O tempo que nos desgasta e nos engasta,
Como pedras de brita a caminho da preciosidade!
Se nos deixamos levar por essa onda incessante,
Vemos, a cada dia, nossos passos se ralentarem,
Enquanto decola o voo implacável das horas…
Mal sabe ele que também temos asas e elas nos erguem
Mostrando a amplidão que está à nossa frente
E nos impelindo rumo ao crescimento!
Crescemos independentemente de sua vontade.
E também da limitação que ele insiste em nos impor.
Suas artimanhas ocupam todos os nossos momentos,
Fazendo com que deixemos sempre para uma situação,
Que não sabemos quando irá chegar,
Aquele ócio que tanto precisamos para recompor nossas forças.
Ele nos faz saltar as fronteiras do amanhã,
Sem nem ao menos termos vivido o hoje!
Oh! Que prisão implacável é o tempo…
Mas o que faríamos sem esse aprendizado?
Jamais valorizaríamos nossas introspecções,
Nossas expansões e nossas comunhões,
Se não tivéssemos a certeza de que o tempo,
Este sim é passageiro!
Nós não passamos por ele, como pensamos,
Mas é ele, que efêmero como é,
Insiste em nos aprisionar, para que não nos deixar!
Como um amante cego de ciúmes,
Tenta nos agarrar para que partamos com ele.
E sabedor que em breve não mais nos aprisionará,
Faz chantagens para abalar nossas estruturas.
Mal sabe ele que poderia ser nosso grande aliado,
Que poderia nos preparar para essa libertação
Rumo à espiral da ascensão cósmica,
Enchendo nossos dias de brindes e saudações,
Como um amigo que se despede do outro:
Aquele amigo que quando se vai para sempre
Deixa saudades, canções e poemas em forma de abraços!
Fonte: http://unaversidade.org/movimento/
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