quinta-feira, 30 de julho de 2009

As Raças Adâmicas


Existem muitas coisas que ainda não entendemos, mas
com certeza as respostas chegarão um dia,
e até lá devemos
ter paciência , porque nada ficará sem a devida explicação...









As Raças Adâmicas:
"O Sistema de Capela"

"Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsaram em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação de Cocheiro, que recebeu na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros, que nos são mais vizinhos, da sua trajetória pelo infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do ilimitado. A sua luz gasta 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se desse modo, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo."

Capela ou Alfa Aurigae é, comprovadamente, um sistema de estrelas múltiplas que contém pelo menos 9 estrelas; duas delas são tidas como "gigantes amarelas", com massa 2,6 e 2,7 vezes a massa do Sol e com dimensões que ultrapassam em 9 e 16 vezes o tamanho do Sol. Não são estrelas que podem ser consideradas estáveis. Cada uma delas libera, aproximadamente, 78 vezes a luz liberada pelo Sol – tal variação corresponde à quantidade de radiação, inclusive de raio X por efeito do calor. Encontra-se a aproximadamente 43 anos luz. Este sistema está no Hemisfério Norte, a 45º da estrela Polaris que é a estrela polar do norte. Até a década de 60 os astrônomos pensavam ser uma estrela de formação simples, mas a aplicação de novos métodos de observação, entre eles a espectroscopia, revelaram tratar-se de um sistema complexo de várias estrelas que foram sendo descobertas uma a uma.

Abaixo exibimos uma gravura para compararmos as dimensões de algumas estrelas conhecidas, entre elas uma das estrelas do agrupamento principal – denominado binário – que constitui o Sistema Capela.
A gravura exibe a maior das estrelas que compõe Capela ou Alfa Aurigae como costuma ser chamada entre os astrônomos, cerca de 16 vezes maior que o Sol. É uma fonte de raio X potencialmente maior do que a que representa a estrela do Sistema Planetário onde vive o homem. Se essa gigante amarela fosse colocada no lugar do Sol, a Terra, mantendo sua posição seria inteiramente calcinada, pois precisaria de uma atmosfera muitíssimas vezes mais densa do que a que tem atualmente. Mesmo com a Terra colocada a uma distância de 1,5 bilhões de quilômetros a vida seria muito pouco provável – e isto se não considerarmos o fato de se tratar de um sistema múltiplo.

Uma estrela binária é um par de estrelas em órbita em torno de um centro de gravidade comum sob a ação de sua atração gravitacional mútua. As estrelas binárias são algumas vezes chamadas de estrelas duplas e as estrelas individuais do sistema são chamadas de componentes. Tais pares de estrelas, dos quais há vários tipos são extremamente comuns, chega-se a afirmar que constituem cerca de 68% de todas as estrelas conhecidas do Universo; os outros 32 % seriam distribuídos entre as estrelas múltiplas e um pequeno percentual de estrelas simples como o Sol. Uma binária visual quando vista por meio de um telescópio, aparece como um par distinto de estrelas, com sua separação e orientação variando ao longo dos anos. Em um sistema binário eclipsante cada estrela regularmente provoca um eclipse na outra e isto resulta em variações periódicas no brilho total. Uma binária espectroscópica tem componentes que estão muito próximas para que possam ser vistas como estrelas separadas. À medida que a estrela descreve sua órbita em torno de sua companheira, ela praticamente está se movendo em direção à Terra – em termos relativos – ou afastando-se dela. Examinado seu espectro, o Efeito Doppler pode ser usado para medir as mudanças em seu movimento. Uma binária de polarização exibe mudanças periódicas na polarização de sua luz. Em tais binárias, à medida que as estrelas se movimentam em suas órbitas iluminam o gás e a poeira existentes no espaço entre elas, e o ângulo com o qual a luz colide com esta matéria muda periodicamente. Desta maneira a luz espalhada é polarizada. A figura seguinte mostra um exemplo de estrelas binárias, para que se possa ter uma idéia das características visuais de um sistema como os que estamos descrevendo; nem todos os sistemas binários podem ser fotografados com suas estrelas componentes separadas, em geral dada a proximidade uma da outra, apresentam-se ao telescópio como sendo apenas uma; tal fato certamente enganou aqueles que deram informações ao médium que serviu de intermediário ao Espírito Emmanuel que, por sua vez também deve ter-se baseado em informações pouco precisas de astrônomos desencarnados, já que a ele próprio não coube constatar o engano.

A figura que utilizamos, a título de ilustração, mostra o sistema binário Alfa Centauri. É o conjunto estelar mais próximo do Sol, distante cerca de 4,5 anos-luz. É importante ressalta que as estrelas duplas têm muita dificuldade em abrigar qualquer forma de vida, tal qual conhecemos, devido à instabilidade das órbitas de seus planetas e as características gerais que envolvem seus componentes. Grandes variações de temperaturas decorrentes das catastróficas atividades estelares despejariam a distâncias que cobririam todo o espaço planetário inimaginável quantidade de radiações. As erupções estelares são perturbações de natureza colossal cujo início súbito é seguido de desintegração gradual. A freqüência das erupções estelares pode ser acompanhada pela observação de fortes raias de emissão, sobrepostas ocasionalmente a um contínuo fraco. Observações do Sol inteiro por satélites colocados em órbitas para pesquisas espaciais, detectam raios X fortemente intensificados, originados das erupções. Já foram detectados raios X, nas fases iniciais das grandes erupções com energias superioras a 70 kev. Também os raios ultravioletas são fortemente ativados durante uma erupção estelar. De qualquer modo, tomando-se o Sol como referência – e ele é consideravelmente menor que o sistema Alfa Aurigae de onde se supõe serem originários os espíritos exilados que vieram a constituir a "raça adâmica" – que ao nosso modo de ver não passa de um mito que se criou na literatura espírita para se ajustar às informações bíblicas -, e considerando uma área de erupção de apenas 10-4 da solar, mesmo uma intensificação mil vezes maior resultaria num acréscimo de 10% da intensidade integrada. Nessas circunstâncias, é notável que o fluxo total de raios X, durante uma erupção da classe 2+, seja duas vezes o do Sol quieto. Acompanhando alterações nas ondas de rádio é possível se medir com alguma aproximação as erupções estelares. E Alfa Aurigae não é das mais comportadas.

Na figura acima, temos uma visão obtida através de um telescópio, sem qualquer tratamento, da estrela conhecida como Próxima 61 Cygni, distante 8 anos-luz da Terra e de 6ª magnitude. Observe as duas imagens e terá uma idéia da diferença entre um sistema e outro... Diferença? Nem tanto, pois a segunda imagem também pertence a um sistema duplo. As estrelas duplas são formadas no interior da mesma "nebulosa-mãe", iniciaram a sua formação sensivelmente na mesma ocasião e relativamente próximas uma da outra, pelo que ficaram ligadas pela interação gravitacional – a orbitar em torno de um ponto comum a que se dá o nome de centro de massa. Na verdade, em muitos casos, o número de estrelas geradas nessas circunstâncias é superior a 2, pelo que se lhes atribui o nome de sistemas múltiplos. Alfa Aurigae é um desses sistemas múltiplos.

Dadas as grandes distâncias a que se encontram da Terra, a maior parte dos binários ou dos sistemas múltiplos não podem ser separados pelos nossos olhos, por um binóculo ou telescópio modesto e, em muitos casos, nem mesmo pelos maiores telescópios do mundo. Só a análise espectral da luz que emite revela a presença de mais de uma estrela.

Há dois exemplos que podemos citar para ilustrar ainda mais nossas considerações: as estrelas ALCOR e MIZAR, ambas da constelação da Ursa Maior, que embora dando a ilusão de um sistema binário, quando é observado através de um telescópio. Sabe-se que o período orbital, isto é, o tempo necessário para completarem uma volta em torno do centro de massa é muito longo, talvez da ordem de 10000 anos-luz; mas o estudo da luz através de um espectroscópio revela que cada uma delas tem uma companheira, o que significa ser, na realidade Mizar, um sistema múltiplo constituído de dois pares de estrelas. A existência de estrelas duplas, como eram denominados antigamente, foi uma das principais descobertas decorrentes da invenção do telescópio e extraordinariamente ampliada sua observação com o espectroscópio. Mizar foi um dos primeiros sistemas múltiplos a ser descoberto e o mérito se deve ao astrônomo italiano Giovanni Battista Riccioli – o nome dado pelo astrônomo não significa muito para os estudiosos, mas ela é uma das estrelas mais observadas na esfera celeste, pois é a central do trio de estrelas que forma o timão do Carro da Ursa Maior.

Como as estrelas são os corpos celestes mais abundantes no universo, não demorou muito para se imaginar que Mizar não era um caso único e que deveria haver outras estrelas duplas. Em 1804, as observações confirmaram a suspeita: o astrônomo Willian Herschel, tendo por base 24 anos de observação celeste publicou um catálogo com cerca de 700 estrelas relacionadas como sendo duplas. No começo ainda não havia certeza se as estrelas duplas observadas estavam fisicamente ligadas entre si ou se a associação era um mero efeito de perspectiva. Em muitos casos, o brilho de cada uma era bem nítido, o que poderia sustentar a idéia de que elas se encontravam a distâncias diferentes. O único meio de solucionar o mistério seria calcular a distância de algumas estrelas duplas por meio do método da paralaxe e Herschel empenhou-se nessa tarefa.

Há um verdadeiro enxame de estrelas múltiplas observáveis nas constelações de Sagitário e Escorpião, avistadas praticamente na direção do centro de nossa Galáxia. Também na constelação de Hércules próxima à Lira encontramos também um grande número dessas formações notáveis. Albireu, na constelação Cisne é um notável sistema binário, situado a 390 anos-luz, em um dos componentes tem a cor amarela e sua companheira apresenta uma cor esverdeada. Os sistemas como Mizar são também conhecidos como dupla-dupla.

Definem-se as binárias visuais como estrelas que parecem duplas por causa do movimento que uma delas parece fazer em torno da que seria sua companheira. Atualmente estão identificadas cerca de 70.000 delas, mas só 1% desse número conseguiu-se determinar com precisão os parâmetros orbitais – o período, o semi-eixo maior da órbita, a época da passagem pelo periastro, a inclinação do plano orbital em relação à linha visual da excentricidade.

Essa escassez de dados não deve causar surpresa. Os períodos orbitais dessas estrelas costumam ser da ordem de décadas e até séculos. Reproduzir suas órbitas significa reunir pacientemente posições medidas durante décadas por diferentes observatórios. Infelizmente, em alguns casos, só se conhece uma parte da órbita, e a que falta deve ser deduzida com base nos dados disponíveis. Também se considera que o plano orbital do sistema pode estar inclinado em relação à linha visual daí a órbita se mostrar apenas aparente sendo, de fato, muito diferente da verdadeira.


Fonte: http://www.forumespirita.net/

















* abaurigae_hst_big.jpg (111.93 Kb, 800x584 - visto 544 vezes.)

* slide39.jpg (4.29 Kb, 198x198 - visto 534 vezes.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário