Mundo precisa abandonar obsessão por crescimento
"Em plena crise global, com governos e mercados preocupados com uma possível recessão mundial, a revista especializada britânica New Scientist foi às bancas nesta semana com uma capa na qual defende que a busca por crescimento econômico está matando o planeta e precisa ser revista." E propõem uma série de soluções. Mas será isso possível nesse mundo capitalista em que vivemos?
A posição da revista New Scientist
"A Ciência nos diz que se for para levarmos a sério as tentativas de salvar o planeta, temos que remodelar nossa economia", afirma a revista.
E mais! Segundo a revista:
- Todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto nosso sistema econômico continuar em busca de crescimento.
- Enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados.Movimento ambiental nunca conseguirá vencer dentro do atual sistema capitalista.
A única solução é reformarmos o capitalismo atual.
- "Durante os anos 1980, para cada US$ 100 adicionados na economia global, cerca de US$ 2,20 eram repassados para aqueles que estavam abaixo da linha de pobreza. Durante a década de 1990, esse valor passou para US$ 0,60. Essa desigualdade significa que para que os pobres se tornem um pouco menos pobres, os ricos tem que ficar muito mais ricos"
- Afirma ser impossível que um dia toda a humanidade tenha o padrão de vida dos países desenvolvidos.
- Para que o mundo possa ter uma economia ecologicamente sustentável, segundo Simms, é preciso acabar com o preconceito de alguns em relação aoo conceito de "redistribuição", que, para ele, é o único modo viável de acabar com a pobreza.
Cuidado com a interpretação
Abandonar o crescimento econômico é uma coisa, abandonar o avanço tecnológico é outra. Está claro que não podemos parar o avanço tecnológico e que esse está ligado ao crescimento econômico. E com toda a certeza se a economia e a tecnologia parassem os impactos acabariam juntos. Mas isso não é possível no sistema em que vivemos - se tornaria um caos - e mudar o sistema é quase impossível.
O homem - você deve saber melhor que ninguém - tem o "espírito capitalista" dentro de si por natureza. Seria necessário não só uma revolução, mas também um avanço "mental" muito grande. Mudar a cabeça de tanta gente é difícil e o dinheiro fascina. E a quem ele não fascinar, ele converte!
É obvio que a New Scientist está correta nas suas informações e isso arrumaria o mundo. Porém é complicado de isso se tornar realidade.
Quanto a redistribuição o AMBIENTE ECOLÓGICO particulamente aprova o comércio do crédito de carbono, afinal é uma idéia interessante fazer com que os países desenvolvidos que querem só lucro e lucro sejam "obrigados" a comprar crédito de carbono de países subdesenvolvidos para cobrir seus impactos ambientais.
O que VOCÊ pode fazer para ajudar a mudar?
Comece pensando quem é você e o impacto que causa diariamente ao meio ambiente. Reflita o que você poderia fazer para mudar e instigue outras pessoas a fazer o mesmo!
É importante também não só fazer pequenas coisas mas participar desse mundo capitalismo como um ativista. Estudar para adquirir conhecimento não para ganhar dinheiro no futuro.
O Ambiente Ecológico acredita que qualquer profissão que você escolher você pode ajuda o mundo - salve suas excessões. O que queremos dizer é que você não precisa ser um engenheiro ambiental para lutar por um mundo melhor. Você pode ser um advogado ambiental, um jornalista que publique o que realmente acontece no mundo, um político com (realmente) boas causas, etc.
E o mais importante. O mundo está como está e não vai parar de crescer. Mas não é por isso que você deve aceitar a situação. Lute o máximo que puder contra o sistema. E se quiser progredir, faça-o causando o menor impacto ambiental possível e sempre procure ações mitigadoras.
fonte: Ambiente Ecológico
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