quarta-feira, 6 de abril de 2011

O GRANDE CICLO DO TEMPO


O grande ciclo do Tempo


Por todos os continentes há vestígios de grandes e antigas civilizações que desapareceram misteriosamente. Todas essas civilizações falavam a respeito de um período de grande iluminação sobre a face da Terra, de uma sublime era dourada, quando as pessoas eram muito mais sábias e viviam por muito mais tempo, em sociedades de grande abundância, bem-estar e harmonia com a natureza; uma gloriosa época em que podíamos desfrutar de um verdadeiro paraíso sobre a superfície deste nosso pequeno planeta azul.

Os relatos recuperados destas civilizações falam também a respeito de uma queda, de um fatídico e devastador declínio espiritual, moral e material que atingiu a humanidade, do qual nenhuma destas grandes civilizações conseguiu escapar. Todas elas entraram em colapso e seus valiosos conhecimentos foram sistematicamente perdidos, mergulhando a humanidade numa era de ignorância e trevas, que parece ter atingido o seu ápice no começo da Idade Média, a cerca de 500 DC.

Porém recentemente muitos arqueólogos têm descoberto evidências que provam que estas civilizações são mais antigas do que os cálculos feitos anteriormente – de que havia muito mais coisas acontecendo no planeta a milhares de anos atrás do que se pensa até então. Esses novos descobrimentos arqueológicos empurram continuamente os relógios de nossa história para trás, deixando óbvio que estas complexas sociedades de milhares de anos atrás eram em muitos aspectos mais avançadas do que nós somos hoje em dia. Tais descobertas indicam também que civilizações que habitavam diferentes continentes comunicavam-se entre si; estudos recentes de seus barcos mostram que eles eram tão bons quanto os do século 19.

Sociedades do Sudeste Asiático e da América Central tinham as mesmas palavras para identificar os mesmos dias da semana, que ocorriam também na mesma sequência. A arquitetura de suas cidades possuíam características e construções extremamente semelhantes, como as pirâmides por exemplo, que podem ser encontradas com suas correspondentes simbologias e simetrias em todos os cinco continentes do globo,
na África , na Ásia , na Oceania, na América e na Europa. Provavelmente é só uma questão de tempo até acharmos as da Antártida...

Mas o que causou a queda e a dissolução destas avançadas e complexas sociedades? Seria possível a existência de um ciclo capaz de explicar esse íngreme declínio moral e a consequente perda do conhecimento de nossa verdadeira história? Um ciclo capaz de identificar também a atual ascensão e a futura queda de nossa atual civilização?

Seria possível, que assim como a Terra percorre uma órbita ao redor do sol que influencia o nosso dia a dia ao determinar as estações do ano, o nosso sol esteja também percorrendo uma órbita que influencia o nosso dia a dia ao determinar as estações metafísicas para a ascensão e queda de nossas civilizações?

O estudo de antigas sociedades revela que elas tinham na base de sua sabedoria uma prática que parece ter sempre guiado o homem em suas maiores conquistas: a observação das estrelas. Observando o céu, os astrônomos de antigamente notaram que durante a noite algumas constelações de estrelas percorriam a mesma trajetória percorrida pelo sol durante o dia. Essas constelações foram observadas e identificadas como sendo 12 em seu total e nomeadas de acordo com a imagem com a qual se assemelhava a ligação de seus pontos de luz – assim nasceu o zodíaco.

Tais cientistas das estrelas notaram também que duas vezes por ano, o dia e a noite tinham exatamente a mesma duração, e esses dias foram então nomeados de equinócio da primavera e equinócio do outono: equinócio vernal e equinócio outonal. Os calendários antigos usavam os equinócios como seu padrão de cálculo e ainda hoje eles são usados para calibrar o nosso contemporâneo Universal Time – UTC.



Ao juntar estas duas observações, os astrônomos notaram algo muito importante no decorrer dos anos: que a cada novo equinócio as constelações não estavam exatamente na mesma posição do ano anterior, mas pareciam estar se movendo para trás no céu, num movimento que chamaram de precessão do equinócio.

Movendo-se para trás, foi observado que cada constelação leva aproximadamente dois mil anos para passar pelo equinócio, levando assim aproximadamente 24 mil anos para um ciclo inteiro do zodíaco se fechar.

Isso significa que daqui a milhares de anos estaremos observando um céu diferente do qual vemos hoje. Significa também que nossos ancestrais viam diferentes constelações no céu de milhares de anos atrás.



A medida que o equinócio de primavera aponta para diferentes constelações, o polo norte consequentemente aponta para diferentes estrelas do hemisfério norte, devido a inclinação de nosso planeta.

Se tirarmos uma foto de longa duração durante a noite do polo norte, veremos as estrelas como círculos de luz em torno da Polaris, a atual estrela do norte; porém daqui a alguns milhares de anos será uma outra estrela que estará no centro desta fotografia.

Na época do nascimento de Jesus, a constelação de Aries estava ficando menos dominante no céu do equinócio e a constelação de Peixes estava se movendo para tomar o seu lugar. O símbolo cristão do peixe simboliza assim o período que se iniciou naquela época, quando o equinócio começou a apontar para a constelação de Peixes.

Antes do nascimento de Jesus o equinócio apontava para a constelação de Aries, e antes desta, para a de Touro.

Incontáveis artefatos, imagens e textos de antigamente que fazem referencia a carneiros, touros e peixes foram confundidos como símbolos pagãos pelos nossos historiadores, quando na verdade representavam conhecimentos científicos, sendo usados para marcar posições astronômicas e referenciar interpretações astrológicas sobre este enorme ciclo.

A cultura greco-romana de Mithras é considerada a última grande cultura pagã do globo, atingindo o seu ápice apenas 100 anos antes do nascimento de Cristo. Mas perceba o anel em volta da imagem desse profano deus pagão: é na verdade o mapa astral.



Hoje o equinócio de primavera ainda aponta para a constelação de Peixes, mas muito em breve começará a apontar para Aquário, indicando assim o nascimento da Era de Aquário.

Para os antigos sábios da Índia – os rishis, a precessão do equinócio atua como um grande relógio cósmico de consciência, que estabelece o ciclo de ascensão e queda da consciência humana. Doze mil anos de ascensão e doze mil anos de queda.

Enquanto o equinócio marca o período de ascensão, nossa capacidade mental e percepção espiritual aumentam gradativamente até chegarmos eventualmente à compreensão de Deus. Porém logo após o relógio marcar a meia noite, no ápice de nossa experiência divina, entramos no período de declínio e nossa consciência é gradualmente reduzida até chegarmos ao extremo oposto desta existência dualística, quando mergulhamos nas trevas da ignorância e do esquecimento, criando assim um novo ponto de partida para a repetição da história humana.

Assim como o dia e a noite acontecem pelo movimento de rotação da Terra e as estações do ano pela órbita da Terra ao redor do sol, os eventos da história humana acontecem devido a uma órbita percorrida pelo nosso sol, que leva consigo todo o nosso sistema solar, num movimento que causa a precessão do equinócio.

Mas o que causa esse movimento do nosso sol? Ao redor do que ele está se movendo? Pesquisas recentes mostram que a maior parte das estrelas do universo faz parte de sistemas binários, ou seja, elas estão se movimentando ao redor de uma outra estrela.

Sóis solitários são a exceção e não a regra através do cosmos. Mais da metade das estrelas do universo ou estão em sistemas binários, ou em sistemas ainda mais complexos, de três, quatro ou até cinco estrelas que giram ao redor umas das outras.

Os antigos yogis da Índia falavam a respeito da existência de dois sóis em nosso sistema, o que era justamente a causa da precessão do equinócio. Nosso sol está girando em torno de um outro sol e este sistema binário está também girando em torno de um grande sol no centro de nossa galáxia, a Via Láctea.



Estarmos num sistema binário fornece uma imediata explicação para o comportamento de vários cometas e cinturões de asteroides que permanecem incompreendidos no nosso atual paradigma. A análise do momento angular de nosso sol de repente também começa a fazer sentido.

Uma das características de sistemas binários são órbitas elípticas e a inconstância da trajetória de suas estrelas, que sofrem uma aceleração de velocidade em suas órbitas ao se aproximarem uma da outra.

Se a atual velocidade de translação do sol fosse constante, o ciclo completo levaria aproximadamente 26 mil anos. Mas cientistas confirmam que a velocidade da precessão está aumentando. Num sistema binário a aproximação do outro sol causa uma aceleração e consequente redução de 8% no tempo total do ciclo, o que no nosso caso muda a medida para aproximadamente 24 mil anos.

Essa aceleração também seria responsável por uma mudança na nossa percepção de tempo, uma vez que tempo nada mais é do que o consequente efeito de espaço percorrido.

Mas novos conhecimentos são sempre recebidos com resistência. Nossa pequena e recente história abunda exemplos disso. A existência de um segundo sol desafia nosso atual paradigma assim como a redondeza de nosso planeta e a centralidade de nosso sol um dia desafiaram os paradigmas de outrora. Copérnico e Galileu poderiam nos contar tudo a respeito...

E a idéia de uma linha de tempo circular desafia o paradigma da reta, onde tudo o que estava a esquerda era obrigatoriamente menos evoluído do que aquilo que estava a direita. A famosa teoria da evolução que estipula uma linha de tempo reta foi uma das maiores responsáveis pelo descaso, resistência e incapacidade de tantos cientistas através das ultimas décadas, em analisar evidencias que exibiam e confirmavam um outro paradigma.

Realmente não estamos acostumados a analisar a história em períodos de tempo tão grandes. Para ajudar portanto no entendimento deste vasto ciclo, os antigos sábios da Índia criaram um método de divisão para melhor compreende-lo: as Yugas.

O ciclo da existência humana foi dividido em 4 Yugas: Kali, Dwapara, Treta e Satya, conforme a ilustração a seguir:



A Kali Yuga é a Era do Materialismo. O indivíduo comum nesta era não tem a capacidade mental de compreender nada além do mundo físico que percebe através de seus cinco sentidos básicos. A existência de energias mais sutis está além da compreensão de tal indivíduo, que não consegue sequer imaginar tais forças.

A Dwapara Yuga é a Era da Eletricidade. O indivíduo comum nesta era já compreende a existência de energias mais sutis, como a eletricidade, a gravidade e o magnetismo, que são as forças criadoras do mundo material. A principal característica desta Yuga é o avanço tecnológico.

A Treta Yuga é a Era da Mente. A capacidade mental do indivíduo comum sofre um exponencial crescimento durante esta era, e consegue compreender forças como o magnetismo divino, que é a fonte de todas as forças elétricas que criam o mundo material.

E a Satya Yuga é uma fascinante Era da Espiritualidade. A humanidade tem então a seu alcance a capacidade de perceber os mundos invisíveis e de experimentar a criação divina com uma total compreensão de Deus.

O ciclo de 24 mil anos é dividido em duas partes: o arco ascendente e o arco descendente, de 12 mil anos cada. Dentro de cada arco, a Kali Yuga tem uma duração de 1200 anos, a Dwapara dura 2400 anos, a Treta 3600 e a Satya Yuga 4800 anos.

No início e no final de cada Yuga existe um período de transição respectivo a suas diferentes durações, 100 anos para a Kali Yuga, 200 anos para a Dwapara, 300 para a Treta e 400 para a Satya.

Segundo os cálculos dos antigos rishis, a humanidade caiu na última Kali Yuga no ano 700 AC, atingindo o ponto de menor desenvolvimento mental e espiritual no ano 500 DC. Nossa história confirma isso, apresentando o colapso de todas as civilizações existentes durante este período, como a dissolução do Império Romano no ano 476 DC e a entrada na obscura Idade Média, um período de enorme miséria, fome, pragas, guerras e perseguições ao redor do mundo todo.

A Kali Yuga durou até o ano 1700 DC, quando entramos na Era da Eletricidade, com o período de transição iniciando-se em 1600 e indo até 1900. Mais uma vez nossa historia confirma isso: exatamente no ano de 1600 William Gilbert descobriu as forças magnéticas e a presença de eletricidade em todos os corpos físicos. Em 1609 Kepler descobriu importantes leis de astronomia e Galileu inventou o telescópio. Em 1621 Drebbel inventou o microscópio. Em 1670 Newton descobriu a gravidade e em 1700 Thomas Sarvey usou a primeira maquina a vapor.

Foi durante essa época que o processo científico se reiniciou com toda sua força e começou a surgir paz política no mundo, o que simplesmente não existiu durante toda a Kali Yuga. Valores humanos começaram a ser respeitados e a humanidade avançou bastante em todas as áreas. E foi justamente na virada do século 20, no encerramento do período de transição e entrada oficial da Dwapara Yuga – a Era da Eletricidade, que o mundo começou a ser iluminado pela energia elétrica.

Porém o mais interessante destas descobertas é que Aristóteles sabia que a Terra girava em torno do sol. Arquimedes também ensinava isso na Grécia antiga, dois mil anos antes de Copérnico! Assim como muitos outros conhecimentos, este também foi perdido por muitos séculos até ser recuperado no renascimento cientifico do começo da nossa era moderna.

E assim como a translação da Terra ao redor do sol foi esquecida durante a Kali Yuga, nós também esquecemos que fazemos parte de um sistema solar binário, e este conhecimento está sendo recuperado apenas agora.

O grande mestre indiano Sri Yukteswar Giri escreveu em 1894:

"Nós aprendemos com a astronomia Oriental que as luas giram em torno de seus planetas, e planetas giram em torno de seus eixos e com suas luas, ao redor do sol; e o sol, com seus planetas e suas respectivas luas, possui uma estrela como parceiro e gira em torno desta num ciclo de aproximadamente 24 mil anos terrestres – um fenômeno celeste que causa o movimento retrógado dos pontos do equinócio através do zodíaco. O sol também possui um outro movimento pelo qual gira em torno de um grande centro chamado Vishnunabhi, que é o trono do poder criativo, Brahma, o magnetismo universal. Brahma regula o dharma, a virtude mental do mundo interno."

O ciclo de ascensão e queda da consciência humana é causado pela aproximação e afastamento de nosso planeta e sistema solar de Vishnunabhi. A medida que nos aproximamos, nossas virtudes mentais se tornam tão desenvolvidas que conseguimos entender todos os mistérios do Espirito. Então nos afastamos por 12 mil anos até chegarmos ao ponto mais longínquo do trono de Brahma, e nossa virtude mental é drasticamente reduzida. Mas logo tornamos a nos aproximar e a desenvolver nossas faculdades mentais mais uma vez, num interminável ciclo divino. Cada período de 12 mil anos traz uma completa mudança externa no mundo material e também interna no mundo intelectual.

O ultimo ápice da Satya Yuga, ou Era Dourada, ocorreu em 11.501 antes de Cristo. Em 11.500 AC, nosso sol começou a se afastar de Vishnunabhi e nos próximos 4800 anos a humanidade perdeu a capacidade de compreensão do mundo espiritual. Nos 3600 anos seguintes o sol passou pela Treta Yuga descendente e nós perdemos o conhecimento do magnetismo divino. Nos próximos 2400 anos perdemos o conhecimento das forças elétricas. E em mais 1200 anos, chegamos ao ponto mais afastado do trono de Brahma, restando-nos somente uma compreensão bem restrita do mundo material. O período a cerca de 500 DC foi então o de maior escuridão de todo o ciclo de 24 mil anos.

Nós estamos atualmente no ano 311 da Dwapara Yuga ascendente. Mas não é isso o que a grande maioria das tradições da Índia ensina atualmente!

Os atuais almanaques hindus dizem que a Kali Yuga tem 432 mil anos de duração, e que estamos hoje apenas no ano 5111 desta macabra Yuga, restando ainda 426.889 anos de escuridão moral e espiritual até chegarmos ao começo da DwaparaYuga ascendente. Um prospecto um tanto preocupante! Mas que felizmente, não é verdadeiro.

Sri Yukteswar Giri explica também que os astrônomos e astrólogos que calculam os almanaques hindus foram guiados pelas errôneas anotações dos eruditos de sânscrito daquela época.

O erro se infiltrou nos almanaques pela primeira vez durante o reino de Raja Parikshit, logo após o término da última Dwapara Yuga descendente. Naquela época o rei Maharaja Yushisthira, consciente do início da obscura Kali Yuga, transferiu seu trono para seu neto Raja Parikshit e junto com todos os homens sábios de sua corte, se retirou para as montanhas dos Himalayas.

Assim não restou ninguém na corte de Raja Parikshit que entendesse o principio para calcular corretamente os anos das Yugas. Outro fato que selou o erro nos almanaques foi que após o término dos 2400 anos da Dwapara Yuga descendente, ninguém na nova corte ousou introduzir a assustadora Kali Yuga em seu ano de numero um, o que anunciaria oficialmente o começo de uma longa e tenebrosa miséria que assolaria o mundo durante muitos reinados. O primeiro ano da Kali Yuga foi então numerado 2401, uma ilegítima continuação da Dwapara Yuga anterior.

Mas então em 499 DC a Kali Yuga completou os 1200 anos descendentes e o sol chegou ao ponto mais afastado do grande centro da Via Láctea. Porém conforme a errada numeração em vigor, esse ano agora era o de 3600.

Ao entrar em sua fase ascendente, com o sol novamente se aproximando da grande estrela central, o poder intelectual do homem começou novamente a se desenvolver. Após algumas centenas de anos o erro dos almanaques foi finalmente notado pelos sábios de então, que perceberam que os antigos rishis tinham estipulado o período total da Kali Yuga em apenas 2400 anos, 1200 para cada arco. Como poderiam estar então num ano que passava dos quatro milhares?

Porém como o intelecto desses sábios estava pouco desenvolvido ainda sob a influencia da Kali Yuga ascendente, eles notaram apenas o erro, mas não a razão para tal erro. Foi assim que chegaram a conclusão de que os 1200 anos mencionados pelos antigos rishis para cada arco não poderiam ser anos terrestres, mas eram na verdade anos dos deuses.

Um ano solar terrestre é equivalente a um dia dos deuses. Tendo também cada mês divino 30 dias e cada ano divino 12 meses, eles chegaram a conclusão de que 1200 anos dos deuses referentes a duração da Kali Yuga significavam 432.000 anos terrestres.

De acordo com esses novos cálculos equivocados, a Dwapara Yuga teria então 864 mil anos, e outras Yugas chegariam aos milhões de anos terrestres, o que causa uma total perda da perspectiva humana. Infelizmente esse erro continua sendo ensinado hoje na grande maioria das tradições hindus e contribui para um vasto desinteresse e perda dos benefícios intelectuais que o ciclo das Yugas traz para a compreensão da historia humana.

Sri Yukteswar Giri também sugere que deveríamos usar um calendário baseado em princípios científicos derivados de fenômenos celestes, como o ciclo das Yugas, ao invés de calendários que tem como a sua base o nascimento de pessoas de eminencia, como o atual. Ao invés de 2011 então, estamos no ano 311 Dwapara. Era esse o calendário usado na Índia antiga até o reino de Raja Parikshit.

A humanidade saiu da ultima Satya Yuga a 8711 anos atrás e infelizmente a imensa maioria dos valiosos documentos e conhecimentos registrados naquela época foram perdidos ou destruídos, conforme caímos em direção a Kali Yuga. Apenas uma pequena porção deste conhecimento é mantida em segredo dentro de bibliotecas como a do Vaticano. O estudo de alguns destes documentos hoje revela a existência de objetos voadores mais avançados que nossos atuais aviões, em operação a milhares de anos atrás no nosso planeta.

Ainda temos dois mil anos de avanço tecnológico a nossa frente dentro da atual Dwapara Yuga ascendente. Considerando o exponencial progresso que fizemos nos últimos 300 anos, devemos atingir o mesmo ápice tecnológico de outrora até o final desta era, quando nossa tecnologia se tornará literalmente mágica. E então entraremos na Treta e na Satya Yugas, que são simplesmente incompreensíveis para a atual humanidade.

O ciclo das Yugas é um grande relógio cósmico que pode ser usado para compreender a influencia energética dos astros sobre a humanidade, mas que não restringe nosso poder e liberdade pessoais de crescimento e transformação. A vida de grandes mestres através de todas as eras prova que existem indivíduos vivendo na Satya Yuga durante o decorrer de todas as eras, inclusive no ápice da escuridão humana que é o centro da Kali Yuga.

Deus nunca abandona a humanidade, nunca nos deixa sem algum personagem excepcional que superou a influencia do ciclo do Tempo entre nós, para que atue como mestre e guie aqueles que honestamente sentem o chamado de seu Espírito.

Todos nós encarnamos aqui com o mesmo objetivo e temos o potencial de atingi-lo em qualquer era. Nosso objetivo é experimentar 3 coisas: Existência, Consciência e Êxtase.

Homens mundanos não conseguem transcender os limites mundanos em que confinaram a si mesmos. Somente com o despertar do chamado espiritual conseguimos superar a influencia do ciclo das Yugas e gradualmente nos tornar divinos, atingindo a árdua transcendência dos desejos materiais e a sublime experiência de Deus. Somente o verdadeiro amor divino pode nos levar a esta transcendência e libertar nosso espirito deste interminável ciclo do Tempo.

Tamanha a sabedoria da observação do céu! Platão já dizia na Grécia antiga:

"A astronomia compele a alma a olhar para cima e nos leva desse mundo para um outro."

Porém observar o céu se tornou um hábito um tanto esquecido no mundo de hoje, onde a luz das estrelas parece ter sido apagada pela ilusória luz de nossas tecnologias.

Se apenas nos lembrássemos de observar o céu mais atentamente... o que mais será que conseguiríamos ver?

EXT . BAIRRO GÓTICO – INVERNO

Amanhece. Acompanho o gelado esmaecer das últimas estrelas que insistem em brilhar para uma civilização que não está mais olhando. Ainda nem acabei de transbordar a minha incompatibilidade emocional do topo dos edifícios medievais e já surge um intenso vermelho ao longo do horizonte que indica que preciso partir.

Desço as escadas e caminho leve, um pouco frio pelas vielas estreitas e apedrejadas de um cinza intocado pela alvorada, guardando cuidadosamente nos bolsos as observações feitas para as futuras criações de um tão sonhado planeta. Passeio meu rosto por um doce silêncio matinal que é harmoniosamente interrompido por cambaleantes meninas que se exaltam bonitas em seus saltos, com a intensa maquiagem torta dos sorrisos trocados através da madrugada de alguma curiosa casa noturna catalã, analisada ainda nos breves e saltitantes espelhos de um comércio chique e dormente.

Chego a praça Catalunya, é cedo e cruzo a grande avenida acompanhado de um terno preto bem apressado, fruto dos anos madurando sob a sombra de um provável escritório hermético esquecido pelas naturais revoluções de Gaudi. Dopado pelos excessos das faltas e pelas exaustões das ingestões desproporcionadas, ele logo perde o folego e acena para um longínquo taxi.

Espero a porta do ônibus abrir. De um azul bonito, o ônibus. Quase tão bonito quanto o céu. Sento a mochila num banco e volto a observar o céu. Todas as estrelas já se retiraram e também não há nuvens, porém a ausência do branco dura muito pouco: de repente surge um intenso ponto branco bem na ponta do meu nariz e começa a se transformar numa reta. A reta se alonga, alonga, alonga e transforma-se numa curva, que fica grande, grande, imensa e divide o céu em dois:



Entro no ônibus. Coloco a mochila no bagageiro e me aconchego na ultima fileira, um tanto preocupado pelo meu considerável atraso. Lá fora chega um confuso e barulhento grupo de turistas ainda escovando os dentes e fechando as malas. Espero ansiosamente as malas e os malas subirem no ônibus enquanto observo um segundo avião do outro lado do horizonte também riscar o céu:



De ponta a ponta. Surge um terceiro e um quarto. E um quinto e um sexto. O ônibus parte devagar e perco o horizonte da praça, sendo dirigido entre estreitas ruas com muitas árvores que me levam de uma janela a outra em minha observação. Aqui e ali vejo a enorme operação em andamento sobre uma indefesa cidade que ainda dorme em sua maioria. Alguns riscos começam a se transformar em nuvens ralas e em muito pouco tempo o céu se transforma radicalmente. Chegamos a Praça Espanha e eu tiro esta foto:



No caminho do aeroporto ainda consigo uma outra:



Desço no aeroporto e corro para despachar minha mochila. Corro para o portão de embarque e para dentro do avião. Durante toda minha corrida não notei ninguém no aeroporto reparar a absurda operação amplamente visível no céu de Barcelona. O que será que o pessoal da torre de controle acha que estes aviões estão fazendo?

Decolamos. Passamos a esquerda do majestoso Mont Serrat e logo estamos sobrevoando os topos cobertos de neve dos Pirineus. Ao longo da minha viagem fica claro que o alvo desta operação são os grandes centros urbanos, ao passar ao lado de duas grandes cidades francesas posso constatar a mesma operação em andamento sobre elas.

Atravessamos o Canal da Mancha e a Inglaterra está mais uma vez escondida debaixo das nuvens. Perdemos altitude e ganho uma clara e húmida visão de Londres antes de aterrissar. A Grã Bretanha tem sido um dos maiores alvos desta operação mundial que começou na segunda metade da década de 90, mas devido às pesadas nuvens, não consigo constatar desta vez a verdade das palavras de nosso querido William, sobre as coisas que existem entre a terra e o céu. A atmosfera está escura, mas serena. Bem diferente do verão passado...

FLASHBACK -- EXT .RICHMOND – VERÃO

Fecho a porta da frente com cuidado, para não acordar meus anfitriões. O atraso do meu voo da Índia intensificou meu jet-lag e a janela do quarto se tornou pequena para o que me revelava. Atravesso a varanda da frente impressionado com o tamanho da operação matinal. É somente o inicio do amanhecer, que se torna um evento longo durante o verão inglês, mas já parece o final do expediente nos céus londrinos.

Caminho pelas agradáveis ruas residenciais rumo ao parque e já noto em minha pele a sutil sensação metálica do ar a minha volta, fruto da inédita campanha de pulverização da raça humana patrocinada pelas forças involutivas. Observo os aviões realizando uma bárbara operação no céu e me questiono qual a explicação dada aos seus respectivos pilotos para que aceitem conduzir essas missões.

A concentração de alumínio na atmosfera refletirá os raios do sol de volta ao espaço, combatendo assim o temido aquecimento global – nós não podemos perder tempo mas por favor não contem nada as suas famílias? Ou que ao pulverizar nossas cidades com estas maravilhosas substancias estamos protegendo nossa população contra os novos maquiavélicos vírus que estão por vir e que reduzirão drasticamente a população do terceiro mundo? Ou talvez, que a nossa segurança nacional depende de uma maior concentração de metais no ar para o bom funcionamento de nossa rede eletromagnética? Ou ainda, para aqueles com acesso a um maior nível de segredismo: precisamos tomar as devidas precauções contra as variadas raças alienígenas que ameaçam o nosso estilo de vida!

Difícil ter certeza do motivo, se faz parte do projeto HAARP no Alasca e é uma tentativa de controlar as ondas eletromagnéticas de nossos cérebros ou se a tentativa é de impedir o recebimento do benéfico efeito cósmico do alinhamento planetário com o centro da galáxia. Quando chego ao parque, o céu já atingiu um nível de surrealismo quase inacreditável:



A foto acima não foi tirada por mim, mas ela reflete fielmente o céu londrino sobre a minha cabeça durante aquele amanhecer.

Sento na grama e fecho os olhos em meditação. Concentro minha mente e transformo a sopa química acima de mim em pétalas de rosas caindo suavemente cheias de deleite sobre todo o parque, atiradas de cima das nuvens pela própria e linda Mãe Divina. Vestida num exuberante sári vermelho com bordas douradas, ela docemente sorri sua infinita sabedoria e despeja as pétalas divinas sobre sua criação, abençoando as arvores e os campos, os carvalhos e o capim, os esquilos e as raposas, os cavalos e os veados.

Toda a exuberante vida do parque ao meu redor brilha com graciosos movimentos abençoados e o mundo irradia o seu êxtase e a sua perfeição. As pétalas caem dos céus exalando um sublime amor que contamina o ar com uma profunda sutilidade – exatamente como vi do avião há seis meses atrás!

FLASHBACK -- INT . HEATHROW – INVERNO

Aguardo meu voo para a Índia no moderno terminal 5 enquanto amanhece mais um novo dia. Não há uma nuvem no céu e tudo indica que Londres terá um frio dia de sol. Mas de repente vejo um avião riscar o céu. E um segundo. E um terceiro. E um quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, décimo primeiro...

Em uma hora observando o céu pelas enormes e propícias paredes de vidro do aeroporto, calculo um total de trinta aviões pulverizando a atmosfera com chemtrails, os rastros químicos. Fazia quatro anos que eu não vinha a Europa e apesar dessa operação já estar em andamento desde a década passada, ela com certeza parece ter se intensificado nesses últimos anos.

Sinto o peso do claro testemunho de uma operação secreta de tão grande porte. Quem está patrocinando isso? Qual o real propósito destes rastros? Neste recente documentário, um dos primeiros a serem feitos sobre esta questão, algumas explicações são apresentadas:

What in the world are they spraying?

E aqui estão algumas boas fontes de informação a respeito:

http://aircrap.org/

http://educate-yourself.org/ct/

Caminho pela plataforma de embarque enquanto incontáveis chemtrails se espalham pela atmosfera, cobrindo o céu e transformando-se numa vasta camada homogênea de fumaça.

O avião decola. Continuo a observar ininterruptamente pela janela uma cena que daria inspiração a George Orwell, a medida que sobrevoamos Londres e entramos no Canal da Mancha: dezenas e dezenas de aviões, a maioria de aparência militar, criam um enorme retângulo artificial de chemtrails que tapa o sol sobre a Grã-Bretanha. Vejo nitidamente os limites sul e leste deste retângulo, e o que deveria ser um ensolarado dia de inverno se transforma num artificial dia nublado e cinzento para os ingleses.

Observo os outros passageiros atentos na programação oferecida pelas suas televisões individuais, completamente ignorantes ao mundo real lá fora. Uma aeromoça robótica me pergunta o que eu quero beber. Pondero se sua estranha robotização é fruto dos componentes químicos que tem respirado durante anos. Será que não tem nenhum alquimista transformando as chemtrails em chuva de pétalas na cidade onde ela mora?

Os principais componentes despejados por estes aviões parecem ser alumínio e bário, ambos altamente tóxicos a todas as formas de vida. Enquanto o documentário acima defende o proposito do controle financeiro das sementes dos alimentos humanos, como já mencionei minhas observações confirmam que o foco desta operação tem sido as grandes cidades, e não o campo.

O que está acontecendo nesse planeta? Estariam as forças involutivas, responsáveis pelo atual governo das nações da superfície terrestre e consequentemente, pelas experiências de terceira dimensão que nossas almas escolheram vivenciar aqui, simplesmente fora de controle? Tenho certeza que não.

Uma lenda da Índia antiga conta que um rei recebeu uma premonição de que Deus, devido as preocupantes condições da sociedade de então, poderia em breve encarnar na forma de um Avatar. Ciente das sábias palavras do Bhagavad Gita,

"Sempre que a virtude declinar e o vício predominar, Eu encarno como um Avatar. Na forma visível eu apareço de tempos em tempos, para proteger os virtuosos e reestabelecer a justiça."

o rei logo deu início a um secreto plano de governo para drasticamente piorar as condições de vida e a moralidade de seus subordinados, na esperança de que Deus encarnasse ali.

Será que assim como o rei da lenda, o comandante dessa sinistra operação mundial também esconde boas intenções para todos nós?

Ou será que essa surreal operação está sendo permitida pelo gerenciamento planetário, assim como a descomunal contaminação de todo o nosso meio ambiente, visando a preparação de uma nova superfície terrestre, que terá uma nova composição química para dar suporte a novas formas de vida? Uma nova raça humana?

Será que durante todas as Dwapara Yugas ascendentes, a humanidade coloca em risco sua própria sobrevivência ao desenvolver e utilizar irresponsavelmente suas novas tecnologias, estando ainda impregnada da ignorância da prévia Kali Yuga? Ou será que 2012 realmente aponta para um evento galáctico de rara frequência universal que se sobrepõe ao ciclo das Yugas e que atraiu este inédito cenário planetário para a resolução da atual humanidade?

Enquanto não temos as respostas, devemos continuar nossa atenta observação desta magnifica aventura terrestre. A observação do mal nos leva a percepção do profundo bem contido detrás dele. Conhecimento é energia e essa energia expande nossa consciência. Sempre que nos conscientizamos de um novo problema, é porque já atingimos o acesso a sua solução.

É o medo que nos torna vulneráveis a aquilo que temos medo. Se tivermos medo das chemtrails, elas então nos afetarão. As pessoas denunciam e se revoltam contra aqueles que estão destruindo a natureza, poluindo a água e o ar, porque elas tem medo que isso as fará doentes ou as matará. Mas na verdade é o medo, consequência de uma ignorância metafisica, que nos torna susceptíveis a qualquer ataque externo que venhamos a sofrer. Sem a permissão de nossas almas, até a radiação de uma usina nuclear não poderia nos afetar de forma alguma.

Estamos coletivamente criando a realidade desta ilusão para chegarmos a percepção dos nossos indestrutíveis corpos de luz. Nosso DNA é uma poderosa criação que tem o poder de transmutar qualquer coisa que não desejamos em nossa realidade, inclusive vírus mortais, poluição tóxica ou superbactérias, desde que não tenhamos medo e que saibamos que podemos fazer isso.

Masaru Emoto nos mostrou o que os nossos pensamentos podem fazer com a estrutura molecular da agua:



Com a sua maravilhosa pesquisa ele provou que nossos pensamentos e emoções podem afetar e transformar profundamente o mundo a nossa volta. Ele demonstrou que a escura e amorfa estrutura de aguas poluídas pode rapidamente se transformar em límpidos hexágonos cristalinos, se exposta a positiva vibração de pensamentos de luz.

O mesmo principio é valido para a comida que ingerimos, o ar que respiramos e todas as coisas com as quais temos contato. Aquilo que acreditamos ou tememos que essas coisas farão conosco, é exatamente isso o que elas fazem. E se nossos pensamentos podem mudar a estrutura molecular da agua de um rio poluído, imagine o que eles podem fazer com nosso próprio corpo, que é 90% água.

Somos perfeitamente capazes de abençoar tudo a nossa volta e assim aumentar a frequência na qual nossa realidade imediata está vibrando. Nós influenciamos todas as coisas que nos cercam e determinamos como irão nos afetar, através do significado que damos a elas. O conhecimento da ilusão do mundo material nos faz perceber que não há nenhum mal real lá fora, e assim age como um impenetrável escudo de proteção. Quando atingimos uma consciência de unidade, a necessidade de nos defendermos de algo simplesmente não existe.

Sabermos que somos uma expressão da Consciência Divina irradia essa expressão para o mundo todo ver. Tudo aquilo em que focamos nossa atenção cresce, se desenvolve e torna-se nossa realidade. Nós somos aquilo que pensamos que somos. Somos nossa própria criação. E nos criamos para nos desenvolver e chegar a experiência de Deus.

Estamos vivendo o maior renascimento espiritual que o espírito de Gaia já testemunhou. É tempo de observarmos o que está acontecendo hoje no planeta e de expandirmos nossas consciências com estas novas energias. Não permita que o medo cause nenhuma contração. A expansão sempre traz amor enquanto a contração apenas adiciona mais medo, fruto de uma necessidade de segurança. Mas segurança não vem de fora, é na verdade um trabalho interno, uma percepção de que somos todos um, parte de uma mesma consciência que está criando estas experiências para o nosso bem maior. Deus é amor e está sempre cuidando de todos nós.

Um jornalista uma vez perguntou a Albert Einstein: "Senhor Einstein, você é reconhecido mundialmente como um dos maiores gênios do nosso século. Seu escopo de pensamento cobriu todas as áreas do universo, desde os minúsculos átomos até o gigantesco cosmos. Você já presenciou suas descobertas enriquecerem e evoluírem a vida humana, mas também mutilá-la e destruí-la. Em sua opinião, qual é a mais importante questão que a humanidade enfrenta hoje?"



Einstein deixou que seu olhar se perdesse por alguns segundos e depois direcionou-o ao solo a sua frente por um longo momento. Então finalmente retribuiu o olhar ao repórter que lhe fez a pergunta e respondeu:

"Eu acho que a mais importante questão que a humanidade enfrenta hoje é: o universo é um lugar amigável? Esta é a primeira e mais básica pergunta que todas as pessoas devem responder a si mesmas."

Einstein era realmente um gênio. Esta é realmente a pergunta primordial que cada um de nós deve se fazer.


 
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O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser...
Ah!!! Que maravilha!!!
O amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...
 
Irene Ibelli
 
 

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