«De facto, fostes despojados do homem velho e das suas acções, e revestiste-vos do homem novo que, através do conhecimento, se vai renovando à imagem do seu Criador.» Colossenses 3: 9,10
Meu Amigo Professor, nas tuas aulas ensinavas aos meninos como eu, que o homem estava entorpecido pela alucinação do tempo e espaço e dos opostos.
Ao viver esta dualidade ele limita a sua vida a actos isolados, desintegrado de tudo o que constitui o Universo. Ao fazê-lo rejeita a vida no seu todo, vivendo em fragmentos de sobrevivênci negligenciando a vida real.
O homem tem grande dificuldade de se libertar das amarras do passado, um passado repleto de dualidade que ele não quer ou não pode dar sentido.
A dualidade é uma capa que o protege de assumir o seu passado, por isso ele anseia pelo futuro com a expectativa que tudo modifica com o tempo.
Mas o tempo não o liberta da dualidade, pelo contrário, prende-o ainda mais ao passado, porque a dor que ele produz vai afectando-o cada vez mais os níveis quer físicos, psicológicos ou espirituais. Mas mesmo assim ele recusa orgulhosamente assumir os seus erros, e mantêm o mesmo estilo de vida que vivia no passado.
A dualidade diz-lhe que ele está repleto de razão e que não tem que mudar nada na sua vida, mesmo sofrendo no corpo e na alma a dor não esclarecida dentro de si.
A parte mais profunda de si mesmo sussurra que a razão não conhece a alma, a sua verdadeira essência.
Para se desculpabilizar o homem diz que os opostos entraram em conflito criando a dualidade, quando na realidade é ele que alimenta esse conflito.
O cerne da questão é que nunca houve opostos, nunca houve dualidade.
O que na realidade existe é uma sintonia perfeita entre dois elementos da natureza do homem, a que ele chama de hemisférios.
O direito representa simbolicamente a intuição, e o esquerdo a razão. Eles formam uma dupla que está sintonizada na estabilidade, na criação ao mais alto nível da consciência.
Professor quando te interrogámos sobre estes dois níveis de consciência, tu disseste que são um só, porque eles são a forma perfeita da criação humana.
Perguntei-te se esse um deles, seria a alma!
Tu sorriste, e deixas-te que eu por mim respondesse à pergunta que só eu podia responder.
Hoje à distância do meu Amigo Professor, entendo que o passado não existe, o futuro nunca existiu, e que só nos resta o presente, que teimamos em não aceitar como a parte que liberta a dualidade criada pelo homem ansioso, porque a dualidade é ansiosa, só quer aquilo que já não tem, ou aquilo que acha que deve ter, quando na verdade só tem o Aqui e Agora, que tantos falam mas poucos o entendem.
Quando o homem se desapossar do antigo homem e das suas acções, ressurgirá nele um novo homem, sem o sentido de escolha, sem o sentido de posse, só então ele se identificará com a imagem do seu Criador, porque sabe que já não precisa de escolher.
Só então começará o seu crescimento não rejeitando nada, mas integrando tudo no todo.
O meu Amigo carteiro diz que leva muitos anos de Luz até que o homem aprenda a libertar a dualidade, a viver o todo.
Até à próxima volta do correio.
Carlos Campos
Fonte:
"Confie, ame a todos incondicionalmente, perdoe, faça pelos outros o que gostaria que fizessem por você!!!"
"Um anjo chamado Erick deixou que sua luz e energia continuem a vibrar
em nossos corações!!!"
Irene Ibelli
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