O DISCIPULO DA RAZÃO
Luiz Soares das Terras Nordestinas.
Aprendi e me conscientizei de que o tempo é o senhor absoluto da razão. Também sei que não podemos ficar a mercê do tempo ou se deixar levar pelas suas vontades. O melhor dos antídotos seria rebuscar, revirar e encontrar lá dentro de nós os nossos sonhos e, por conseguinte as nossas aspirações.
A cultura manipula. A educação manipula. A sociedade manipula. Enfim somos e nos tornamos inconscientemente em produtos da manipulação. A individualidade é uma estrela solitária e de excepcional grandeza. Negaram-nos tal afirmativa. Mas, não importa. Por isso mesmo não podemos nos julgar submisso a tantas "verdades" fora do nosso íntimo contexto. Ai, ao invés de educados e culturalmente evoluído nos tornaria propositadamente, em incorrigíveis anarquistas.
A personalidade! A palavra vai muito além do nosso grau limitado de entendimento. Para esmiuçá-la temos que admitir duas vertentes. A primeira do ciclo efêmero dos vegetais e dos animais que nos cercam. Neste caso a vida é efêmera e acontece num diapasão de puro e fatídico ciclo repetitivo – NASCER, CRESCER, MULTIPLICAR E MORRER. Assim e desta forma pouco sobraria para deixar fluir, modificar, aperfeiçoar e agir como semente para uma nova fronteira. A segunda deveria seguir o caminho do sol. Deveria entender a grandeza do mar. Se inteirar da sublime e conjugada missão da lua. Entender a suntuosidade do espaço sideral e, assim procurar entrar, adentrar holisticamente neste emaranhado de grandeza indescritível.
Se nos limitamos – paciência. Se nos tornamos covardes diante das circunstancias impostas – piedade. Se nos curvamos às verdades extras – paciência. Se nos encontrarmos e lutarmos; ai, sim haveremos de compensar o tempo perdido nos tornando – sábios!
Enfim, a personalidade nos coloca numa bifurcação. Atender ao que nós somos ou admitir razões e consequências fora do nosso real contexto? Para ser quem realmente EU SOU cada um de nós precisa abdicar de muitos preconceitos e paradigmas. Preconceitos que nos bitolam e paradigmas que nos colocam de frente com um objetivo que não nos diz respeito. Ser ou não ser eis a questão.
Há muito que estamos procurando nos agarrar em algo que nos dê alegria e felicidade. Se pensarmos apenas no EU seremos fatalmente taxados de egoístas – pura verdade. Mas, se nos colocarmos dentro da infinitude do ilimitado podemos sim, ser e multiplicar novos conceitos, novos postulados e razões maiores da nossa estadia nesta terra. Bem sei que muitos carecem da espiritualidade; e, por conseguinte da religiosidade. Também sei que muitos já aprenderam que a nossa divina missão seria assumirmos a posição de sementes estrelares.
Por último, após ler tantos tratados e enunciados vou me convencendo de uma maneira bem sutil de que começamos a ficar por nossa conta. Seremos sim discípulos abnegados de nós mesmos. É um exercício sem precedentes na história da civilização. Adquirimos enfim a nossa maioridade, sem limites e sem fronteiras. É claro que haveremos de sempre contar com a ajuda inestimável daqueles que amamos e nos amam, mesmo estando aparentemente colocados no outro lado do véu. Por fim o homem se encontra com o próprio homem; e, dai resultará a perfeita simbiose com o mestre e criador Supremo.
Que a LUZ CELESTIAL esteja sempre a iluminar e clarear os nossos sonhos, sentimentos e realizações. Que sejamos amplos. Que nos tornemos ilimitados. Que amemos e sejamos amados. Que as nossas verdades sejam sempre de forma harmônica e coletiva.
fonte: Carmen Arabela
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