COMO
OS ESPÍRITOS DE LUZ SE ANTECIPAM PARA COMBATER E MINIMIZAR AS TRAGÉDIAS E
GUERRAS?
Na obra intitulada
Aruanda, que configura um dos livros de Robson Pinheiro, o espírito de Ângelo
Inácio recebe instruções de um espírito, que para ele, sua aparência era um
tanto incomum.
Inquieto, Ângelo
pretendia fazer perguntas àquele espírito, que para nós encarnados, seriam
perguntas inquietantes, pois refletem um incômodo que vemos regularmente nos
noticiários de TV e nos perguntamos: “Será que os espíritos protetores
não fazem nada para impedir isso?”
O artigo não se
trata exclusivamente da visão espírita sobre a guerra, mas quanto à qualquer
tragédia que envolva uma massa de encarnados e desencarnados, podemos tomar
como exemplo os atentados terroristas.
Ângelo descrevia o
espírito do seguinte modo:
“Ele
parece um militar, dos que impõem respeito e inspiram autoridade. Mas não ê só
isso. Ele sabe se impor. É alguém que parece saber com precisão o que deseja e
deve fazer. Tudo indica que o espírito que está diante de mim é um perfeito
cavalheiro em seus modos, embora tão firme e cheio de decisão que não permite
vacilações. Alto, magro — esbelto, na verdade.
Veste-se
com um traje que associei a um uniforme militar do tipo futurista, mas que não
chega a ser exagerado. Sobre os ombros, uma capa desce-lhe até os tornozelos. É
um tecido curioso que compõe aquela indumentária toda.
Nas
mãos, segura uma espécie de lança, que absolutamente não combina com seu traje,
mas que há de ter uma finalidade.”
Ângelo
apresenta-se. A entidade também se apresenta sem dar grandes detalhes sobre si
mesmo, mas detalha muito bem sua função no plano espiritual:
—
Sou um dos guardiões. Posso lhe dizer que pertenço a uma organização mundial
voltada para a preservação da harmonia e do equilíbrio nos diversos planos da
vida.
—
Uma espécie de CIA ou FBI de âmbito mundial? — Perguntou Ângelo.
—
Talvez — respondeu-me sério. — Os guardiões são comprometidos com a ordem e a
disciplina espirituais Somos conhecidos em diversos cultos com nomes
apropriados ao vocabulário de cada comunidade. Temos uma hierarquia, um comando
central, de onde vêm essas tarefas a nós confiadas.
Continuou
detalhando:
—
(…) o objetivo dos guardiões não é defender esta ou aquela doutrina política
nem fazer partidarismo. Muito mais que interesses mesquinhos, estão em jogo os
direitos humanos, do cidadão, da vida. A tarefa dos guardiões no Comando n° 1,
como nos referimos, é a defesa da humanidade.
Inconformado com a
explicação e diante de tanta guerra e tragédias no mundo carnal, Ângelo se
manifesta fazendo uma pergunta categórica, mas que foi respondida prontamente,
sem hesitação pelo guardião:
—
Então, pode-se considerar que a missão dos guardiões do chamado Comando n° 1
está sendo cumprida de forma muito precária. Faço essa observação em vista de
tantos conflitos internacionais, guerras e guerrilhas que estouram em toda a
parte. Onde está a interferência do Comando n° 1?
—
Veja, criança — falou sério. — Lutamos com milênios e milênios de cultura de
guerras, intrigas e políticas mal projetadas. Não há milagres na criação. Nossa
tarefa é laboriosa e lenta, porém vital. Há que se considerar que lidamos com
seres humanos encarnados ou desencarnados, todos com liberdade de pensar e
agir.
Seu
argumento era consistente, não havia dúvidas. Prosseguiu: — Para que você saiba
um pouco mais a respeito de nossa atuação no mundo, veja o que ocorreu, por
exemplo, com o episódio das torres gêmeas, em Nova Iorque. O fato ocorrido em
11 de setembro de 2001 teria proporções bem mais amplas, não fosse a
interferência direta dos guardiões do primeiro comando. O planejamento das
entidades perversas era, além de atingir o World Trade Center, cometer um
atentado contra o Vaticano, sede da Igreja Católica. Creio que você não ignora
as consequências brutais de um atentado dessas proporções. O mundo estaria
mergulhado em uma situação política insustentável. Muitas conquistas da
civilização seriam abaladas e estariam seriamente ameaçadas diante da iminente
Terceira Guerra Mundial. Os guardiões entraram em cena e, atuando nos
bastidores das sombras, enviaram agentes para as fileiras do mal, descobrindo a
tempo seu planejamento. Sabotaram os planos das trevas e conseguiram amenizar a
situação. Aquilo que o mundo presenciou no dia 11 de setembro foi apenas uma
pequena parte do plano que os terroristas e seus comparsas desencarnados haviam
traçado inicialmente.
Como
então os espíritos de luz fazem para se antecipar para combater e minimizar as
tragédias que seriam causadas por mentes diabólicas?
Para responder esta
pergunta, citaremos mais um trecho do diálogo citado na obra:
—
Todas as organizações da Terra são inspiradas naquelas que existem no lado de
cá da vida. Quanto à existência de agentes secretos nas fileiras dos guardiões,
o nosso papel em todo o contexto mundial não é apenas de passividade e defesa.
Existem aqueles espíritos cujo passado espiritual guarda estreitas ligações com
o mal e com certas organizações sombrias. Embora com o pensamento renovado e
trabalhando em prol da ordem e da paz, Agem como espiões e observadores
entre as comunidades das trevas. Corresponderiam aos agentes duplos
das organizações de inteligência. Esses espíritos se misturam a certas
comunidades das sombras e lá desempenham o papel de vigias, tomando nota e
comunicando aos dirigentes superiores os planos das mentes voltadas
para o mal. De posse dessas informações, traçamos um roteiro de atividades com
o objetivo de desmontar todo o planejamento do mal. Não fossem os
próprios homens, com suas atitudes desequilibradas, teríamos sucesso completo
em nossas tarefas.
— Quer dizer que,
mesmo que os guardiões sejam rigorosos em suas ações de defesa energética, há
possibilidade de que não tenham pleno êxito?
— Claro que sim.
Vivemos em um mundo em que o mal ainda predomina, embora os avanços do bem.
Além disso, em qualquer ação espiritual há que se levar em conta um fator
muito relevante para o desfecho de nossas atividades: o próprio homem
encarnado, seus pensamentos e atitudes e, sobretudo, seu livre-arbítrio. Muitas
vezes todo o nosso trabalho se põe a perder devido às posturas humanas e à
sintonia que o homem estabelece, mediante o exercício de sua vontade.
Dessa forma, como
citamos diálogos, podemos concluir que é muito difícil para os espíritos de luz
tomar o controle de toda a situação ao ponto de impedir tragédias gigantescas
como as que foram citadas.
Podemos perceber
também nos últimos parágrafos, que são os encarnados o pilar maior de toda a
dificuldade, pois a atmosfera negativa que os rodeia é muito densa. Porém o
trabalho dos espíritos de luz nunca é em vão, sempre há muita coisa para
minimizar.
Saiba mais sobre o
mundo espiritual e como funciona adquirindo o livro Aruanda,
pelo médium Robson Pinheiro. Você descobrirá porque as figuras
do negro e do indígena – pretos-velhos e caboclos –, tão presentes na história
brasileira, incitam controvérsia no meio espírita e espiritualista. Aprenda
também sobre elementos da espiritualidade que até hoje são muito pouco
abordados no Espiritismo.
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