quarta-feira, 23 de março de 2011

Desgosto - Emmanuel


DESGOSTO

Referimo-nos habitualmente aos desgostos da vida como se nada mais tivéssemos que pensar.

Tal ocorrência sobrevêm, de vez que, em nossas atuais condições evolutivas, somos ainda propensos a fixar o coração nos fenômenos do mal, extremamente desmemoriados quanto ao bem, à feição de pessoa que preferisse morar dentro de uma nuvem, à frente do Sol.

Ligeiro mal-estar obscurece-nos a harmonia interior e adotamos regime de aflição que acaba por atrair-nos moléstia grave...

Isso porque apagamos da lembrança os mi-lhares de horas felizes que lhe antecederam o apareci- mento, sem perceber que o incômodo diminuto é aviso da natureza a que retomemos posição de equilíbrio.

Breve desajuste no lar interrompe-nos a alegria e desvairamo-nos em revolta, instalando, às vezes, perigosos quistos de malquerença, no organismo familiar...

Isso porque quase nunca relacionamos os te-souros de estabilidade e euforia com que somos favore-cidos em casa, longe de observar que o problema impre-visto expressa bendita oportunidade de consolidarmos o amor e a tranquilidade no instituto doméstico.

Um companheiro nos deixa a convivência e deitamos longas teorias, acerca da ingratidão, estabelecendo complicações de profundidade...

Isso porque olvidamos as afeições preciosas que nos enriquecem os dias, incompetentes que nos achamos para concluir que o amigo, tangido pelas forças espirituais com que se afina, terá buscado o tipo de experiência mais adequada aos próprios impulsos, com vantagem para ele e proveito nosso.

Insignificante desentendimento reponta na esfera profissional e exageramos o acontecido, lançando perturbação ou incrementando a desordem...

Isso porque muito dificilmente ligamos justa importância aos dotes inúmeros que recolhemos do nosso campo de trabalho, inábeis para reconhecer que o destempero havido é o ensejo de proteger e prestigiar a organização a que fomos chamados, em favor de nós mesmos.

Desgosto está efetivamente para o coração, como a poda para a árvore.

Se dissabores nos visitam, recordemos que a vida está cortando o prejudicial e o supérfluo, em nossas plantas de ideal e realização, a fim de que possamos nos renovar e melhor produzir.

Médium: Chico Xavier
Autor: Emmanuel 
 

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O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser...
Ah!!! Que maravilha!!!
O amor atingiu a maioridade e se tornou compaixão...
 
Irene Ibelli
 
 

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