse a todo momento dizendo ao mundo que sabia qual a sua missão e tinha pressa em cumpri-la. Ao escolher o Brasil para transplantar a árvore do Evangelho, Jesus nos deu a missão de transmitir ao mundo a Sua mensagem; mas com a Sua conduta, vivenciando tudo aquilo que ensinava, mostrou também como Ele deseja que essa missão sejacumprida: com o exemplo. Capítulo II - DESCOBRIMENTO DA TERRA DE VERA CRUZ. No dia 9 de março de 1500, partindo do rio Tejo, fez-se ao mar a grandeesquadra de Cabral, com destino às Índias. A frota era constituída detreze navios, algumas caravelas e duas embarcações, conduzindo a bordocerca de 1.200 participantes. Já em alto mar, Cabral pensa no seu desejo de alcançar a terra desconhecida do hemisfério sul, criando assim a sintonia necessária com os planos do mundo invisível. Henrique de Sagres aproveita essa oportunidade, e, sob a sua influência, as noites de Cabral são repletas de sonhos reveladores e, sob o impulso de uma orientação imperceptível, as caravelas abandonam o caminho das Índias.Há em todos uma angustiosa expectativa, mas a assistência espiritual lhes traz ânimo e esperança. Algum tempo depois, notam-se nas ondas folhas, flores e perfumes. Eram os primeiros sinais de terra próxima.Horas depois, Cabral e sua gente são recebidos como irmãos, na praia extensa e acolhedora, pelos habitantes dessa Terra. Estava descoberta a Terra que seria um dia o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Continuando o seu relato, o espírito Humberto de Campos nos fala de acontecimentos completamente ignorados pela história humana. Conta-nos que, enquanto Cabral adentrava à terra descoberta, conhecendo a sua gente, as suas riquezas, no Mundo espiritual reinava uma alegria intensa em todos aqueles que participaram do advento da Pátria do Evangelho. Dias após, o Mestre Jesus fazendo-se presente à uma das assembléias espirituais, dirigindo-se a outro dos Seus elevados mensageiros, falou com doçura: - "Ismael, doravante sejas o zelador dos patrimôniosimortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara, como a recebi no coração,obedecendo as sagradas inspirações do Nosso Pai (...) Para aí transplantei a árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo..." (Xavier Francisco Cândido, op. cit.1996) Ismael é um nome bastante conhecido no mundo espírita. Ele é o Guia Espiritual do Brasil, e conforme afirma Humberto de Campos, essa missão ele a recebeu diretamente de Jesus. O seu lema é: "DEUS, CRISTO E CARIDADE". Conta ainda o autor espiritual que, nesse mesmo instante, a frota de Cabral abandona as águas da Baía de Porto Seguro, continuando a sua viagem, e na praia, choram desesperadamente, dois dos vinte párias sociais condenados ao exílio. Enquanto os homens do mar se afastavam levando amostras das riquezas encontradas na nova terra, os dois infelizes se lastimavam sem consolo e sem esperança. De repente, um dos condenados avança para uma frágil embarcação indígena, que nenhuma proteção oferecia, e se faz ao mar. "Seus olhos inchados do pranto, contemplam as duas imensidades, a do céu e a do mar, e esperando na morte o socorro bondoso, exclama: -"Jesus, tende piedade! Sou inocente, Senhor, e padeço a tirania da injustiça dos homens. Enviai a morte ao meu espírito." ( Xavier, Francisco Cândido, op. cit. 1996, p 39) Nesse instante, sente que uma luz estranha lhe nasce no íntimo,e uma esperança se apossa de sua alma, e como por milagre, a frágil e rústica embarcação, que sob o seu impulso, momentos antes, navegava rumo ao infinito, inesperadamente passa a navegar em sentido contrário, regressando celeremente à praia distante. O furor das ondas não foi suficiente para arrebatá-la. Uma força misteriosa a conduz em segurança à terra firme. Afirma-nos o autor espiritual que, salvando esse nosso irmão infeliz, desesperado, buscando a morte, Ismael realiza o seu primeiro trabalho nas Terras do Cruzeiro, em favor daqueles que acabara de receber sob a sua proteção. Esses nossos irmãos, que para cá vieram banidos injustamente do seu país, eram inocentes naquela existência.Porém, por culpas do passado mereciam o castigo que receberam. Se eles cumpriram o seu resgate, vivendo as experiências da humilhação, da dificuldade, da opressão e da dor, com certeza foi porque foi nesseponto que eles infringiram a Lei Divina. É a Lei do Retorno, a Lei de Causa e Efeito. É o conhecimento dos atributos divinos que nos dá esta certeza. Deus é a Justiça Infinita, e nessa condição, toda ofensa à Sua Lei é merecedora de resgate. Capítulo III - A ESCRAVIDÃO NO BRASIL. Durante três longos séculos, o Brasil viveu a página negra da escravidão. É comum se atribuir esse acontecimento lamentável ao fator econômico. Acreditam que só a necessidade de braços para a lavoura foi a responsável pela vinda do negro africano para o Brasil. Realmente, o braço cativo foi o propulsor da economia brasileira e também de outros países. Mas, não podemos esquecer que a ação espiritual, mesmo respeitando o livre arbítrio, está sempre presente em cada momento danossa existência. O Espírito Humberto de Campos, no seu livro, nos fala de um encontro de Ismael com o Divino Cordeiro, onde o nosso querido mensageiro e protetor expõe a sua tristeza diante dos quadros de sofrimento e dor presenciados na nova Terra. A civilização que ali se inicia, com um objetivo tão grandioso, deixa-se contaminar por exemplos lamentáveis apresentados emoutras terras, e aderindo ao tráfico de escravos, faz-se ao mar e vai buscar nas terras longínquas da Luanda, da Guiné e de Angola, negros indefesos. Arranca-os da sua pátria, transporta-os como verdadeiros animais e, aqui chegando, vende-os como "peças" contadas, tributadas,sem nenhum respeito à sua condição humana. O Divino Mestre, então lhe responde brandamente: " - Ismael, asserena teu mundo íntimo nos sagrados deveres que te foram confiados. Bem sabes que os homens têmresponsabilidade pelos seus atos. (...) Não podemos tolher-lhes aliberdade, mas também não devem esquecer que cada qual receberá de acordo com os seus atos. Havia eu determinado que a Terra do Cruzeiro se povoasse de raças humildes do Planeta, buscando-se a colaboração dos povos sofredores das regiões africanas. (...) Para isso aproxímei Portugal daquelas raças sofredoras, sem violência de qualquer natureza.A colaboração africana deveria, pois, verificar-se sem abalos, sem sofrimentos, conforme as minhas amorosas determinações. O homem branco da Europa, porém, desejando entregar-se ao prazer fictício dos sentidos, procura eximir-se do trabalho pesado da agricultura, (...). Eles terão aliberdade de humilhar os seus irmãos, em face do livre arbítrio, (...) mas, os que praticarem o nefando comércio sofrerão também o mesmomartírio. (Xavier, Francisco Cândido, op..cit pp. 50-51) Vemos aqui, que a vinda do negro africano para o Brasil fazia parte dos planos traçados para a nossa Terra, mas tudo deveria acontecer sem violência. A crueldade com que eles foram arrancados da sua pátria e o tratamento monstruoso que aqui receberam, sendo escravizados e torturados, foramconseqüência da ambição, do abuso do poder e da falta de conhecimento de que somos todos filhos do mesmo Pai, logo somos irmãos; somos iguais.Esses nossos irmãos africanos, vindos para o Brasil, eram entidades sofredoras que, em outras existências, evoluíram apenas pela ciência.Evoluíram só intelectualmente, mas eram pobres de humildade e de amor.Através da Lei de Reencarnação, renasceram nas Terras da África e, de lá, vieram para o árduo trabalho na Terra do Cruzeiro. Foram eles que abriram caminhos na terra virgem, sustentando nos ombros feridos o peso de todos os trabalhos, conquistando assim o sentimento de humildade e amor que lhes faltava. Conforme Berni (1994), Emmanuel, em sua cartilha "Pensamento e Vida",assim nos esclarece.: "- Já se disse que duas asas conduziram o espírito dos humanos à presença de Deus. Uma chama-se amor, a outra, Sabedoria. Através do amor, valorozámo-nos para a vida. Através da sabedoria, somos pela vida valorizados. Daí o imperativo de marcharem juntas a inteligência e a bondade". Os filhos da África foram humilhados e torturados na Terra que seria um dia a Pátria do Evangelho; mas com seu sacrifício, e com as suas lágrimas (que também tinham uma razão, pois não se paga sem dever), tornaram se instrumentos do Mestre Jesus, na obra em prol do Evangelho, pois, com o seu trabalho, constituíram-se num dos baluartes da nacionalidade em todos os tempos e, enquanto isso, reabilitavam-se com a Lei Divina que foi por eles um dia infringida. Diz ainda o Mestre Jesus a Ismael: "Infelizmente Portugal, que representa um agrupamento de espírítos trabalhadores e dedicados (...) não soube receber as facilidades que a misericórdia do Supremo Senhor doUniverso lhe outorgou nestes últimos anos (...).Na velha peninsula já não exíste o povo mais pobre e laborioso da Europa. O luxo das conquistas lhe amoleceu as fibras criadoras (...) não nos é possível cercear o livre arbítrio das almas, poderemos mudar o curso dos acontecimentos, a fim de que o povo lusitano aprenda, na dor e na miséria, as lições sagradas da experiência e da vida. (Xavier, Francisco Cândido,1996, p 52 - 53) Na formação da Pátria do Evangelho, o homem branco, com sua independência e sua ambição, alterou os fatores; no entanto, Jesus alterou os acontecimentos. É a História que nos conta o que aconteceu mais adiante. Os donatários sofreram os mais tristes reveses no solo brasileiro: Os índios Tupinambás e Tupiniquins (...) que, com expressões de fraternidade, receberam Cabral quando aqui aportou pela primeira vez, reagiram contra os colonízadores e travaram-se lutas cruentas. A luxuosa expedição de João de Barros que saiu de Lisboa com intenção de conquistar o ouro dos Incas, dispersou-se no mar, sofrendo os seus componentes infinitos martírios. Os tesouros das Índias levam o povo português à decadência e à míséria. A Casa de Avis, sob cujo reinado se iniciou o tráfico hediondo dos homens livres, desaparece para sempre e por fim, Portugal entrega-se ao domínio Espanhol. (Xavier, Francisco Cândido, 1996 p.53 - 54). Estas informações nos levam a supor que nada disso teria acontecido se os colonizadores tivessem agido de modo diferente. Ninguém foge à Lei de Causa e Efeito. Apesar de tão doloroso capítulo na nossa história, a escravidão obedeceu rigorosamente ao critério da Lei de Causa e Efeito. Há, porém, um ponto a observar: mesmo sendo uma página triste e vergonhosa na nossahistória, é forçoso reconhecer que a escravidão no Brasil não trouxe aos negros apenas sofrimentos. Tiveram um final feliz. A vida dos negros regulariza-se, a saúde se refaz trazendo-lhes a alegria de viver e muitos deles são gratos aos novos senhores, que eram melhores que os da África e os do mar. Em Bérna, Duílio Lena, na obra "Brasil, Mais Além", encontramos: "Não é nosso intento fazer apologia da escravidão, cujos terrores principalmente macularam o homem branco e sobre ele recaíram. Mas a escravidão no Brasil foi para os negros a reabilitação deles próprios e trouxe para a descendência deles uma pátria, a paz e a liberdade eoutros bens que pais e filhos jamais lograriam gozar, ou sequer entrever no seio bárbaro da África". (op. cit. p. 108)"Na Pátría do Evangelho, têm eles sido estadistas, médicos, artistas, poetas e escritores (...) em nenhuma outra parte do planeta alcançaram ainda a elevada e justa posição que lhes compete, como acontece no Brasil."
(op. cit. p. 117).
Foi com essa tarefa expiatória, sofrendo os mais extraordinários sacrifícios, que cumpriram o seu resgate. E mais tarde, no Quilombo dos Palmares, deram-nos o exemplo de resistência e perseverança, onde por mais de setenta anos lutaram com heroísmo, defendendo o território por eles conquistado. Capítulo IV - INCONFIDÊNCIA MINEIRA. Estamos no reinado de D. Maria I, a Piedosa, a qual, escravizada ao seu fanatismo religioso e ás opiniões dos seus confessores, fazia Portugal caminhar para a ruína e a decadência. Era muito preocupante a situação do Brasil. A capitania de Minas Gerais era, na época, a maior fonte de riquezas da Colônia, com as suas minas de ouro e diamantes, o que a tornava o alvo dos ambiciosos. Todos queriam se apossar das suas riquezas. Os padres queriam o ouro para as suas Igrejas suntuosas. Os magistrados queriam a todo custo enriquecer antes de voltar para Portugal; e os agentes do fisco cumpriam rigorosamente as ordens dacorte de Lisboa, que era naquela época uma fonte onde os parasitas da nobreza iam sugar pensões extraordinárias e fabulosas. Anuncia-se a "derrama"; isto é, cobrança atrasada do imposto do ouro. Em Minas, os brasileiros consideram a gravidade da situação e, achando que o Brasil já tem condições de reger seus próprios destinos, começam a traçar os planos da libertação. Reúnem-se, em Vila Rica, vários nomes já muito conhecidos.: Inácio Alvarenga, Joaquim José da Silva Xavier - OTiradentes - Cláudio Manoel da Costa, Tomaz Gonzaga e outros. As primeiras providências consistiam em infiltrar as idéias de liberdade nas outras Capitanias. Procuram então os nossos irmãos de Pernambuco e de São Paulo, e pedem também o apoio do embaixador da América do Norte em Paris. Mas, nem o embaixador em Paris nem as Capitanias de Pernambucoe São Paulo se interessaram pela idéia. É nesse momento que surge a figura de Joaquim Silvério dos Reis, o qual leva todo o plano ao Visconde de Barbacena, português que, naquela época, ocupava o cargo de Governador de Minas Gerais. Querendo fazer morrer as idéias de liberdade, na sua fonte, o Governador manda imediatamente prender Tiradentes, que se achava no Rio de Janeiro, e também os elementos da conspiração em Vila Rica. Todos são condenados à morte, porém, mais tarde, D. Maria I muda as penas de morte em degredo perpétuo, com exceção de Tiradentes que teria de morrer na forca e seu corpo esquartejado e exposto em praça pública. Conta-nos Humberto de Campos que o mártir da Inconfidência, num gesto de heroísmo, sente uma alegria sincera pela expiação cruel que só a ele fora reservada e entrega o espírito a Deus no dia 21 de abril de 1792 e que, imediatamente após a execução, no momento exato do seu desencarne, Ismael o recebe carinhosamente, dizendo-lhe: " - Irmão querido, resgatas hoje os delitos que cometestes quando, no passado, fostes um cruel inquisidor. (...) Regozija-te pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade. (...). Se o Brasil se aproxima da maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem virá trazer até ele os elementos da sua emancipação política, sem ser ás custas do derramamento do sangue fraterno". ( Xavier, Francisco Cândido, 1996 p.122) A seguir, foi ele transportado por espíritos superiores que não lhe permitiram assistir à cena do esquartejamento. Daí a alguns dias, a rainha d. Maria I enlouquecia, ferida pelo remorso. Ela havia sido uma rainha muito cruel. Com muita freqüência e tranqüilidade, assinou várias sentenças de morte. Daí por diante, os brasileiros não têm outro pensamento a não ser a Independência, mas o predomínio dos portugueses, desde a Bahia até o Amazonas, representava sério obstáculo. Os mensageiros de Ismael se multiplicavam em todos os setores visando conciliar a todos, com a finalidade de preservar a unidade territorial do Brasil. A equipe espiritual se reúne no Colégio de Piratininga, sob a direção de Ismael.Ali se encontram heróis das lutas maranhenses e pernambucanas, mineiros e paulistas. Nessa ocasião, Ismael dirige a todos a sua palavra cheia de ponderação e ensinamento, e encerra a sua alocução, dirigindo-se a Tiradentes, dizendo: "- O nosso irmão martirizado há alguns anos pela grande causa , acompanhará D. Pedro em seu regresso ao Rio e, ainda na terra generosa de São Paulo, auxiliará o seu coração no grito supremo da liberdade". ( Xavier, Francisco Cândido, 1996 p.158). Conforme a promessa de Ismael a Tiradentes no momento supremo do seu sacrifício, alcançamos a Independência, sem o derramamento de sangue. Bastou umgrito às margens do Ipiranga: "INDEPENDÊNCIA OU MORTE". Tivemos a Independência, mas não tivemos a morte. Informa-nos ainda o autor espiritual que, quando D. Pedro dava o grito que nos tornava uma nação livre, não suspeitava que naquele momento ele era um dócil instrumento de um emissário invisível, que velava pela grandeza da nossa pátria: o nosso mártir e herói TIRADENTES. Capítulo vI - O MOVIMENTO ABOLICIONISTA. Em todas as outras nações do continente americano, a escravidão já haviasido abolida. Só nós os brasileiros ainda não havíamos arrancado estapágina negra da nossa história. Os primeiros passos já haviam sidodados: "A Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários". D. Pedro IIacompanhou com muito agrado as deliberações de sua filha, na extinçãogradual do cativeiro, mediante processos pacíficos. As equipes espirituais de Ismael contavam com colaboradores devotados no Brasil:Castro Alves, Rio Branco, Luís Gama, José do Patrocínio e outros, alémda Princesa Isabel, é claro, que viera ao mundo com a sua tarefadefinida no trabalho abençoado da abolição. Foi assim que, sob ainfluência dos mentores espirituais da Pátria, no dia 13 de maio de1888, a Princesa Isabel recebe dos abolicionistas a proposta de lei paraa imediata extinção do cativeiro no Brasil, a que foi por ela sancionadasem nenhuma hesitação. Estava acabada a escravidão na Pátria doEvangelho. Pela grande lição que encerra, merece anexar a este estudo amensagem psicofônica transmitida em: (XAVIER, Francisco Cândido. s/d. p.53). Bem mais tarde, em 13 de maio de 1954, o nosso querido médium ChicoXavier recebe uma comunicação psicofônica de uma entidade que seidentificou apenas com duas letras "J.P.", contando que, numa ocasião emque participou de uma reunião na Câmara de Vereadores, reagiu coléricoàs propostas abolicionistas apresentadas naquela ocasião. Chegando emcasa, veio a saber que o inspirador daquelas propostas foi um seuescravo de nome Ricardo, muito inteligente, culto, falava fluentemente ofrancês, e que era por ele tratado com muita deferência, até mesmo comestima. A sua revolta o fez punir cruelmente o escravo. Diz ele na suamensagem: "Reuni minha gente para as pancadas - triste é recordá-las! -dilaceraram-lhe o dorso nu, sob meus olhos impassíveis. O sacrifícioprosseguiu com o esmagamento dos pés e das mãos". Falou então do remorsoque o consumia cruelmente, após o seu desencarne e que lhe doíam muitomais do que os açoites que o escravo Ricardo recebeu no seu dorso.Continuando, ele diz o que lhe aconteceu no mundo espiritual, em meio aosofrimento que o angustiava . " Em dado momento, ouço uma voz: Meufilho, Com imensa emoção, encontro-me nos braços de Ricardo, neleidentificando meu próprio pai. (... ) desprendi-me dos seus braçoscarinhosos e busquei a sombra a fim de chorar o remorso que meu pai, meuamigo, meu escravo e minha vítima, não poderia compreender" Percebe-seclaramente que Ricardo, o seu antigo escravo, havia sido o seu própriopai em existência anterior. Continua ele a sua mensagem: "Após tantosanos de inquietação, percebi, assombrado, que meus pés e minhas mãosestavam retorcidas. (...)" Nessa mensagem, o nosso irmão comunicante nos fala do seu próximoreencarne e deixa perceber o defeito físico de que será portador.Amigos, eis que nos achamos em 13 de maio de 1954. Para minha alma , aluz não tarda! A luz do renascer. Encontramos neste depoimento, a explicação para as deformidades denascença. Geralmente, casos que, por falta de conhecimento, são julgadoscomo crueldade de Deus, nada mais são que conseqüências de erros dopassado. Capítulo vII - O SÉCULO XIX. O século XIX, entre outros acontecimentos, nos trouxe o Consoladorprometido por Jesus. Façamos aqui um parêntese, a fim de falarmos umpouco sobre o Consolador que Jesus um dia nos prometeu. Logo após,voltaremos ao relato dos fatos. Para falar no Consolador, é bom voltarno tempo e no espaço. Voltemos à Palestina, quando Jesus, vendoaproximar-se o seu retorno para a espiritualidade, assim falou: "Se vósme amais, guardai meus mandamentos e eu rogarei a Meu Pai e Ele vosenviará um outro Consoladora fim de que permaneça eternamente convosco.(...) o Consolador, que é o Santo-Espírito que o Pai enviará em meunome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo aquilo quevos tenho dito" - (João, cap.Xl V, v. 15 - 17). Pouco tempo após essapromessa, Jesus volta ao Mundo Espiritual e 40 dias depois, estandoMaria, Sua Mãe, no Cenáculo, em companhia dos discípulos, de repentesurgem, como se fossem línguas de fogo que se distribuíam pelosdiscípulos, que a partir daí começam a falar vários idiomas diferentes efalam também das grandezas de Deus. Lembrando as palavras de Jesus,prometendo que mandaria um Consolador, as pessoas, naquela época, (aindahoje há quem pense assim), julgaram que aquele acontecimento, que ficouconhecido como a vinda de Pentecostes, era o Consolador que chegava. Mashoje, não há mais razão para se pensar assim, pois, conforme disse opróprio Jesus, o Consolador teria que atender a duas condições:esclarecer tudo aquilo que naquela época, em virtude da pouca evoluçãoespiritual, as pessoas não tinham condições de entender; lembrar tudo oque havia sido esquecido. Ao que se sabe, a vinda de Pentecostes não feznenhum esclarecimento a respeito dos ensinamentos de Jesus. Osdiscípulos continuaram a pregar os evangelhos como vinham fazendo, nãoacrescentando nada de novo, e também, como fazia pouco tempo da volta deJesus para a Pátria espiritual, os seus ensinamentos eram ainda muitorecentes, nada havia sido esquecido. Logo, temos todas as razões paraafirmar que a vinda de Pentecostes não foi a vinda do Consoladorprometido por Jesus; e ao mesmo tempo, temos todas as razões paraafirmar que o Espiritismo é realmente o Consolador prometido, pois ele éo único que atende às duas condições impostas por Jesus, na ocasião daSua promessa. O Espiritismo esclarece tudo aquilo que naquela época nãose tinha condições de entender e nos lembra tudo o que, no decorrer dosséculos, foi caindo no esquecimento. Que ensinamentos foram esses, que naquela época não foram entendidos?Reencarnação. Quando Jesus disse a Nicodemos "-em verdade, em verdade,vos digo: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo" (João,3: 1 a 12) as Suas palavras não foram bem entendidas. Ainda hoje,algumas pessoas acreditam que, naquela ocasião, Jesus se referia aobatismo. Mas Nicodemos compreendeu o sentido em que Jesus falou; tanto éque ele perguntou: Como pode um homem já velho voltar a entrar no ventrede sua mãe? Vê-se aí que Nicodemos entendeu que Jesus estava dizendo:Nascer de novo, mesmo. nascer outra vez. Na parábola do Filho pródigo (Lucas, 15: 11 a 32), Jesus deixa bem claro que teremos uma novaoportunidade, e essa oportunidade é a reencarnação. Também aí, amensagem não foi entendida. A Lei de Causa e Efeito. Foram muitas asocasiões em que Jesus se referiu à essa Lei. Ao curar o paralítico,Jesus disse: "-Homem, perdoados são os teus pecados". ( Mateus, 9:1 a8), mostrando assim que aquela paralisia era conseqüência de erros dopassado, e que já estavam resgatados. Outra ocasião Ele disse: "Nãojulgueis, para que não sejais julgados; porpuanto, com o juízo com quejulgardes, sereis julgados"; "a medida que usardes para medir vossoirmão, dessa mesma usarão convosco"(Mateus, 7: 1 a 6); Na ocasião em queos soldados chegaram para prender Jesus, Pedro, num gesto impulsivo,feriu um deles, cortando-lhe a orelha. Então o Mestre falou: "-Embainhaa tua espada Pedro, pois todos que tomarem a espada, morrerão à espada.(João, 18: 2 a 12). As pessoas ouviam estas palavras, mas não entendiamo seu verdadeiro sentido. Naquelas ocasiões, Jesus nos ensinava queresponderemos à altura por tudo o que praticarmos. "Lei de Causa eEfeito. " Outras frases também foram ditas e as pessoas não entenderam. "Na Casado Pai, há muitas moradas"(João: 14: 1 a 31). Aí, Jesus se referia aosvários mundos habitados. Ainda hoje, há pessoas que acreditam que só onosso Planeta é habitado. "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" (Mateus, 3: 20, 21). Comestas palavras, Jesus dizia que somos uma família universal. Somos todosirmãos, filhos de um mesmo Pai. O Espiritismo esclarece todas estas expressões. Ele nos faz mergulharnos ensinamentos de Jesus e extrair deles o seu verdadeiro sentido. Só oEspiritismo faz isso. E o que caiu no esquecimento? Também a Reencarnação. Os primeiroscristãos eram reencarnacionistas. Mais tarde, principalmente após osurgimento do Catolicismo Romano, quatro séculos após a vinda de Jesus,essa crença toi ficando esquecida pela grande maioria da humanidade.Foram esquecidas também: as práticas socorristas: passe, águafluidificada, diálogo para orientar e amparar os espíritos impuros. OEspiritismo repete tudo aquilo que Jesus fazia. Nas Casas espíritasaplicam passes, fluidificam a água e nas reuniões mediúnicas, em vez doexorcismo adotado, tanto pelo catolicismo, como pelo protestantismo, osespíritas doutrinam os obsessores, conscieintizando-os para buscarem emJesus, a ajuda que necessitam para o seu crescimento espiritual. Osespíritas não tratam os espíritos obsessores pelo nome de espíritosmaus. Sabem que eles são seus irmãos. Podem até terem sido seus parentesem outras encarnações. Eles os chamam de irmãos sofredores, infelizesnecessitados de apoio e orientação. Não adotam o exorcismo. Primeiro,porque não foi isso o que Jesus ensinou; segundo, porque não queremsimplesmente expulsar os espíritos obsessores, afastando- os para bemlonge. Querem ajudá-los, orientá- los para que saiam do estado desofrimento em que se encontram, e isso só se consegue com o diálogo, adoutrinação. Foi isso o que Jesus nos ensinou. Como exemplo temos oepisódio do obsediado de Gadara quando Jesus dialogou com o espíritoobsessor, perguntando-lhe: "Qual o teu nome?" Ele então lhe respondeu:"Legião é o meu nome, porque somos muitos". (Mat., 8: 28 a 34). Por tudoisso podemos afirmar, com segurança, que o Espiritismo é o Consoladorprometido, pois atende perfeitamente às condições impostas por Jesus. Fechando o parêntese, continuemos a relatar os fatos, Verificando oDivino Mestre a decadência espiritual das Igrejas mercenárias, que assimagiam em Seu nome. (é do conhecimento de todos o comércio que as igrejasestavam fazendo, naquela época, com a venda das indulgências, uma dascausas da Reforma), e verificando que a humanidade já estava amadurecidao suficiente para receber o Consolador por Ele prometido, iniciam-seentão os preparativos para a vinda do Consolador. Em uma das assembléiasespirituais, presidida pelo divino Mestre Jesus, foi por Ele destacadoum dos Seus grandes discípulos para vir à Terra organizar, compilarensinamentos, oferecendo um método aos estudiosos, a fim de levar atodos o conhecimento dessa Doutrina Consoladora, que foi um dia por Eleanunciada e prometida. Foi com esta missão, que a 3 de outubro de 1804,na cidade de Lion, na França, reencarnou Hypollite Leon Denizard Rivail,que mais tarde se tornou mundialmente conhecido pelo nome de AllanKardec. Segundo os planos do invisível, o grande missionário contariacom um grupo de auxiliares, uma plêiade de espíritos superiores, paracoadjuvá-lo na sua obra. Veio então J. B. Roustain, Leon Denis, GabrielDelane e Camile Flamarion. Todos estes muito cooperaram na CodificaçãoKardequiana, ampliando-a com os conhecimentos necessários. Constatandoentão que havia chegado o momento, iniciaram-se os fenômenos queatrairiam a atenção do mundo para as manifestações espíritas. Surgiramna América do Norte, na cidade de Hydesville, os fenômenos de efeitosfísicos, com as irmãs Fox. Mais tarde, na França surgiram as mesasgirantes, as quais, não sendo bem compreendidas, logo se transformaramem brincadeira de salão. Foi quando o nosso Kardec, na época, HypolliteLeon Denizard Rivail, tomando conhecimento desse fato, julgou aprincípio que se tratava apenas de magnetismo, porém, logo a seguir,verificou que por trás daquelas mesas havia algo de muito sério, poiselas não só giravam e corriam, mas também davam respostas inteligentes.A partir daí, começaram os seus estudos, tendo como resultado acodificação da Doutrina Espírita, que, como o nome indica, não foicriada por Kardec, não é criação humana, mas é a Doutrina dos Espíritos. A comunicação do Anjo a Maria, de que ela seria a mãe de Jesus, foi umacomunicação mediúnica de efeitos físicos: vidência e audiência. E assimpor diante. São várias as passagens que nos mostram que as manifestaçõesespíritas ou mediúnicas sempre existiram. Seria então o caso de seperguntar: por que a importância tão grande dos fenômenos de Hydesvillee das mesas girantes? É que até aí os fenômenos espirituais eramesporádicos, não tinham uma seqüência. Consistiam apenas em revelações,o que fazia pensar que só algumas pessoas tinham condições de receber.Em Hydesville, porém, aconteceu o diálogo e a freqüência, pois elescontinuaram a se repetir. As mesas girantes foram também um fenômeno quese repetiu freqüentemente. Estava assim mostrada a possibilidade dointercâmbio com o mundo espiritual, e que todos podem receber estascomunicações. O Espiritismo foi codificado na França pelo missionário Kardec mas, àsemelhança da árvore do Evangelho, inicialmente plantada na Palestina,lá não encontrou eco. O Espiritismo, na França, não foi aceito nos seustrês aspectos: Filosofia, Ciência e Religião. Na França, o aspectoreligioso ainda hoje não é aceito. A Doutrina Espírita, porém, nãoprescinde de nenhum destes aspectos, pois se algum deles lhe faltar, elaestará incompleta. A História se repete. Na França, o Espiritismo não foi aceito nos seustrês aspectos, mas o Brasil a recebeu integralmente, e hoje, comalegria, nos vemos na condição de o maior País espírita do mundo. AHumanidade necessita dessa Doutrina que lhe traz lições tão valiosas,pois só os seus ensinamentos conseguem levar o homem a alcançar a suareforma íntima, aquela reforma que nos ensinou o apóstolo Paulo: "quefaz morrer o homem velho e despertar o homem novo", que há em cada um denós. Nessa Doutrina Consoladora, aprendemos a conhecer quem somos, deonde viemos e para onde vamos; aprendemos a amar e a perdoar; aprendemosa fazer o bem sem olhar a quem, aprendemos que fora da caridade não hásalvação; e aprendemos também que devemos dar de graça o que de graçarecebemos. Mais uma vez a Bahia cumpre o seu papel histórico. Ela é o berço doBrasil, pois foi lá que Cabral aportou pela primeira vez em nossa Terra,e é também o berço do Espiritismo organizado no Brasil, pois foi lá,mais precisamente na cidade de Salvador, que foi criado por Luís OlímpioTeles de Menezes, em 1865, uma sociedade regida por estatutos, com onome de "Grupo Familiar do Espiritismo", sendo assim o primeiro elegítimo grupo de espíritas no Brasil, e a sua finalidade era divulgar eincentivar a criação de outras sociedades semelhantes pelo resto doPaís. Algum tempo antes disso, em 1853, as manifestações das mesasgirantes entraram no Brasil. Despontaram ao mesmo tempo no Rio deJaneiro, Ceará, Pernambuco e Bahia, mas essas atividades eramdesenvolvidas em pequenos grupos familiares. As dificuldades forammuitas, mas o dinamismo e o amor de Luís Olímpio Teles de Menezes a tudosuperou, e graças ao seu esforço, em julho de 1869, três meses após odesencarne de Kardec, surgiu na Bahia o primeiro periódico espírita: "OEco d'Além Túmulo". Mais tarde, em janeiro de 1883, Augusto Elias daSilva lança o "Reformador". Essa Revista, centenária, vem sendo mantidapermanentemente em circulação, até hoje. Estas e muitas outrasiniciativas tomadas pelos espíritas daquela época instalaramdefinitivamente o Espiritismo no Brasil. Nem todos os espíritas modernosconhecem o trabalho intenso dos bandeirantes do espiritismo naquelaépoca. Lutaram contra as trevas do mundo invisível, contra o insulto, àopinião e a descrença das pessoas, e por muitas vezes foramridicularizados, mas sempre contando com a ajuda de Ismael e dos seusmensageiros, as dificuldades foram vencidas, e hoje vemos com alegria oEspiritismo a se estender por todo o nosso território, e também pelomundo inteiro. Capítulo VIII - FEDERAÇÃO ESPIRITA BRASILEIRA. O Brasil já contava com várias sociedades espíritas prestigiosas, mascontrariando as instruções do plano invisível, cada qual com o seuprograma particular, descentralizando a ação renovadora. A FederaçãoEspírita Brasileira, fundada em 1884, no Rio de Janeiro, por Elias daSilva, Manoel Fernandes Figueira, Pinheiro Guedes e outros companheirosde ideal espírita, aguardava, sob a proteção de Ismael, a ocasiãopropícia para desempenhar a sua tarefa junto aos grupos do País, nosentido de federá-los, coordenando-lhes as atividades, sempre dentro dosprincípios da Doutrina. Em mais um dos encontros de Ismael com o nossoMestre Jesus, ouviu dEle as seguintes palavras: "Ismael, concentraremostodos os nossos esforços, a fím de que se unifiquem os meus discípulosencarnados (...) Na pátria dos meus ensinamentos, o Espiritismo será oCristianismo revivido na sua primitiva pureza. (...) Procurarás, entreas agremiações da Doutrina, aquela que possa reunir no seio todos osagrupamentos: colocarás aí a tua célula, (...) a caridade pura deveráser a âncora da tua obra e valerá mais que todas as ciências e asfilosofias , e será com esta célula que conseguirás consolidar a tuaCasa e a tua obra". (Xavier, Francisco Cândido, 1 996 p.220). Ismael, na condição de trabalhador devotado da seara do Cristo, cumprefielmente a sua missão, e na Federação Espírita Brasileira, assenta asua tenda de trabalho, tendo como base o seu lema imortal: "Deus, Cristoe Caridade". Mais tarde, Bezerra de Menezes, aquele a quem os espíritas, com justarazão, respeitam como o apóstolo e mentor na seara do Cristo, assumiu adireção da Federação Espírita Brasileira, fazendo desta Instituição oporto seguro a todos os corações. Hoje, essa Organização Federativa é oprograma ideal da Doutrina Espírita no Brasil. Ela é o norte a guiar asEntidades a ela vinculadas e trabalha incansavelmente pela unificação,cuja semente foi lançada pelo próprio Jesus quando disse: "Nisto,conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aosoutros". - (João, 13: 34-35). Com estas palavras, o Mestre nos alertavapara a necessidade da união, pois só assim seremos fortes. Mais tarde, Kardec ouviu do Espírito de Verdade: "Espíritas! Amai-vos,este o primeiro ensinamento; instruívos, este o segundo" (O Espírito deVerdade - Evangelho Segundo o Espíritismo"). Algum tempo depois, é o nosso apóstolo e mentor Bezerra de Menezes quemnos ensina: "Solidários seremos união. Separados uns dos outros, seremospontos de vista". O objetivo da Unificação é fortalecer e facilitar o Movimento Espírita,que é o conjunto das atividades que tem por objetivo levar a DoutrinaEspírita a toda a Humanidade, através do seu estudo, da sua prática e dasua divulgação, sempre com base na codificação Kardequiana, e trará comoresultado a aproximação dos Espíritas e das Casas Espíritas,proporcionando o progresso das Instituições. A Instituição Espírita quese torna adesa à Federativa Estadual passa a fazer parte do MovimentoEstadual Espírita, enriquecendo-se através da troca de experiências,nunca, porém, sendo pressionada no seu modo de agir e também vendosempre respeitadas a sua liberdade e responsabilidade. No dia 5 de outubro de 1949, por ocasião da Grande Conferência Espíritano Rio de Janeiro, com a participação de vários dirigentes deInstituições Espíritas, foi firmado um acordo, que passou a ser chamado"PACTO ÁUREO", em virtude da sua importância para o Movimento Espírita.Com esse acordo, o antigo Conselho Federativo da FEB, que federavadiretamente os Centros Espíritas de todo o País, foi substituído peloConselho Federativo Nacional - CFN, integrado pelas Federações e Uniõesrepresentativas dos Movimentos Espíritas estaduais e do DistritoFederal, ficando determinado que o CFN será presidido pelo Presidente daFEB. Após a assinatura do Pacto Áureo, foi criada a "Caravana daFraternidade", com a finalidade de levar aos Movimentos Espíritas dosEstados do Norte e Nordeste do País o conhecimento da criação doConselho Federativo Nacional, convidando-os a participarem do novoórgão. Essa iniciativa foi coroada de pleno êxito. Atualmente, todos osEstados brasileiros têm sua representação espírita no CFN, cujo objetivoé promover a união dos espíritas e a unificação do Movimento Espírita. Capítulo IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS. Diante do exposto, a que conclusão chegamos? Somos o Coração do Mundo,Pátria do Evangelho? Ou não somos? É verdade que aqui se encontrampessoas de todas as raças, de todas as nações, de todas as religiões, e,aqui, todos convivem num clima de fraternidade. Aqui, não temosconflitos religiosos. Mesmo sendo o Brasil o maior país espírita domundo; o maior país católico do mundo; e se ainda não somos o maior paisprotestante do mundo, estamos perto de ser, e todas essas religiõesconvivem sem agressões, sem ataques. Sabemos conviver como irmãos, mesmotendo crenças diferentes. Pensando no mapa da América do Sul, nos vemlogo à memória uma colcha de retalhos, tão numerosa é a sua divisão empequenas áreas. Só o Brasil se conservou o gigante que sempre foi. Mas,se nos conservamos esse gigante, foi porque contamos com o apoio e aajuda constantes da equipe espiritual. Para cá vieram os invasores, taiscomo os franceses e holandeses, que embora fortemente armados, foramvencidos pelos colonizadores, auxiliados por nós, os brasileiros, quetínhamos muito menos condições. Sem nenhuma sombra de dúvida, contamospara isso com a ajuda dos irmãos espirituais. Sem eles não teríamosconseguido conservar a nossa integridade territorial. Nesse País tãogrande, se fala um só idioma. Se ainda temos diferenças, se ainda nãotemos um só pensamento, mesmo assim, não temos conflitos raciais econflitos internos de grandes proporções. Os nossos problemas internosse resolvem pacificamente. Somos um País que já nasceu rezando. Para queestivéssemos sempre nos voltando para Deus, foi que, por orientação dosnossos irmãos espirituais, logo após o descobrimento, tivemos uma missanas caravelas. Dias depois, tivemos outra já em terra firme, e isso fezcom que o nosso povo traga sempre Deus presente em todos os pensamentos. Somos a Pátria do Evangelho? Que é Pátria do Evangelho? Para aqueles quevivem só do imediato, apegados só às coisas materiais, Pátria doEvangelho seria aquela onde facilmente o seu povo enriquecesse e vivessede prazeres e conforto material. Nesse caso, não seríamos nós eestaríamos bem longe de ser. A Pátria do Evangelho, com certeza, seriauma das nações do Primeiro Mundo. Mas, foi aqui que Jesus transplantou aárvore do Seu Evangelho. Será que isso é suficiente ? Não. Isso não ésuficiente... A escolha de Jesus para, numa nova tentativa, nos entregara tarefa de semeadores do Seu Evangelho, significa que um planejamentofoi feito para nós. A espiritualidade nos ofereceu todas as condições necessárias para o cumprimento dessa missão. Ela fez e continua fazendoa sua parte, mas será que estamos fazendo a nossa?
O Brasil será o quenós fizermos dele. Isso quer dizer que esta missão que nos foi confiada poderá ter ou não ter sucesso. O palco está armado, mas os atores somos nós. O projeto é grandioso, a oportunidade é valiosa, mas depende de nós. É importante observar que, mesmo tendo sido escolhidos por Jesus,para viver, aprender e espalhar o Seu Evangelho, além da generosidade e boa vontade de seu povo, encontramos também, no Brasil, egoísmo, ódio,violência, o que índíca que ainda não somos um povo evangelizado. Então o Brasil ainda não é a Pátria do Evangelho. Ainda não conseguimos superar a mágoa pela injustiça e o ódio pelas humilhações sofridas que trazemos em nossas raízes. Em compensação, temos também a resignação e aboa vontade do coração puro o que nos torna um povo pacato, sensível,resignado e sempre pronto a ajudar, fruto da miscigenação de que fomos formados; e temos também o essencial: a fé e a confiança em Deus. Isso poderá nos levar a incorporar, nos atos diários, aquilo que dizemos acreditar. Quando assim fizermos, estaremos nos olhando a todos como irmãos, filhos de um mesmo Pai. Isso é vivenciar o Evangelho. Esta é a lição que nos compete levar ao mundo. É aprendendo e vivendo esta lição que levaremos, aos nossos irmãos de todo o Universo, o grande ensinamento de Jesus: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".
Esta é a nossa míssão. Ainda não somos um povo evangelizado, mas já conseguimos dar os primeiros passos. É gratificante observar como as religiões, embora se digam pensar diferente umas das outras, agem de forma idêntica. As campanhas em busca da Paz; o combate às drogas; o incentivo à vida, na luta contra o suicídio, o aborto, a eutanásía, pena de morte e outras, revelam que, mesmo sem perceber, a humanidade caminha para um mesmo ponto. Isso indica que a semente do evangelho está florescendo. Não é à-toa que temos tantas religiões nesse país. Seria difícil para uma só religião atingir em pouco tempo duzentos milhões de habitantes. Tudo isso faz parte dos planos divinos. Um dia, veremos na prática a realização daquelas palavras de nosso Mestre: "Haverá um só rebanho e um só Pastor". Fomos escolhidos por Jesus para sermos a pátria do evangelho, mas não somos a única nação escolhida para uma nobre tarefa. Deus é Pai de todos, e a cada um é reservada uma missão. Fazemos parte de um concerto, onde cada nação é uma nota na Sinfonia Divina. Emmanuel, mentor espiritual de Francisco Cândido Xavier, prefaciando a obra em estudo, "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", diz: "se a Grécia e a Roma da antigüidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do ocidente: se o impérioportuguês e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se aFrança e a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalaram as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento no relógio que marca os dias da evolução da humanidade".
As outras nações também têm as suas missões. Quais? O que compete a cada uma delas? Se ainda não nos conscientizamos realmente da nossa, por que nos preocuparmos com a que cabe aos outros? Sigamos em frente, confiandoem Deus, em nosso Mestre Jesus, em nosso protetor Ismael, e façamos anossa parte que, com toda a certeza, um dia faremos da nossa Terra o CORAÇÃO DO MUNDO, A PÁTRIA DO EVANGELHO. ----- BIBLIOGRAFIA. OBRA REFERÊnCIA:Xavier, Francisco Cândido, "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho"Espírito Humberto de Campos 22 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1996, OBRAS CONSULTADAS: - BERNI,Duílio L. "Brasil, Mais Além." 5. ed. Rio de Janeiro: FEB 1994; - BEAZLEY, Raymond. "O Infante D. Henrique e o Início dos Descobrimentos Modernos." Traduzido por Álvaro Dória. Porto: Livraria Civilização.1945. p. 1 35. Tradução de "Prince Henry the Navigator the Hero ofPortugal and of modern díscovery"; - Kardec, Allan. "O Evangelho segundo o Espiritismo". 151 ed Traduçãopor Guillon Ribeiro. Rio de Janeiro FEB. 1992. Tradução de "L" Évangíle Selon Le Spírítísme"; - Kardec, Allan. "O Livro dos Espíritos" 59. ed. Tradução de Guillon Ribeiro. Rio de Janeiro: FEB. 1984. Tradução de "Le Lívre des Espíríts"; - Xavier, Francisco Cândido. "Ilustrações Psicofônicas". 3. ed. Rio de Janeiro: Federação Expírita Brasileira. sld. org. ArnaldoRocha. ----- Célia, agosto de 2001 Fone: (0xx83) 226.4726E-mail: celiaurquiza@openline.com.br

sábado, 23 de maio de 2009

A Transição Planetária


"A Transição Planetária"

A Terra está passando por uma transição na qual energias cósmicas mais potentes e puras começam a permeá-la e a afastar forças negativas que por milênios estiveram aqui instaladas.. Conscientemente ou subconscientemente, todos sabem de que se trata quando ouvem falar nessa transição e logo pressentem algo que transformará toda a superfície do planeta.
Sentem tensão, temor ou depressão à medida que seus antigos valores vão decaindo. Sobretudo nas metrópoles a decadência das bases desta civilização assume grandes proporções, destruindo o ânimo, a harmonia e o equilíbrio, impedindo que haja paz entre os seres e no interior de cada um. Mas é possível estar diante desta transição planetária de forma inteligente, não como vítima, mas como colaborador das energias superiores, radiantes e luminosas que começam a se implantar. Para isso, importa saber que os pensamentos e as emoções estão em geral mergulhados nesse contaminado campo coletivo de tensão e conflito e que, portanto, não são confiáveis. O primeiro passo é tomar consciência de que no próprio ser há um núcleo que está acima dos pensamentos normais e das emoções, um núcleo de harmonia estável, que não se deixa abalar por nenhuma situação externa. Trata-se de aspirar ao contato e à identificação com esse núcleo. O segundo passo é o de aprender a frear a mente para impedir sua tendência a se envolver com os estímulos desarmonizadores que recebe. Esses dois passos - o do reconhecimento do núcleo de paz interior e o do controle da mente - são fundamentais.Ante qualquer situação conflituosa, esses passos têm grande valor.
Outro passo essencial é o de não deixar que a inércia se implante no ser. A tensão e a depressão enfraquecem o corpo de energias, o chamado corpo etérico que, se estiver desvitalizado, leva a pessoa à apatia.
É indispensável o correto uso da vontade e a realização de atividades evolutivas. Pessoas que estejam passando pelo assédio de forças psíquicas desordenadas ou que tenham sido abaladas por algum choque ou perda não deveriam isolar-se, nem confirmar esse estado, mas, sim, ir ao encontro de atividades que possam beneficiar os demais. A higiene, a ordem e a harmonia em si próprio e no ambiente são mais importantes do que se pensa, pois evitam o ingresso em estados de caos. Mantê-las é uma espécie de medida preventiva, profilática, que não deve faltar, dado que as forças conflituosas dos níveis psíquicos se sustentam com essas desarmonias. Além disso, diante de instabilidades emocionais ou mentais, o relacionamento com o alimento se desestabiliza: a pessoa tanto pode passar a comer em demasia, na tentativa de compensar a desvitalização - o que não resolve, pois sua causa não é física, quanto pode perder o apetite, por causa da apatia e do desinteresse pela vida. Em quaisquer circunstâncias, a alimentação simples, sem condimentos excessivos, contribui para a regularização dos ritmos orgânicos. É também fundamental manter sempre a própria independência quanto às opiniões e às idéias circulantes que, em geral, só confundem; exemplo disso é a ansiedade que se instala em razão da crença de que a saúde do corpo se perde se não se dorme bem. Se a pessoa não consegue dormir, em vez de se deixar levar por essa ansiedade ou pela angústia, deveria usar criativamente o tempo, realizando alguma tarefa útil e assim buscando disciplinar a atividade mental. Quando desordenada, é ela a principal causa de insônia. Um poderoso auxílio no restabelecimento do equilíbrio é ouvir peças musicais inspiradas. Obras de qualidade elevada são capazes de reorganizar as energias da pessoa e podem ser curativas, tanto quanto uma boa leitura. Essas sugestões são preliminares para viver em paz interior e com sabedoria a época atual. Quando alguém as adota com determinação, pode canalizar e irradiar as energias do porvir num mundo que hoje está desorientado.
Enfim, a fé, a autodisciplina e a ausência de especulações mentais levam ao contato com a vida interior, encontro que não pode ser adiado nos tempos que correm.

José Trigueirinho Netto é escritor, filósofo e membro-fundador do Centro Espiritual Figueira. (http://www.trigueirinho.org.br/)

sábado, 9 de maio de 2009

Testemunho do Povo Pele Vermelha

"TESTEMUNHO DO POVO PELE VERMELHA"

ROBERT MORNINGSKY ("CÉU MATINAL")

O DANÇARINO DAS ESTRELAS
por Natalia Zahradnikova e Michael Hesemann
(tradução de Carlos Carvalho)

Outro importante testemunho do povo pele-vermelha chegou-nos por Michael Hesemann mediante a seguinte entrevista.

M.H. - Robert, como entrou em contacto com a sua tradição? Quem foram os seus mestres?

R.M. - Bem, praticamente nasci junto a ela. O meu pai morreu pouco depois do meu nascimento num acidente, e portanto eu cresci com os meus avós. A dança não é algo simples de aprender. Nós podemos explicar os movimentos, mas ninguém pode mostrar o fogo e a paixão indispensável para dançar. As nossas crianças dormem próximo dos tambores, inclusive quando se tocam com força. Eles crescem com o tambor, com a dança, observam os mais velhos, aos seus pais, aos seus irmãos e irmãs, e sentem um fogo dentro deles; que é algo que os impulsiona a dançar e que não lhes permite permanecer sentados em silêncio. O meu mestre, no respeitante à dança, é a minha Tribo (visto que aqui todos me ensinaram a amá-la); quem me ensinou a converter-me num combatente foi o meu avô ou, melhor dito, os meus avós.

M.H. - O seu avô, durante uma visão em 1947, teve um estranho encontro que mudou a sua vida...

R.M. - Sim, em Agosto de 1947 (penso que foi a 13 de Agosto), um mês depois do incidente de um OVNI nas cercarias de Roswell, o meu avô encontrou-se com cinco amigos seus para tentar ter uma visão. Trata-se de uma cerimónia antiga, uma técnica para tratar de ver o próprio futuro, para estudar aquilo que nos reservam as estrelas. E durante este ritual viram uma luz que se precipitou na terra. Nós cremos nos homens das estrelas; nós sabemos quem são, falamos com eles, dançamos com eles, e portanto não há de que surpreendermo-nos pelo facto de que o meu avô se interessasse por essa luz, desde o momento em que sabia que dentro da luz havia homens das estrelas. O meu avô os seus amigos eram muito ingénuos e ignoravam todas as regras que haviam na reserva. Não sabiam que quando uma estrela cai há que manter-se a uma certa distância, porque acodem soldados de imediato, e que estes não estão muito de acordo com os índios.. De toda a forma, o meu avô e os seus amigos decidiram buscar a estrela caída, a qual parecia não estar muito longe do lugar onde se encontravam; e efectivamente, chegaram ao lugar do acidente antes que os soldados. Inspeccionaram os restos do acidente e encontraram um sobrevivente. Decidiram levá-lo consigo e curá-lo. O ser recuperava a consciência de forma intermitente. Quando se encontrava consciente, dava-lhes algumas instruções. Depois de alguns meses já se encontrava totalmente recomposto. Nesse período de tempo conseguiram conquistar a sua confiança e chamaram-lhe "O Ancião das Estrelas". Um dia ele pegou um pequeno cristal verde, que era redondo. Quando sustentava na sua mão, podia projectar imagens sobre a pedra. Através destas imagens o meu avô e os seus amigos conseguiram saber quem ele era, o que fazia aqui e donde vinha. Decidiram não falar do ocorrido com ninguém porque lhes preocupava a segurança deste ser. Tinham medo que os curiosos chegassem para lhe fazer perguntas, e que os soldados o levassem. Para sua segurança decidiram calar-se. As histórias da sua pátria e da sua forma de viver eram fantásticas. entre outras coisas, também lhes falou de guerras estelares. O seu modo de vida era semelhante ao nosso, indígenas americanos. A nossa história de guerreiros era muito semelhante à deles, e por isso o meu avô e os seus amigos ficaram estupefactos, mas também o Ancião das estrelas se surpreendeu quando soube que aqueles povos primitivos conheciam técnicas semelhantes. Tempos depois, o Ancião começou a contar a história da Terra e da humanidade tal como ele conhecia. Algumas destas histórias o meu avô mas transmitiu a mim, e por esse motivo estou aqui. Antes de que ele morresse, prometi-lhe que contaria esta história, e este é o motivo pelo qual hoje estou aqui para dizer: "Olhai, os homens das estrelas estão aqui, existem e nós devemos escutar bem o que têm que dizer-nos."

M.H. - Como deixou o Ancião das estrelas ao seu avô? Foi elevado?

R.M. - Inicialmente devia ter permanecido somente um breve período, mas foi obrigado a permanecer na Terra um pouco mais de tempo por motivo da sua segurança.

M.H - Quando lhe foi possível ir-se?

R.M - Depois do incidente permaneceu cinco anos com o meu avô, até que um belo dia deixou o acampamento e desapareceu. Voltou a aparecer mais adiante um par de vezes mais. Estou duvidando um pouco do que vou a dizer, mas ele deveria regressar em Agosto de 1996. Eu não sei se os
homens das estrelas entendem o que significa a palavra "mundo", especialmente "mundo civilizado". Eu sinto-me feliz em saber que ele regressará, mas também estou um pouco preocupado.

M.H - Irá à vossa reserva?

R.M. - Não sei. Penso que seria melhor que fora a alguma parte do deserto, longe dos carros, casas e civilização; mas não sei. Ele nos fará saber o quando e onde.

M.H. - Onde viveu durante os cinco anos na Terra?

R.M. - Bem, eu não gostaria de dizer exactamente onde viveu, porque muitos curiosos iriam ao lugar para buscar pistas. Eu sei que os soldados estariam já preparados...

M.H. - Viveu numa caverna ou numa tenda?

R.M. - Por todas as partes na zona de Four Corner, entre o Arizona e o Novo México, Colorado, no deserto, no campo do meu avô e dos seus amigos. Ali há árvores, abetos, rochas. Levavam-no de um lugar para o outro. sempre estava fora. Construíram um refúgio. Procuravam estar sempre nas cercarias, mas levavam-no a diversos lugares.

M.H. - Que aspecto tinha o Ancião das estrelas?

R.M. - Esta resposta quiçá surpreenda a algumas pessoas. faz algum tempo a televisão dos Estados Unidos mostrou um documentário chamado "filmagem de Santilli". Alguém me perguntou se queria ver esta filmagem, e mostrou-me uma fotografia que tinha recebido através da Internet. Sei que muitos não me crerão, mas o Ancião das estrelas tinha o mesmo aspecto do ser da filmagem de Santilli. À minha família e a mim, desgostou-nos ver a filmagem. Não o queríamos ver estendido na mesa de operações. Algumas semanas depois voltaram a passar a filmagem e eu vi-a. Não foi fácil ver o filme, pois o Ser parecia-me muitíssimo o Ancião das estrelas. Alguns dias depois, voltaram a passar de novo a filmagem, e os produtores da "Fox-Network" telefonaram-me e pediram-me a minha opinião; perguntaram-me se havia visto a filmagem e o que eu pensava dela. Eu não estava em condições de afirmar se o filme era autêntico ou não, porque não sou um perito; só podia dizer que o Ser da filmagem tratava-se de um ser real, e não de um manequim ou um boneco; assemelhava-se muito ao Ancião das estrelas que o meu avô salvou, incluindo os seis dedos das suas mãos e pés.

M.H. - Que ensinou o Ancião das estrelas ao seu avô?

R.M. - O que ensinou ao meu avô e aos outros, e o que aprendemos nós deles e os nossos filhos é que a humanidade foi enganada. Os deuses, os diabos, os que formam parte das nossas histórias eram seres das estrelas. Fomos utilizados e manipulados porque nos ensinaram a crer em coisas que não são verdadeiras, coisas que foram inventadas, utilizando a presença destes seres para fins desonestos. Custa-me a entender como pode ser tão fácil crer em diabos e demónios, e tão difícil crer em seres das estrelas. O homem aceita o facto de que o céu (espaço) é imenso, mas não crê na vida noutros planetas. O homem crê em histórias de tapetes voadores e de ratos falantes, mas não logra crer em "discos voadores" e em homens das estrelas. O nosso amigo só nos queria dizer que nós temos sido enganados. Pretende-se que o homem escute, que aceite cegamente o que se lhe ensina, e que duvide do resto. O que nos vendem como certo não é verdade. A verdade é grande, e muito mais maravilhosa do que o que nos ensinam nos livros na escola. Eu não quero ofender a nenhum mestre ou professor; muitos deles são pessoas valentes que se esforçam em ser justos, mas o que nos ensinam não corresponde à verdade. Sei que tudo isto forma parte de um sistema, uma missão para o nosso pensamento, e o seu trabalho é o de manter vivo este sistema. Mas o nosso trabalho, na qualidade de seres humanos, é de lutar pela verdade para evitar danos maiores. Isto é, em resumo, o que o Ancião das estrelas tratou de nos transmitir.

M.H. - Ele falou também da história da humanidade?

R.M. - Sim, também falou disso. A humanidade não nasceu de forma espontânea, foi creada para servir aos seres das estrelas. O homem creou o "macho" (mula), que é um cruzamento entre um cavalo e um burro, e depois fez outros cruzamentos diversos com outros diversificados tipos de plantas. Se nós estamos em condições de fazer isto, poderia também tê-lo feito um cientista que tivesse vivido há milhões de anos. E isto é o que sucedeu: o homem foi creado como um trabalhador, como um escravo, para servir os deuses. ele era um animal que foi modificado geneticamente. E isto não é algo malvado. Se nós agora temos consciência e experiência, devemo-lo a esta experiência. Alguns de nós, muitos de nós, chegamos a entender que a vida é demasiado importante para vivê-la como escravos. Esta é uma das coisas que mais surpreendeu ao Ancião das estrelas: que nós, nascidos como escravos, tenhamos quebrado as nossas cadeias para viver a nossa vida em liberdade, que nós tenhamos sido bastante inteligentes para fazer isto. Nós estamos em condições de realizar os nossos sonhos. Isto não é fácil, mas quando se é um guerreiro e se leva fogo dentro, então tudo é possível. O que mais lhe tocou da raça humana é que nós levamos o fogo no nosso interior.

M.H.- Que disse ele sobre o seu povo, a sua estrutura social, da sua religião?

R.M. - A religião é um tema um pouco delicado. É algo em que cremos, em que pensamos, que nos é ensinado e que nós aceitamos. No seu mundo, na sua estrela, não existe a fé. O universo está cheio de maravilhas. Para eles o conceito de fé e de religião não existe. A sua religião é simplesmente o seu modo de viver. Eu amo estas coisas. Eles não têm uma religião. Nós não deveríamos entrar em conflito sobre aquilo que cremos. Só deveríamos discutir; isto é o que deveríamos fazer. O seu grau evolutivo é muito superior ao nosso. Para eles um homem de 100.000 anos é jovem, segundo o que disse o Ancião das estrelas; o corpo humano poderia viver entre 2000 e 3000 anos se nós o alimentássemos bem. Mas nós temos sido programados para a autodestruição. Os nossos corpos envelhecem não porque eles o querem, senão porque nós somos assim. Em tudo o que diz respeito ao modo de vida, à cultura e à sociedade dos seres da sua galáxia, existe um paralelismo com excepção da religião, da duração da vida e do modo de viver, que são muito diferentes. Para eles tudo está orientado para uma vida muito longa, e para nós para uma muito curta.

M.H. - Você teve um encontro com o Ancião das estrelas?

R.M. - Sim, eu só e com outros. Eu nasci em 1947; tinha cinco anos quando o meu pai e os seus 5 amigos decidiram revelar o seu segredo a 2 ou 3 familiares. Eu era um deles e outro era meu primo. No total éramos 25 pessoas. Uns morreram e outros foram-se embora; o cúmulo fez-se portanto cada vez mais pequeno. Finalmente ficámos apenas 8 rapazes; 6 de nós decidimos estudar para chegar ao conhecimento que hoje são ensinados nas nossas escolas.

M.H. - Tiveram lugar outros encontros?

R.M. - Sim, ele voltou. A última vez que me encontrei com ele foi no Verão de 1994, aproximadamente em finais de Julho. regressou e voltou a partir de novo. E este é o motivo porque me foi tão difícil ver a película de Santilli; porque ele tinha precisamente esse aspecto.

M.H. - Quantos encontros teve com ele?

R.M. - Aproximadamente uns doze. Às vezes passavam-se 3 ou 4 anos antes que pudesse voltar a vê-lo. Encontrava-me com ele e passava-mos muito tempo juntos, e comunicávamo-nos bem.

M.H. - Telepaticamente?

R.M. - Não, não assim precisamente. para mim, telepaticamente significa simplesmente de espírito a espírito. No meu caso não foi assim. Ponho um exemplo: Se ele tratava de me descrever uma rosa, eu via esta rosa não só no meu espírito, como também sentia o seu perfume, podia cheirá-la. telepatia não é o termo adequado; se ele queria descrever um pássaro eu podia vê-lo, podia ouvi-lo, e inclusivamente às vezes podia tocar as suas penas. Isto é muito mais do que telepatia.

M.H. - Uma pergunta tonta. De que cor era a sua pele e como ia vestido?

R.M. - Quando o vi pela primeira vez com o meu avô, tinha uma espécie de túnica que lhe tinham feito o meu avô e os outros, e tinha o aspecto de um monge. Isto é o que me lembro. Não sei de que material era, mas a cor era castanho. De todas as formas, o hábito que leva usualmente consiste numa peça única. A sua cor não posso dizer se seria o prateado ou um branco resplandecente, parecido com a cor das pérolas. Não estou certo mas parece-me que não tinha nenhum tipo de botões; não sei como era capaz de colocá-lo. Parecia um pijama de menina. A sua pele variava de rosa pálido a uma cor escura, parecia um homem branco com a pele bronzeada. A sua altura era de 1.40 ou 1.45m, e o seu corpo era vigoroso como o de um guerreiro, e não estava inchado como o que se vê na película de Santilli. Talvez este inchasso se devesse aos gases emanados no estado de putrefacção.

M.H. - Que sente quando se encontra com ele?

R.M. - Sinto que ele é fonte de infinita sabedoria.

M.H. - Vós sois meio Índios "Hopi" e meio Apaches. A vossa tradição fala de contactos com seres das estrelas?

R.M. - O que mais tocou fundo ao meu avô foi que o Ancião das estrelas conhecia o uso da pluma, o elemento mais importante dos nossos costumes ritualísticos. As nossas tradições dizem que estes costumes provinham das estrelas. Começaram com a Raça dos "Akhu", os homem-pássaro que levavam dentro de si o fogo e a paixão. Talvez isto possa irritar outras tribos índias, mas eu, na nossa dança tradicional, levo dois discos atrás das costas. E numa das danças, a do fogo, onde se baila o mais rápido que seja possível, estes discos giram, dão voltas, saltam até acima, até abaixo, e eu penso, e espero não atrair deste modo as iras de ninguém, que estes discos querem simbolizar algo diferente do fogo. Para todos isto é o fogo, para mim é distinto, algo muito diferente.

M.H. - Você encontrou petroglifos, desenhos nas rochas que representam seres com seis dedos nos pés?

R.M - Outro aspecto interessante da filmagem de Santilli é que o ser tem seis dedos nas mãos e nos pés. O ano passado (1994) levei-os à terra de Canyon (em redor do Grande Canyon do Colorado), e mostrei-lhes alguns desenhos que representavam a história dos Seres das estrelas, que nesse tempo habitavam a Terra, e que logo decidiram emigrar. Atrás de si deixaram marcas, e a particularidade destas marcas ou pistas, era que tinham seis dedos. Portanto os petroglifos confirmam decididamente o que se vê na película de Santilli. Mas demos um passo mais. Os antigos egípcios e sumérios baseavam o seu sistema numérico no número 12. O nosso sistema está baseado no número 10, porquê? Porque nós temos dez dedos. Pergunto-me se os seres que inventaram este sistema numérico nestas antigas civilizações não tinham 12 dedos. Portanto temos provas também na América antiga, destacando sobretudo que este ser tem 6 dedos do pé.

M.H. - Algum outro índio que vive nas reservas a sudoeste dos Estados Unidos lhe falou alguma vez de outros incidentes ocorridos no Verão de 1947?

R.M. - O que me surpreende a mim e a outros índios que vivem nas reservas é que a maior parte dos incidentes de OVNIS - segundo o que eu sei, verificaram-se 16 casos entre 1945 e 1960 nos E.U.A. -, 14 deles ocorreram nas nossa reservas. Os índios dormem muito bem em campo aberto, e se alguém quer investigar e buscar testemunhos deveria buscá-los entre as pessoas que vivem ali próximo, especialmente entre aqueles cuja vida e tradições giram em volta dos homens das estrelas. E em troca, estranhamente, nos últimos cinquenta anos a ninguém lhe ocorreu a ideia de entrevistar os índios. Para nós isto é muito estranho. As nossas histórias são consideradas como mitos, lendas (saíram um par de livros que falam de índios e extraterrestres), mas isto não é verdadeiro. Nós falamos de seres verdadeiros. Por isso eu me dirijo à opinião pública e aos investigadores do tema OVNI e lhes digo: Olhai, há muitas histórias que vós no mundo "civilizado" nunca escutastes. E uma delas é a do incidente de 4 de Julho de 1947; a que ocorreu em Roswell não foi a única daquele Verão. nós os índios sabemos que ocorreram três nessa época. A primeira teve lugar nos princípios de Junho em Socorro (Novo México). Este é o caso a que deveria pertencer a filmagem da autópsia, e não a de Roswell. O dito incidente de Roswell ocorreu em Julho e o terceiro caso ocorreu em meados de Agosto na zona de Four Courner. Neste caso o meu avô salvou ao Ancião das estrelas; mas os investigadores de OVNIS só falam do "caso Roswell", ninguém fala de outros casos; nos últimos cinquenta anos nunca fizeram nada para aproximar-se de nós, que estamos abertos, somos honestos e não queremos enganar ninguém.

M.H. - Conhece testemunhas do caso de Socorro?

R.M. - Sim, naturalmente.

M.H. - Poderia pôr-me em contacto com eles?

R.M. - Sim, mas mas não posso prometer-lhe que falem consigo, porque é branco. Para os índios é muito difícil confiar em quem não é índio. Eles podem ter as melhores intenções, mas não é fácil esquecer 300 anos de exploração e violência. Mas juro-lhe que neste momento há índios que sabem exactamente do que estou falando, mas eles não falarão porque têm medo, não de vós, mas das câmaras de televisão, da opinião pública; têm medo que alguém possa vir aqui atraído pela publicidade. Sim, eu poderia dar-lhes os seus nomes, e poderíamos tratar de ir juntos até onde eles estão. Quereis falar com eles? Podemos tentá-lo, mas não posso prometer nada.

M.H. - Prová-lo-emos, Robert, eu voltarei. Mas você já falou com eles?

R.M. - Sim, e me disseram donde provinha esse disco voador e onde caiu, assim como o que aconteceu aos Seres das estrelas. Na reserva corriam rumores de alguns casos e de alguns seres. Frequentemente estes seres sobreviviam ao incidente, mas não aos soldados. Estas são histórias horríveis. Tratavam-se de Seres das estrelas, próximos a Deus como ninguém, e os soldados os matavam. Que possibilidade temos nós como índios? Nós somos muito menos importantes. Numa escala de 1 para 10 já nos contentávamos ao menos de pontuar com 1; por isso temos medo. Se eu os levasse até eles, e eles falassem convosco poderiam vir os soldados? Talvez. Deveríamos fiar-nos? Não. Desagrada-me, mas quando um povo sofreu tanto, há que compreender que não tenham vontade de falar.

M.H. - Você refere-se à profecia dos índios Hopi, dos Kachina da Estrela Azul do cometa Hale-Bopp. Que pode dizer-me disso?

R.M. - Com muito gosto. Eu não sou um Ancião Hopi, não falo para o povo dos Hopi. Uma vez tentei falar com os Anciões Hopi e disse-lhes: Olhai, há que dizer ao resto do mundo o que está sucedendo. Como já o disse, nós os índios sempre temos sido castigados, e quando conhecemos uma profecia perguntamo-nos porque é que a deveríamos partilhar com o resto do mundo? De toda a forma, o cometa avistado pelos astrónomos aficionados, chamado Hale-Bopp é citado nas profecias. Não fica bem que fale das profecias e do seu significado, mas digo somente que estava tudo profetizado. Deste cometa também falam as profecias Maias, dos aborígenes, assim como os antigos livros dos Sumérios e dos Egípcios. Baseando-se nas profecias dos Hopi e dos antigos hieróglifos, eu gostaria de afirmar que não creio no fim do mundo, no declive da humanidade, senão que penso que algumas coisas mudarão. Os que se esforcem sobreviverão, e aqueles que tiverem medo, provavelmente não. E por favor não subvalorizeis as minhas palavras. Esta profecia não tem nada que ver com o espiritismo. Se eu digo 2, 4, 6, 8, qual é o número seguinte? Sem possuir faculdades paranormais dir-me-eis que se trata do 10. Haveis profetizado o 10? Não, é uma consequência lógica. O que quer dizer é que as profecias Maias e Hopi não são fruto de actividades mediúnicas, mas sim de conhecimento. Eles sabem que cada 2000 ou 10000 anos deviam suceder determinadas coisas. Que significa isto? Os antigos povos conhecem a história do planeta desde à milhares de anos. As profecias baseiam-se em modelos e não em forças mediúnicas.

M.H. - Que diz esta profecia?

R.M. - A passagem do Cometa Hale-Bopp deveria coincidir com o regresso dos Kaschina da Estrela Azul. Um Kaschina é um espírito da natureza, a essência de todas as coisas. Uma águia tem uma Alma, nós a chamamos de Kaschina. O Vento tem uma Alma que nós também de Kaschina. As nossas lendas dizem que no final dos tempos, deste ciclo aparecerá uma estrela luminosa cujo nome é Nan-ga-sohn. A dita estrela é azulada, com a cabeça em forma de cruz e uma larga cauda de plumas por detrás. depois de 7 anos da sua aparição, desceria concluindo-se este ciclo. Esta Kaschina, "Nan-ga-sohn" representa, segundo a minha opinião, o cometa que se está aproximando. Diz que esse cometa tem uma cauda de vários milhares de quilómetros: os astrónomos dizem que não é possível, mas assim é.
Antes dizia que o cometa deveria de ter uma cor azul, e descobriu-se que esse cometa tem uma luz azulada. Também a estrela de quatro pontas foi descoberta no semblante de Kaschina: uma estrutura, uma marca, algo na superfície do cometa que se parece a uma cruz. A longa cauda do cometa é a mesma que a do Hale-Bopp. A profecia diz que o homem branco teria medo do cometa, porque este deveria mudar o seu mundo, e eu creio nisso. O homem branco tratará de destruir este cometa. Já está começando a ter medo. Nós veremos por todas as partes asteróides e cometas, e os consideraremos perigosos. Assim os militares construirão uma bomba, um míssil, qualquer arma para destruir este cometa, porque o consideram perigoso. Mas eu penso que se trata só de uma desculpa, pois tratarão de destrui-lo somente porque está profetizado. Fá-lo-ão? Talvez. Eu penço que algumas pessoas quando vejam a cruz na sua superfície pensarão em algo religioso; pensarão no regresso do Filho de Deus. Respeitosamente digo que não é exactamente assim, e ao mesmo tempo o é.

M.H. - Que acontecerá depois do ano 2000?

R.M. - O Cometa aparecerá em 1997, e sete anos depois estaremos em 2004.
Mas há astrónomos e investigadores bíblicos peritos em computadores que analisam a data de nascimento de Jesus, e descobriram que este nasceu provavelmente sete anos A.C.. O nosso calendário está portanto atrasado sete anos. Se o fim do ciclo é, segundo o nosso calendário no ano 2004, somando os sete anos chegamos ao 2011. Este ano será só um ano antes do fim do ciclo, segundo o calendário maia e segundo outros calendários orientais. Por este motivo estou convencido de que o Hale- Bopp é um sinal de algo que deve suceder. O fim do mundo? Não. Grandes mudanças? Seguramente.


(Artigo retirado da publicação da revista "NONSIAMOSOLI", Ano XII N.º 2 Julho-Dezembro 1996, págs. 17 a 20.
A inserção de fotos é extraído do mesmo artigo).