sábado, 16 de novembro de 2013

A humanidade e o despertar da consciência - Divaldo Franco

 

 

 

 

 A humanidade e o despertar da consciência

Divaldo Franco

Escrito por Rose Domingues   

Seg, 04 de Março de 2013 13:22

 

Com olhar sereno, voz pausada e firme, Divaldo Pereira Franco, de 85 anos, orador do movimento espírita com cerca de 13 mil conferências proferidas, em mais de 2 mil cidades em todo o Brasil e em 65 países dos cinco continentes, insiste que o único fim pelo qual o planeta irá passar é aquele em que o mal prevalece sobre o bem. Mesmo que a mídia de um modo geral não enfatize o lado positivo da vida e do ser humano, a 'Nova Era' já se tornou realidade. Divaldo é enfático em afirmar que, em um mundo com mais de 7 bilhões de habitantes, milhares de boas ações acontecem todos os dias, a todo momento. Para quem ainda está atado ao mundo das aparências, ele afirma que chegou a hora de se espiritualizar. "Temos de investir na autoconsciência, para desenvolver mais consciência do ser que somos no sentido eterno". Divaldo adianta que para reforçar as transformações morais e éticas, uma turma de sábios começou a renascer na Terra, entre eles, Emmanuel, mentor espiritual do médium Francisco Cândido Xavier, que morreu em 2002, que já estaria vivendo no Brasil. Também virão: Joana de Angelis, mentora espiritual dele, filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, grandes pensadores e cientistas. Um novo avatar (a exemplo de Jesus) virá de outra dimensão espiritual. "O objetivo deles é criar em nosso DNA uma mutação para poder evitar as doenças degenerativas". Com um empurrão desses, chegou a hora do despertar.

Única – Em dezembro do ano passado, houve uma comoção em torno da profecia maia que anunciava o 'fim do mundo', o que o movimento espírita pode esclarecer?

Divaldo - Acredito que as informações sempre foram mal-interpretadas. A profecia maia nunca se referiu a fim de mundo, e sim ao fim de um ciclo. Apocalipse significa revelação, então, tsunamis, guerras, epidemias, pandemias são fenômenos históricos que não mostram que a humanidade irá acabar no sentido de uma catástrofe. Até pode acontecer de um asteróide cair sobre a Terra, nós poderemos provocar uma guerra calamitosa, mas não será o fim. Acontece que nós temos uma culpa coletiva e, por isso, desejamos uma punição coletiva.

Única – A mudança de ciclo a qual o senhor se refere é a 'Nova Era', conhecida pelos espíritas como da 'Regeneração'?

Divaldo – Sim, estamos vivendo a transição planetária, que é um processo suave, através das reencarnações, em que a Terra ascende do estágio 'provas e expiações', em que o mal prevalece, para 'regeneração' e o bem é predominante. O nascimento das crianças índigos e cristais, que são muito diferentes, hiperativas, é um reflexo da mudança dos tempos. Também acreditamos que dentro desse processo espíritos nobres do passado estão renascendo ou renascerão.

Única – Quem são estes nobres espíritos que voltarão ao planeta para ajudar no processo evolutivo da humanidade?

Divaldo - O mentor espiritual do médium Chico Xavier, Emanuel, já está reencarnado. Joana de Angelis, minha mentora, também virá. Outros nobres, como Sócrates, Platão, Aristóteles, grandes pensadores, cientistas, voltarão para promover a Terra. Um novo avatar (a exemplo de Jesus) sem dúvida virá de outra dimensão espiritual, como vieram os enviados de Capela (ou egípcios). O objetivo deles é criar em nosso DNA uma mutação para poder evitar as doenças degenerativas, já que não teremos mais carmas para expiar no físico. Não necessitaremos mais das doenças.

Única – Mas a televisão passa uma impressão de que o mundo está à beira de um colapso...

Divaldo – O noticiário realmente explora o lado negativo, perturbador, mas reflita, nossa sociedade tem hoje mais de 7 bilhões de pessoas, não é possível que nada de bom tenha acontecido e que mereça ser divulgado! Dizem que agressão, sexo e violência vendem mais, porém, é um equívoco. Se outras propostas boas forem apresentadas certamente venderão. Para mim, a mídia tem o objetivo claro de destruição não apenas do indivíduo, do país ou da família, mas da galáxia. O poder econômico sobrepõe a ética.

Única - Como vivenciar a fase da 'regeneração' planetária?

Divaldo - Todas as religiões hoje conclamam a transformação moral do indivíduo. O que é essa transformação? Superação dos vícios, abandono das paixões perturbadoras, mudança de comportamento mental, e social, ético. Temos de investir na autoconsciência, para desenvolver mais consciência do ser que somos, no sentido eterno. Parar de focar muito na aparência, que é 'máscara' que oculta nossos conflitos. Porque dessa máscara surgem parcerias infrutíferas nas áreas afetiva, social e econômica. Com a convivência, tudo aquilo que é negativo e recalcado revela-se. A pessoa se acha no direito de descarregar no outro seus conflitos.

crianças 

"O nascimento das crianças índigos e cristais, que são muito diferentes, hiperativas, é um reflexo da mudança dos tempos"

Única
– O senhor quer dizer que a transformação começa de dentro para fora do ser humano, é isso?

Divaldo – Exatamente! Nem sempre conseguimos sozinhos, daí necessitamos de uma religião, de um pastor, de um médium, de um expositor, de um psicoterapeuta, especialmente quando os conflitos são mais graves (culpa, solidão, medo, ansiedade exagerados). O apóstolo Paulo já dizia: 'Eu faço tudo que não quero e não faço aquilo que quero'. Ele exagerou, porque fez tudo que queria, porém às vezes nossos impulsos - na linguagem freudiana – levam-nos a fazer aquilo que não gostaríamos. No momento de exaltação, perde-se a 'estribeira', como se diz, então, acha-se no direito de ofender, magoar, para depois se arrepender. Na transformação moral, na conquista da autoconsciência, primeiro a gente pensa, para depois falar.

Única - O que é 'sucesso' no sentido espiritual e evolutivo?

Divaldo - Graças aos veículos de comunicação, temos uma falsa imagem do êxito. Aparência física, status, riqueza e poder são padrões falsos, mas que estão em 'moda'. As pessoas querem estar projetadas a qualquer custo e acabam se castrando emocionalmente para viver segundo a opinião dos outros e não conforme eles próprios. Vivem a aparência e são profundamente infelizes, por isso a depressão é hoje uma pandemia, demonstrando que as pessoas não se realizam, elas assumem possibilidade que não conseguem manter, então vem o conflito.

Única – O que vai acontecer aos 'terráqueos' que não se adaptarem à nova fase do planeta?

Divaldo - Os que são irrecuperáveis no mal não mais reencarnarão na Terra, irão para mundos inferiores, que na linguagem bíblica seria o 'purgatório', ou inferno, mas que na visão espírita não tem caráter eterno. São apenas mundos em evolução onde levaríamos a nossa tecnologia. Criminosos, como os nazistas, não tinham moral elevada, eram insensíveis, mas eram imensamente cultos, e provavelmente reencarnarão em uma região primitiva onde eles trabalharão com seu conhecimento técnico para promover aquela sociedade, daí nasce o sentido espiritual, moral. Quando estiverem em um bom nível voltarão à Terra regenerada.

Única – Se a lei de amor de Jesus está posta há tanto tempo, o que mais atrapalha o ser humano a praticá-la?

Divaldo - Conflitos internos, provocados pela falta de uma vida interior clara, objetiva, coerente. Vamos refletir em como é difícil ser jovem hoje, os valores estão confusos, desgastados, faltam exemplos dentro da família e do Estado. Por outro lado, viver o prazer está muito fácil. Dentro de casa há bebida alcoólica, tabaco, em qualquer esquina crack e outras drogas, o sexo é grátis e à vontade, a desonestidade e a deslealdade são modelos. Portanto, é difícil ser jovem e ter que fazer escolhas responsáveis e éticas quando o que impera é justamente o contrário. Falta educação desde o ventre materno, condições de afetividade, bons hábitos, todos têm inúmeros direitos, mas não deveres. A mudança começa agora e em nós.

Única – A família, portanto, tem papel fundamental na transformação moral do indivíduo? Como dar aquilo que não se tem ou que não se aprendeu?

Feliz, crianças, silhuetas 

"Criminosos, como os nazistas, não renascerão mais na Terra, provavelmente seguirão para regiões primitivas onde eles trabalharão com seu conhecimento técnico e intelectual para promover aquela sociedade"

Divaldo - Com a conquista da a
utoconsciência. Nós sempre achamos que o outro é que deve ser bom, que o outro deve ser tolerante, isso é falta de autoconsciência, nossa proposta espírita é despertar o indivíduo para 'conhecer-se' e também evoluir. Fazer a caridade. A primeira caridade é conosco, autoamor, não nos amamos o quanto deveríamos. Temos egoísmo, falta de virtude, deveríamos ter altruísmo. Se nos amamos de verdade desejamos que outrem viva o lucro daquilo que nos é bom.

Única – No meio espírita é comum ouvir que o Brasil foi escolhido como 'pátria do Evangelho', mas o país ainda tem muitos problemas sociais, morais...

Divaldo - Toda a raça humana é conclamada da mesma forma, não somos a 'nova Israel', Deus ama todos os países. Acontece que o espírito Humberto de Campos, um brasileiro nacionalista e entusiasta, fez referências como estas por considerar os arquétipos de bondade e também porque o Brasil não tem carmas coletivos, pois nunca se envolveu em grandes guerras, exceto com o Paraguai, os movimentos revolucionários foram para a independência. O país tem a forma de um coração, e também aqui o espiritismo se desenvolveu muito, em razão, principalmente, do critério da raça, um misto europeu, africano, indígena, que conferiu nossa nacionalidade, nossa afabilidade. Mesmo com tantos problemas de ordem interna, se compararmos o Brasil com a Colômbia, que está há 40 anos em uma guerra estúpida, os movimentos revolucionários no Equador, Peru... nós, ao contrário, desenvolvemos a cultura europeia acrescentando a mensagem de amor e paz.

Única – A população brasileira acompanhou recentemente o sofrimento das famílias de Santa Maria, como explicar um incidente como este, é a 'Lei do carma'?

Divaldo - Allan Kardec não usou a palavra carma. Em sânscrito significa 'roda carma' e sim 'Roda de Samsara', já que ela vai e volta ininterruptamente. É preciso rompê-la. Kardec falou em 'Lei de causa e efeito', por entender que tudo que acontece é efeito de uma causa. Já o carma é um conceito que 'você tem que pagar'. Na lei causa e efeito não necessariamente. Suponhamos que eu matei e devo aos códigos divinos 10 mil pontos e venho para resgatar, mas, então, eu amo alguém e salvo a vida dessa pessoa e ganho 20 mil. Então eu anulo aquele carma. O conceito de Jesus é de que o bem anula o mal que praticamos. Eu erro hoje, pratico um aborto, por exemplo, as circunstâncias podem atenuar, posso me recuperar desse crime atendendo alguma criança, atendendo alguém em decadência, desde que seja um gesto de amor verdadeiro. A lei do carma está subalterna à lei da ação positiva ou negativa.

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O amor que remove montanhos, amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser  . . . ser luz  e finalmente
 encontrar  o Reino de Deus
em seu coração !!!
 
Irene Ibelli 
Empreendedora Digital, Humanista e Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia

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