domingo, 22 de fevereiro de 2015

RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS




RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS 

A revitalização de um manancial hídrico implica na recuperação ambiental de sua bacia de captação, e passa, necessariamente, pela restauração da vegetação das áreas de preservação permanente, notadamente ao longo dos cursos d'água e das nascentes. Segundo o Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771/65), é intocável a vegetação ao longo de rios, em torno de lagoas, represas e nascentes, nos topos de morros e encostas declivosas (superior a 45 graus de inclinação). A função das áreas de preservação permanente é conservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de flora e fauna, assegurando também o bem-estar de populações humanas. Essas áreas são caracterizadas por uma fragilidade ambiental, em função de sua posição no relevo e pela sua importância na proteção do solo, fazendo a interface entre os ecossistemas terrestres e aquáticos, e permitindo a formação de corredores ecológicos para a fauna silvestre (Magalhães & Ferreira, 2000). 

A vegetação florestal nas áreas de preservação permanente tem função importante no funcionamento da bacia. 

As matas de topo de morro são fundamentais para a infiltração de água, a recarga do lençol e a manutenção dos aqüíferos. As matas ciliares funcionam como filtros das lâminas d'água que descem das partes mais elevadas e resguardam as margens de processos erosivos, contribuindo significativamente na redução do assoreamento. As matas no entorno de nascentes têm a função de proteção, garantindo a qualidade das águas (Martins e Dias, 2001). 

No entanto, cabe ressaltar que a presença de árvores, em si, não assegura maior recarga de aqüíferos e/ou aumento de fluxo de água na época seca, visto que a profundidade do seu sistema radicular implica também em exploração de água a grande profundidade no solo ao longo de todo o ano. Plantas rasteiras, como as gramíneas, apresentam raízes mais curtas e entram em pousio no inverno, podendo ser desejáveis em situações e/ou locais onde se deseja conservar e/ou aumentar a produção de água. Quando se trata do controle de enchentes, contenção de encostas e/ou de margens de rios, as árvores têm papel essencial. É preciso analisar cada caso e evitar as generalizações (Molchanov, 1971; Lima, 1986; Rezende et al., 1999; Resende et al., 2000). 

Em suma, para a revitalização e conservação de uma bacia hidrográfica, deve-se implementar medidas mitigadoras sobre as causas da degradação ambiental, como: proteção de nascentes (Castro & Gomes, 2001); restauração de mata ciliar (Davide et al., 2000) e demais áreas de preservação permanente (topos de morro e encostas íngremes) (Teixeira, 1999); terraceamento contínuo, atravessando diversas propriedades rurais (Martins & Bahia, 1998); preparo de solo e plantio em nível (Morgan & Davidson, 1986); contenção de voçorocas e de processos erosivos em geral (Assis & Bahia, 1998); recuperação de áreas degradadas (Dias & Mello, 1988; Ferreira, 2000); construção de cacimbas, para retenção de enxurrada (Barros, 1998). Nas ações envolvendo o plantio de árvores, devem ser eleitas, preferencialmente, essências florestais nativas regionais e adaptadas às condições mesológicas locais (Lorenzi, 1998). 

Fonte: www3.funedi.edu.br/index.asp?c=paginas&m...


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