sábado, 9 de maio de 2009

Testemunho do Povo Pele Vermelha

"TESTEMUNHO DO POVO PELE VERMELHA"

ROBERT MORNINGSKY ("CÉU MATINAL")

O DANÇARINO DAS ESTRELAS
por Natalia Zahradnikova e Michael Hesemann
(tradução de Carlos Carvalho)

Outro importante testemunho do povo pele-vermelha chegou-nos por Michael Hesemann mediante a seguinte entrevista.

M.H. - Robert, como entrou em contacto com a sua tradição? Quem foram os seus mestres?

R.M. - Bem, praticamente nasci junto a ela. O meu pai morreu pouco depois do meu nascimento num acidente, e portanto eu cresci com os meus avós. A dança não é algo simples de aprender. Nós podemos explicar os movimentos, mas ninguém pode mostrar o fogo e a paixão indispensável para dançar. As nossas crianças dormem próximo dos tambores, inclusive quando se tocam com força. Eles crescem com o tambor, com a dança, observam os mais velhos, aos seus pais, aos seus irmãos e irmãs, e sentem um fogo dentro deles; que é algo que os impulsiona a dançar e que não lhes permite permanecer sentados em silêncio. O meu mestre, no respeitante à dança, é a minha Tribo (visto que aqui todos me ensinaram a amá-la); quem me ensinou a converter-me num combatente foi o meu avô ou, melhor dito, os meus avós.

M.H. - O seu avô, durante uma visão em 1947, teve um estranho encontro que mudou a sua vida...

R.M. - Sim, em Agosto de 1947 (penso que foi a 13 de Agosto), um mês depois do incidente de um OVNI nas cercarias de Roswell, o meu avô encontrou-se com cinco amigos seus para tentar ter uma visão. Trata-se de uma cerimónia antiga, uma técnica para tratar de ver o próprio futuro, para estudar aquilo que nos reservam as estrelas. E durante este ritual viram uma luz que se precipitou na terra. Nós cremos nos homens das estrelas; nós sabemos quem são, falamos com eles, dançamos com eles, e portanto não há de que surpreendermo-nos pelo facto de que o meu avô se interessasse por essa luz, desde o momento em que sabia que dentro da luz havia homens das estrelas. O meu avô os seus amigos eram muito ingénuos e ignoravam todas as regras que haviam na reserva. Não sabiam que quando uma estrela cai há que manter-se a uma certa distância, porque acodem soldados de imediato, e que estes não estão muito de acordo com os índios.. De toda a forma, o meu avô e os seus amigos decidiram buscar a estrela caída, a qual parecia não estar muito longe do lugar onde se encontravam; e efectivamente, chegaram ao lugar do acidente antes que os soldados. Inspeccionaram os restos do acidente e encontraram um sobrevivente. Decidiram levá-lo consigo e curá-lo. O ser recuperava a consciência de forma intermitente. Quando se encontrava consciente, dava-lhes algumas instruções. Depois de alguns meses já se encontrava totalmente recomposto. Nesse período de tempo conseguiram conquistar a sua confiança e chamaram-lhe "O Ancião das Estrelas". Um dia ele pegou um pequeno cristal verde, que era redondo. Quando sustentava na sua mão, podia projectar imagens sobre a pedra. Através destas imagens o meu avô e os seus amigos conseguiram saber quem ele era, o que fazia aqui e donde vinha. Decidiram não falar do ocorrido com ninguém porque lhes preocupava a segurança deste ser. Tinham medo que os curiosos chegassem para lhe fazer perguntas, e que os soldados o levassem. Para sua segurança decidiram calar-se. As histórias da sua pátria e da sua forma de viver eram fantásticas. entre outras coisas, também lhes falou de guerras estelares. O seu modo de vida era semelhante ao nosso, indígenas americanos. A nossa história de guerreiros era muito semelhante à deles, e por isso o meu avô e os seus amigos ficaram estupefactos, mas também o Ancião das estrelas se surpreendeu quando soube que aqueles povos primitivos conheciam técnicas semelhantes. Tempos depois, o Ancião começou a contar a história da Terra e da humanidade tal como ele conhecia. Algumas destas histórias o meu avô mas transmitiu a mim, e por esse motivo estou aqui. Antes de que ele morresse, prometi-lhe que contaria esta história, e este é o motivo pelo qual hoje estou aqui para dizer: "Olhai, os homens das estrelas estão aqui, existem e nós devemos escutar bem o que têm que dizer-nos."

M.H. - Como deixou o Ancião das estrelas ao seu avô? Foi elevado?

R.M. - Inicialmente devia ter permanecido somente um breve período, mas foi obrigado a permanecer na Terra um pouco mais de tempo por motivo da sua segurança.

M.H - Quando lhe foi possível ir-se?

R.M - Depois do incidente permaneceu cinco anos com o meu avô, até que um belo dia deixou o acampamento e desapareceu. Voltou a aparecer mais adiante um par de vezes mais. Estou duvidando um pouco do que vou a dizer, mas ele deveria regressar em Agosto de 1996. Eu não sei se os
homens das estrelas entendem o que significa a palavra "mundo", especialmente "mundo civilizado". Eu sinto-me feliz em saber que ele regressará, mas também estou um pouco preocupado.

M.H - Irá à vossa reserva?

R.M. - Não sei. Penso que seria melhor que fora a alguma parte do deserto, longe dos carros, casas e civilização; mas não sei. Ele nos fará saber o quando e onde.

M.H. - Onde viveu durante os cinco anos na Terra?

R.M. - Bem, eu não gostaria de dizer exactamente onde viveu, porque muitos curiosos iriam ao lugar para buscar pistas. Eu sei que os soldados estariam já preparados...

M.H. - Viveu numa caverna ou numa tenda?

R.M. - Por todas as partes na zona de Four Corner, entre o Arizona e o Novo México, Colorado, no deserto, no campo do meu avô e dos seus amigos. Ali há árvores, abetos, rochas. Levavam-no de um lugar para o outro. sempre estava fora. Construíram um refúgio. Procuravam estar sempre nas cercarias, mas levavam-no a diversos lugares.

M.H. - Que aspecto tinha o Ancião das estrelas?

R.M. - Esta resposta quiçá surpreenda a algumas pessoas. faz algum tempo a televisão dos Estados Unidos mostrou um documentário chamado "filmagem de Santilli". Alguém me perguntou se queria ver esta filmagem, e mostrou-me uma fotografia que tinha recebido através da Internet. Sei que muitos não me crerão, mas o Ancião das estrelas tinha o mesmo aspecto do ser da filmagem de Santilli. À minha família e a mim, desgostou-nos ver a filmagem. Não o queríamos ver estendido na mesa de operações. Algumas semanas depois voltaram a passar a filmagem e eu vi-a. Não foi fácil ver o filme, pois o Ser parecia-me muitíssimo o Ancião das estrelas. Alguns dias depois, voltaram a passar de novo a filmagem, e os produtores da "Fox-Network" telefonaram-me e pediram-me a minha opinião; perguntaram-me se havia visto a filmagem e o que eu pensava dela. Eu não estava em condições de afirmar se o filme era autêntico ou não, porque não sou um perito; só podia dizer que o Ser da filmagem tratava-se de um ser real, e não de um manequim ou um boneco; assemelhava-se muito ao Ancião das estrelas que o meu avô salvou, incluindo os seis dedos das suas mãos e pés.

M.H. - Que ensinou o Ancião das estrelas ao seu avô?

R.M. - O que ensinou ao meu avô e aos outros, e o que aprendemos nós deles e os nossos filhos é que a humanidade foi enganada. Os deuses, os diabos, os que formam parte das nossas histórias eram seres das estrelas. Fomos utilizados e manipulados porque nos ensinaram a crer em coisas que não são verdadeiras, coisas que foram inventadas, utilizando a presença destes seres para fins desonestos. Custa-me a entender como pode ser tão fácil crer em diabos e demónios, e tão difícil crer em seres das estrelas. O homem aceita o facto de que o céu (espaço) é imenso, mas não crê na vida noutros planetas. O homem crê em histórias de tapetes voadores e de ratos falantes, mas não logra crer em "discos voadores" e em homens das estrelas. O nosso amigo só nos queria dizer que nós temos sido enganados. Pretende-se que o homem escute, que aceite cegamente o que se lhe ensina, e que duvide do resto. O que nos vendem como certo não é verdade. A verdade é grande, e muito mais maravilhosa do que o que nos ensinam nos livros na escola. Eu não quero ofender a nenhum mestre ou professor; muitos deles são pessoas valentes que se esforçam em ser justos, mas o que nos ensinam não corresponde à verdade. Sei que tudo isto forma parte de um sistema, uma missão para o nosso pensamento, e o seu trabalho é o de manter vivo este sistema. Mas o nosso trabalho, na qualidade de seres humanos, é de lutar pela verdade para evitar danos maiores. Isto é, em resumo, o que o Ancião das estrelas tratou de nos transmitir.

M.H. - Ele falou também da história da humanidade?

R.M. - Sim, também falou disso. A humanidade não nasceu de forma espontânea, foi creada para servir aos seres das estrelas. O homem creou o "macho" (mula), que é um cruzamento entre um cavalo e um burro, e depois fez outros cruzamentos diversos com outros diversificados tipos de plantas. Se nós estamos em condições de fazer isto, poderia também tê-lo feito um cientista que tivesse vivido há milhões de anos. E isto é o que sucedeu: o homem foi creado como um trabalhador, como um escravo, para servir os deuses. ele era um animal que foi modificado geneticamente. E isto não é algo malvado. Se nós agora temos consciência e experiência, devemo-lo a esta experiência. Alguns de nós, muitos de nós, chegamos a entender que a vida é demasiado importante para vivê-la como escravos. Esta é uma das coisas que mais surpreendeu ao Ancião das estrelas: que nós, nascidos como escravos, tenhamos quebrado as nossas cadeias para viver a nossa vida em liberdade, que nós tenhamos sido bastante inteligentes para fazer isto. Nós estamos em condições de realizar os nossos sonhos. Isto não é fácil, mas quando se é um guerreiro e se leva fogo dentro, então tudo é possível. O que mais lhe tocou da raça humana é que nós levamos o fogo no nosso interior.

M.H.- Que disse ele sobre o seu povo, a sua estrutura social, da sua religião?

R.M. - A religião é um tema um pouco delicado. É algo em que cremos, em que pensamos, que nos é ensinado e que nós aceitamos. No seu mundo, na sua estrela, não existe a fé. O universo está cheio de maravilhas. Para eles o conceito de fé e de religião não existe. A sua religião é simplesmente o seu modo de viver. Eu amo estas coisas. Eles não têm uma religião. Nós não deveríamos entrar em conflito sobre aquilo que cremos. Só deveríamos discutir; isto é o que deveríamos fazer. O seu grau evolutivo é muito superior ao nosso. Para eles um homem de 100.000 anos é jovem, segundo o que disse o Ancião das estrelas; o corpo humano poderia viver entre 2000 e 3000 anos se nós o alimentássemos bem. Mas nós temos sido programados para a autodestruição. Os nossos corpos envelhecem não porque eles o querem, senão porque nós somos assim. Em tudo o que diz respeito ao modo de vida, à cultura e à sociedade dos seres da sua galáxia, existe um paralelismo com excepção da religião, da duração da vida e do modo de viver, que são muito diferentes. Para eles tudo está orientado para uma vida muito longa, e para nós para uma muito curta.

M.H. - Você teve um encontro com o Ancião das estrelas?

R.M. - Sim, eu só e com outros. Eu nasci em 1947; tinha cinco anos quando o meu pai e os seus 5 amigos decidiram revelar o seu segredo a 2 ou 3 familiares. Eu era um deles e outro era meu primo. No total éramos 25 pessoas. Uns morreram e outros foram-se embora; o cúmulo fez-se portanto cada vez mais pequeno. Finalmente ficámos apenas 8 rapazes; 6 de nós decidimos estudar para chegar ao conhecimento que hoje são ensinados nas nossas escolas.

M.H. - Tiveram lugar outros encontros?

R.M. - Sim, ele voltou. A última vez que me encontrei com ele foi no Verão de 1994, aproximadamente em finais de Julho. regressou e voltou a partir de novo. E este é o motivo porque me foi tão difícil ver a película de Santilli; porque ele tinha precisamente esse aspecto.

M.H. - Quantos encontros teve com ele?

R.M. - Aproximadamente uns doze. Às vezes passavam-se 3 ou 4 anos antes que pudesse voltar a vê-lo. Encontrava-me com ele e passava-mos muito tempo juntos, e comunicávamo-nos bem.

M.H. - Telepaticamente?

R.M. - Não, não assim precisamente. para mim, telepaticamente significa simplesmente de espírito a espírito. No meu caso não foi assim. Ponho um exemplo: Se ele tratava de me descrever uma rosa, eu via esta rosa não só no meu espírito, como também sentia o seu perfume, podia cheirá-la. telepatia não é o termo adequado; se ele queria descrever um pássaro eu podia vê-lo, podia ouvi-lo, e inclusivamente às vezes podia tocar as suas penas. Isto é muito mais do que telepatia.

M.H. - Uma pergunta tonta. De que cor era a sua pele e como ia vestido?

R.M. - Quando o vi pela primeira vez com o meu avô, tinha uma espécie de túnica que lhe tinham feito o meu avô e os outros, e tinha o aspecto de um monge. Isto é o que me lembro. Não sei de que material era, mas a cor era castanho. De todas as formas, o hábito que leva usualmente consiste numa peça única. A sua cor não posso dizer se seria o prateado ou um branco resplandecente, parecido com a cor das pérolas. Não estou certo mas parece-me que não tinha nenhum tipo de botões; não sei como era capaz de colocá-lo. Parecia um pijama de menina. A sua pele variava de rosa pálido a uma cor escura, parecia um homem branco com a pele bronzeada. A sua altura era de 1.40 ou 1.45m, e o seu corpo era vigoroso como o de um guerreiro, e não estava inchado como o que se vê na película de Santilli. Talvez este inchasso se devesse aos gases emanados no estado de putrefacção.

M.H. - Que sente quando se encontra com ele?

R.M. - Sinto que ele é fonte de infinita sabedoria.

M.H. - Vós sois meio Índios "Hopi" e meio Apaches. A vossa tradição fala de contactos com seres das estrelas?

R.M. - O que mais tocou fundo ao meu avô foi que o Ancião das estrelas conhecia o uso da pluma, o elemento mais importante dos nossos costumes ritualísticos. As nossas tradições dizem que estes costumes provinham das estrelas. Começaram com a Raça dos "Akhu", os homem-pássaro que levavam dentro de si o fogo e a paixão. Talvez isto possa irritar outras tribos índias, mas eu, na nossa dança tradicional, levo dois discos atrás das costas. E numa das danças, a do fogo, onde se baila o mais rápido que seja possível, estes discos giram, dão voltas, saltam até acima, até abaixo, e eu penso, e espero não atrair deste modo as iras de ninguém, que estes discos querem simbolizar algo diferente do fogo. Para todos isto é o fogo, para mim é distinto, algo muito diferente.

M.H. - Você encontrou petroglifos, desenhos nas rochas que representam seres com seis dedos nos pés?

R.M - Outro aspecto interessante da filmagem de Santilli é que o ser tem seis dedos nas mãos e nos pés. O ano passado (1994) levei-os à terra de Canyon (em redor do Grande Canyon do Colorado), e mostrei-lhes alguns desenhos que representavam a história dos Seres das estrelas, que nesse tempo habitavam a Terra, e que logo decidiram emigrar. Atrás de si deixaram marcas, e a particularidade destas marcas ou pistas, era que tinham seis dedos. Portanto os petroglifos confirmam decididamente o que se vê na película de Santilli. Mas demos um passo mais. Os antigos egípcios e sumérios baseavam o seu sistema numérico no número 12. O nosso sistema está baseado no número 10, porquê? Porque nós temos dez dedos. Pergunto-me se os seres que inventaram este sistema numérico nestas antigas civilizações não tinham 12 dedos. Portanto temos provas também na América antiga, destacando sobretudo que este ser tem 6 dedos do pé.

M.H. - Algum outro índio que vive nas reservas a sudoeste dos Estados Unidos lhe falou alguma vez de outros incidentes ocorridos no Verão de 1947?

R.M. - O que me surpreende a mim e a outros índios que vivem nas reservas é que a maior parte dos incidentes de OVNIS - segundo o que eu sei, verificaram-se 16 casos entre 1945 e 1960 nos E.U.A. -, 14 deles ocorreram nas nossa reservas. Os índios dormem muito bem em campo aberto, e se alguém quer investigar e buscar testemunhos deveria buscá-los entre as pessoas que vivem ali próximo, especialmente entre aqueles cuja vida e tradições giram em volta dos homens das estrelas. E em troca, estranhamente, nos últimos cinquenta anos a ninguém lhe ocorreu a ideia de entrevistar os índios. Para nós isto é muito estranho. As nossas histórias são consideradas como mitos, lendas (saíram um par de livros que falam de índios e extraterrestres), mas isto não é verdadeiro. Nós falamos de seres verdadeiros. Por isso eu me dirijo à opinião pública e aos investigadores do tema OVNI e lhes digo: Olhai, há muitas histórias que vós no mundo "civilizado" nunca escutastes. E uma delas é a do incidente de 4 de Julho de 1947; a que ocorreu em Roswell não foi a única daquele Verão. nós os índios sabemos que ocorreram três nessa época. A primeira teve lugar nos princípios de Junho em Socorro (Novo México). Este é o caso a que deveria pertencer a filmagem da autópsia, e não a de Roswell. O dito incidente de Roswell ocorreu em Julho e o terceiro caso ocorreu em meados de Agosto na zona de Four Courner. Neste caso o meu avô salvou ao Ancião das estrelas; mas os investigadores de OVNIS só falam do "caso Roswell", ninguém fala de outros casos; nos últimos cinquenta anos nunca fizeram nada para aproximar-se de nós, que estamos abertos, somos honestos e não queremos enganar ninguém.

M.H. - Conhece testemunhas do caso de Socorro?

R.M. - Sim, naturalmente.

M.H. - Poderia pôr-me em contacto com eles?

R.M. - Sim, mas mas não posso prometer-lhe que falem consigo, porque é branco. Para os índios é muito difícil confiar em quem não é índio. Eles podem ter as melhores intenções, mas não é fácil esquecer 300 anos de exploração e violência. Mas juro-lhe que neste momento há índios que sabem exactamente do que estou falando, mas eles não falarão porque têm medo, não de vós, mas das câmaras de televisão, da opinião pública; têm medo que alguém possa vir aqui atraído pela publicidade. Sim, eu poderia dar-lhes os seus nomes, e poderíamos tratar de ir juntos até onde eles estão. Quereis falar com eles? Podemos tentá-lo, mas não posso prometer nada.

M.H. - Prová-lo-emos, Robert, eu voltarei. Mas você já falou com eles?

R.M. - Sim, e me disseram donde provinha esse disco voador e onde caiu, assim como o que aconteceu aos Seres das estrelas. Na reserva corriam rumores de alguns casos e de alguns seres. Frequentemente estes seres sobreviviam ao incidente, mas não aos soldados. Estas são histórias horríveis. Tratavam-se de Seres das estrelas, próximos a Deus como ninguém, e os soldados os matavam. Que possibilidade temos nós como índios? Nós somos muito menos importantes. Numa escala de 1 para 10 já nos contentávamos ao menos de pontuar com 1; por isso temos medo. Se eu os levasse até eles, e eles falassem convosco poderiam vir os soldados? Talvez. Deveríamos fiar-nos? Não. Desagrada-me, mas quando um povo sofreu tanto, há que compreender que não tenham vontade de falar.

M.H. - Você refere-se à profecia dos índios Hopi, dos Kachina da Estrela Azul do cometa Hale-Bopp. Que pode dizer-me disso?

R.M. - Com muito gosto. Eu não sou um Ancião Hopi, não falo para o povo dos Hopi. Uma vez tentei falar com os Anciões Hopi e disse-lhes: Olhai, há que dizer ao resto do mundo o que está sucedendo. Como já o disse, nós os índios sempre temos sido castigados, e quando conhecemos uma profecia perguntamo-nos porque é que a deveríamos partilhar com o resto do mundo? De toda a forma, o cometa avistado pelos astrónomos aficionados, chamado Hale-Bopp é citado nas profecias. Não fica bem que fale das profecias e do seu significado, mas digo somente que estava tudo profetizado. Deste cometa também falam as profecias Maias, dos aborígenes, assim como os antigos livros dos Sumérios e dos Egípcios. Baseando-se nas profecias dos Hopi e dos antigos hieróglifos, eu gostaria de afirmar que não creio no fim do mundo, no declive da humanidade, senão que penso que algumas coisas mudarão. Os que se esforcem sobreviverão, e aqueles que tiverem medo, provavelmente não. E por favor não subvalorizeis as minhas palavras. Esta profecia não tem nada que ver com o espiritismo. Se eu digo 2, 4, 6, 8, qual é o número seguinte? Sem possuir faculdades paranormais dir-me-eis que se trata do 10. Haveis profetizado o 10? Não, é uma consequência lógica. O que quer dizer é que as profecias Maias e Hopi não são fruto de actividades mediúnicas, mas sim de conhecimento. Eles sabem que cada 2000 ou 10000 anos deviam suceder determinadas coisas. Que significa isto? Os antigos povos conhecem a história do planeta desde à milhares de anos. As profecias baseiam-se em modelos e não em forças mediúnicas.

M.H. - Que diz esta profecia?

R.M. - A passagem do Cometa Hale-Bopp deveria coincidir com o regresso dos Kaschina da Estrela Azul. Um Kaschina é um espírito da natureza, a essência de todas as coisas. Uma águia tem uma Alma, nós a chamamos de Kaschina. O Vento tem uma Alma que nós também de Kaschina. As nossas lendas dizem que no final dos tempos, deste ciclo aparecerá uma estrela luminosa cujo nome é Nan-ga-sohn. A dita estrela é azulada, com a cabeça em forma de cruz e uma larga cauda de plumas por detrás. depois de 7 anos da sua aparição, desceria concluindo-se este ciclo. Esta Kaschina, "Nan-ga-sohn" representa, segundo a minha opinião, o cometa que se está aproximando. Diz que esse cometa tem uma cauda de vários milhares de quilómetros: os astrónomos dizem que não é possível, mas assim é.
Antes dizia que o cometa deveria de ter uma cor azul, e descobriu-se que esse cometa tem uma luz azulada. Também a estrela de quatro pontas foi descoberta no semblante de Kaschina: uma estrutura, uma marca, algo na superfície do cometa que se parece a uma cruz. A longa cauda do cometa é a mesma que a do Hale-Bopp. A profecia diz que o homem branco teria medo do cometa, porque este deveria mudar o seu mundo, e eu creio nisso. O homem branco tratará de destruir este cometa. Já está começando a ter medo. Nós veremos por todas as partes asteróides e cometas, e os consideraremos perigosos. Assim os militares construirão uma bomba, um míssil, qualquer arma para destruir este cometa, porque o consideram perigoso. Mas eu penso que se trata só de uma desculpa, pois tratarão de destrui-lo somente porque está profetizado. Fá-lo-ão? Talvez. Eu penço que algumas pessoas quando vejam a cruz na sua superfície pensarão em algo religioso; pensarão no regresso do Filho de Deus. Respeitosamente digo que não é exactamente assim, e ao mesmo tempo o é.

M.H. - Que acontecerá depois do ano 2000?

R.M. - O Cometa aparecerá em 1997, e sete anos depois estaremos em 2004.
Mas há astrónomos e investigadores bíblicos peritos em computadores que analisam a data de nascimento de Jesus, e descobriram que este nasceu provavelmente sete anos A.C.. O nosso calendário está portanto atrasado sete anos. Se o fim do ciclo é, segundo o nosso calendário no ano 2004, somando os sete anos chegamos ao 2011. Este ano será só um ano antes do fim do ciclo, segundo o calendário maia e segundo outros calendários orientais. Por este motivo estou convencido de que o Hale- Bopp é um sinal de algo que deve suceder. O fim do mundo? Não. Grandes mudanças? Seguramente.


(Artigo retirado da publicação da revista "NONSIAMOSOLI", Ano XII N.º 2 Julho-Dezembro 1996, págs. 17 a 20.
A inserção de fotos é extraído do mesmo artigo).


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